Design Thinking é uma abordagem de pensamento criativo e colaborativo com os stakeholders, que usando ferramentas específicas, procuram soluções para problemas da empresa.
Design Thinking é para quem precisa de soluções.

Não é sobre rabiscar lousas brancas e se perder em meio a post-its, mas sobre revolucionar a forma de se propor soluções.
Foca esforços para alcançar a dádiva chamada satisfação do cliente – seja ele interno ou externo.
Exatamente por isso, o conceito tem por base entender seus desejos mais profundos, além de necessidades e percepções de mundo.
Com origem na área de design, ganhou fama na área de desenvolvimento de produtos e hoje é sucesso em qualquer segmento.
No ambiente corporativo, é a bola da vez, o que se justifica porque resolver problemas é o Santo Graal dos negócios criativos e inovadores.
Assim, o Design Thinking marca presença, inclusive, nas marcas que você mais admira (e que, talvez, não viva sem elas).
Quer descobrir quais são, se inspirar e aprender tudo sobre essa abordagem que pode revolucionar uma empresa?
Então, continue a leitura até o final deste artigo.
Além de explicar o que é Design Thinking, vou mostrar como o processo funciona, falar da sua origem, das etapas de aplicação e também trazer cases de sucesso.
Vamos começar?
O que é design thinking?

Design Thinking é uma abordagem colaborativa focada na empatia com os stakeholders (público de interesse na empresa) para solucionar problemas.
Quem fica no centro de desenvolvimento do produto são pessoas, de modo geral, e não apenas o consumidor final.
Diferente da matemática, por exemplo, não nos oferece mais e mais fórmulas prontas.
Exatamente por esse motivo não é uma metodologia, mas um jeito criativo e inovador de olhar para os negócios.
É uma forma de estudar as necessidades humanas para propor soluções.
Para que serve o design thinking?
Como disse logo no começo, Design Thinking é uma solução para os desafios que empresas de todos os segmentos enfrentam diariamente.
É bastante provável que você já tenha lido na internet sobre ferramentas e técnicas baseadas em coletar dados e fazer cálculos.
Pois no Design Thinking a abordagem não leva em conta os números, mas as necessidades reais das pessoas.
Adoro trabalhar com dados e estatísticas, mas admito que, para mim, a proposta do DT é bastante prazerosa.
Não é difícil me lembrar de diferentes situações onde a abordagem foi utilizada quando surgia algum “pepino” para descascar.
Isso porque, como vamos ver mais à frente, as soluções propostas tomam como referência três pilares centrados no elemento mais importante: o ser humano.
Não significa que seja apenas uma metodologia de solução de problemas, mas que essa é uma importante aplicação dela.
Como funciona o design thinking?

Trocando em miúdos, o Design Thinking funciona como a prática da empatia para desenvolver um projeto.
Você se coloca no lugar de outras pessoas para gerar soluções criativas para resolver os problemas que elas têm.
Também ajuda a identificar barreiras de usabilidade ou consumo e a criar alternativas para superá-las.
Tudo isso a partir de um entendimento sobre a experiência cultural, visão de mundo e processos de vida delas.
Para que funcione e gere resultados, o Design Thinking se baseia em três pilares:
- Empatia para trazer o cliente para o centro do desenvolvimento de um projeto
- Criatividade para criar soluções novas a partir disso
- Razão para ver se a ideia realmente faz sentido.
Uma mistura mágica que pode ser aplicada a qualquer área de negócio.
Não se restringe apenas ao desenvolvimento de produtos.
Serve para aumentar as vendas, criar ou melhorar projetos, modelos de negócio e até produzir conteúdo encantador.
Mas não para por aí. Pode ser aplicado até onde a sua criatividade conseguir alcançar.
Fazem parte desse mix: brainstorming, pesquisa, seleção de ideias, prototipagem e realização de testes.
Mais à frente, vou trazer detalhes sobre as etapas do processo.
Como surgiu a abordagem de design thinking?

Acho que não te surpreenderia se dissesse que o DT tem raízes na década de 1970, não?
Nessa época em que valores como empatia, criatividade e amor ao próximo estavam em alta é que foi publicado o livro Experiences in Visual Thinking, de Robert McKim.
Mas o conceito tal como conhecemos hoje só seria efetivamente lançado pelo professor Rolf Faste, da prestigiosa Universidade de Stanford.
Cabe ainda destacar o importante papel do seu colega de profissão, o professor David M. Kelley, talvez o principal responsável pela popularização do DT como uma ferramenta profissional.
Interessante notar que o próprio desenvolvimento do Design Thinking aconteceu conforme seus princípios.
Ou seja, envolveu muito trabalho colaborativo e, porque não dizer, certa prototipagem.
Qual o objetivo principal do design thinking?

Boa parte dos artigos que você ler sobre DT vai dizer que o objetivo dessa abordagem é solucionar problemas.
Não está errado, mas eu vejo algo além disso.
Acredito que, antes de ajudar a resolver problemas, o Design Thinking surgiu para solucionar outro desafio comum a muitas empresas, a falta de comunicação.
Veja, se eu estou à frente de uma equipe que desenvolve um produto e a empresa precisa de uma reformulação desse item, a primeira medida normalmente tomada é coletar dados, fazer cálculos e planejar.
Claro que tudo isso é muito importante, mas, se eu só me preocupar com a parte técnica e ignorar o fator humano, fica mais difícil compreender e ser compreendido, concorda?
É por essa razão que digo que o objetivo do Design Thinking é, acima de tudo, dar fluidez aos processos de comunicação quando a tendência é que ela se torne mais difícil.
Quais as vantagens do design thinking?
Acredito que a principal vantagem do Design Thinking aplicado a negócios é que ele desburocratiza processos e relações.
Por ser uma abordagem na qual o foco é o cliente, tudo passa a ser mais direto e sem rodeios.
O que interessa é solucionar um problema real e nada mais.
Outra vantagem que considero importante é que ele também pode servir como porta de entrada para empresas que precisam se abrir para uma mentalidade inovadora.
A propósito, essa é uma dificuldade que atinge boa parte dos micro e pequenos empreendedores brasileiros, como mostra Luciana Terceiro em seu Trabalho de Conclusão de Curso “Pesquisa Qualitativa em Design Thinking para Micro e Pequenas Empresas”.
No estudo, ficou comprovado que os empreendedores brasileiros tendem a organizar suas atividades apenas copiando modelos prontos, ou seja, sem qualquer inovação.
Sendo assim, pela abordagem de Design Thinking, o líder de uma PME (ou de uma grande companhia) pode se colocar em condições de inovar e até de mudar a cultura da organização em suas atividades.
Comunicação
Sempre escuto meus amigos brasileiros dizerem que “quem não se comunica, se trumbica”. Ou seja, fica em dificuldades.
Como já destaquei no tópico sobre os objetivos do DT, sua maior contribuição é no sentido de destravar a comunicação quando surge um obstáculo.
Afinal, tudo nessa abordagem começa pela empatia.
Dessa forma, já se tem meio caminho andado para chegar a uma solução satisfatória ou, pelo menos, deixá-la encaminhada.
Isso sem contar que, onde não há empatia, não há comunicação e, sem diálogo, ninguém vai para a frente.
Parece óbvio, mas o que mais se vê por aí são empresas onde as pessoas simplesmente não conseguem se comunicar.
Melhorar nesse aspecto, portanto, é um tremendo avanço, e o Design Thinking pode ajudar decisivamente para isso.
Ambiente organizacional
Outra expressão divertida que já ouvi de meus amigos brasileiros é a “rádio peão”.
Pelo que entendi, ela se refere ao ambiente empresarial em que as coisas são ditas à boca pequena, quase em tom de fofoca.
Pois essa é uma das consequências da falta de comunicação ou de canais adequados para isso.
Um lugar onde as pessoas vivem falando pelas costas é muito ruim porque causa mal estar, criando um ambiente hostil.
Mais uma vez, destaco o estímulo à empatia pelo Design Thinking como uma ferramenta para remover mais essa barreira ao crescimento.
Uma de suas consequências, portanto, é a melhora no ambiente, que se torna mais fraterno e acolhedor, tornando as coisas mais transparentes.
Satisfação e fidelização

Não é novidade que o público externo pode ser cativado com mais facilidade quando o público interno também consome o que a empresa vende.
Além disso, colaboradores mais satisfeitos e que trabalham em um ambiente mais leve transmitem isso para o cliente final.
Dessa forma, a abordagem Design Thinking é também um meio de gerar satisfação e, em última análise, de fidelizar.
No âmbito interno, é bom porque ajuda a solucionar também uma questão crucial para as empresas: a retenção de talentos.
Já no externo, faz com que o consumidor desenvolva uma imagem positiva da empresa, o que acaba influenciando para gerar um sentimento de satisfação.
Visão sistêmica
Pela abordagem DT, todo problema deve ser avaliado em seu contexto mais amplo.
Digamos, por exemplo, que uma empresa que desenvolve softwares está com dificuldades para entrar em certo mercado.
Ao atacar o problema com as ferramentas de Design Thinking, esse passa a ser não só um problema de marketing, mas sistêmico.
Ou seja, em vez de focar apenas nas soluções convencionais, pelo DT, esse desafio passa a ser abordado por um ângulo mais aberto.
Então, Design Thinking também é uma excelente maneira de desenvolver a visão além do alcance, tão necessária para sobreviver no meio empresarial.
Adaptabilidade
Como em DT os números não são a “matéria-prima” para a resolução de problemas, fica mais fácil e simples adaptar-se às circunstâncias.
Isso me lembra daquela história que se passou com a Seleção Brasileira na Copa de 1958.
Antes do jogo contra a então União Soviética, o técnico Vicente Feola mostrou em sua preleção um quadro com uma série de jogadas diagramadas.
O genial Garrincha, ao ver aquele intrincado esquema, perguntou com toda a simplicidade: “O senhor combinou isso com os russos”?
Com essa analogia, quero dizer que a abordagem em Design Thinking é mais útil em certos casos porque torna as pessoas mais maleáveis.
Assim, as respostas passam a ser mais rápidas e contextualizadas, não importa o cenário.
Engajamento
Outro desafio que as empresas e seus setores de RH enfrentam é encontrar meios de estimular e engajar os colaboradores com o trabalho.
Novamente, faço questão de destacar a empatia como o diferencial que facilita o andamento de todos os processos.
Aqui para nós, é difícil se engajar em uma atividade na qual as pessoas envolvidas não demonstram apreço umas pelas outras.Por isso, quando a cultura da empresa passa a ser pautada em DT, o engajamento pode ser uma das consequências positivas.
Quais as etapas do design thinking?

Depois da teoria, vamos à prática.
Preparei um breve resumo sobre as cinco etapas do Design Thinking.
Confira!
1. Criar empatia e compreender

Começa quando você se coloca no lugar do outro e joga fora pré-conceitos e pressupostos para entender todo o problema.
Tudo isso, claro, levando em consideração o seu contexto.
Leia-se: necessidades, preferências, desejos e percepções de mundo das pessoas envolvidas.
2. Definir
É quando, depois de criar empatia e compreender, você vai delimitar qual é o problema e o que precisa ser resolvido.
3. Idear

Consiste em criar ideias e sugestões, sem medo de errar.
Em muitas empresas, é quando acontece a reunião de brainstorming para que uma equipe multidisciplinar se reúna e pense em conjunto.
4. Prototipar

A partir da escolha de uma ou mais ideias, como as mais interessantes ou recorrentes, é hora de criar protótipos.
Não precisa ser algo engenhoso ou um robô de inteligência artificial que vai falar seis idiomas e dar piruetas.
Pode ser desde um desenho até uma maquete feita de sucata para simular o produto final.
5. Testar

É uma das fases mais empolgantes do Design Thinking: experimentar os protótipos e entender qual deles faz mais sentido.
Quais são os 3 pilares do design thinking?
Embora o Design Thinking não seja propriamente um método, ele se apoia em certos conceitos elementares.
Nesse caso, existem três pilares básicos, nos quais se sustenta todo o conjunto de ferramentas e práticas dentro dessa abordagem.
Vamos ver quais são?
1. Empatia
O princípio número 1 em Design Thinking é o da empatia.
Ele consiste em usar os olhos do cliente para entender “na pele” suas dores, necessidades e aspirações.
A partir disso, a empresa pode começar a esboçar as primeiras ideias para, então, propor soluções sob medida.
Em muitos casos, os profissionais da organização podem precisar ir a campo para entender ao vivo e a cores como é enfrentar o problema do cliente.
Por exemplo, digamos que sua companhia tem nas mãos a missão de desenvolver uma solução para um negócio de delivery.
Nesse sentido, pode ser que os profissionais tenham que vivenciar um dia como um motoboy para entender que tipo de desafios esses valorosos condutores enfrentam.
2. Colaboração
Uma vez estabelecidos os laços com o cliente, é hora de a empresa colocar seus recursos mentais para trabalhar a serviço dele.
É hora de estimular a colaboração, o que significa reunir pessoas do maior número possível de especialidades em busca de ideias e soluções.
Ou seja, uma abordagem em Design Thinking se baseia também na multidisciplinaridade para entregar produtos e serviços mais completos.
3. Experimentação
O terceiro, e igualmente importante, princípio básico do Design Thinking é o da experimentação.
Quer dizer que, antes de lançar uma solução, ela deve ser testada por protótipos e versões enxutas.
A ideia aqui é garantir que o cliente receba um produto ou serviço exatamente como imaginou – ou, pelo menos, o mais próximo possível disso.
Atenção: o design thinking não é linear

Ao chegar aqui, você provavelmente está ansioso para saber como aplicar o Design Thinking.
Então, quero lembrar de um ponto fundamental para qualquer estratégia: não se trata de uma abordagem linear. Ou seja, não segue uma ordem específica.
O que quero dizer com isso é que as etapas não precisam ser seguidas exatamente na ordem que coloquei ali em cima.
Sentiu a necessidade de voltar para uma etapa anterior e colher mais informações sobre o problema dos stakeholders? Volte sem peso na consciência.
Já conseguiu pensar em uma boa ideia dentro dessa etapa, quer ganhar tempo e pular para a prototipagem? Fique à vontade.
No Design Thinking, quem manda é você.
Como aplicar as práticas de design thinking em uma empresa?

Considerando que cada organização tem uma cultura e características diferentes, o Design Thinking pode ser aplicado a qualquer contexto.
Pode, inclusive, ser adaptado à realidade da empresa.
No entanto, o que você precisa ter em mente é que o objetivo do Design Thinking é resolver o problema de um certo público.
Então, todas as etapas que vimos até aqui devem ser lembradas, mas, principalmente, a primeira: empatia e compreensão.
Para ter sucesso no uso dessa abordagem criativa e inovadora, evite fazer isso sozinho.
Procure envolver profissionais especializados em diferentes áreas para enxergar a situação de diferentes ângulos.
Veja a seguir quais ferramentas podem ajudar nesse desafio.
5 ferramentas de design thinking

Selecionei as ferramentas que podem ser usadas em qualquer fase da abordagem, seja em apenas uma ou em todas elas.
Como o Design Thinking não é linear, você tem liberdade total para escolher qual se encaixa melhor na sua busca por uma determinada solução.
1. Brainstorming

Brainstorming, ou tempestade de ideias, nada mais é do que reunir uma equipe multidisciplinar para pensar e discutir propostas e possibilidades.
Mas, para que a coisa flua, o ambiente precisa favorecer a ousadia.
Por isso, é preciso deixar claro aos participantes que críticas só serão aceitas se foram construtivas.
2. Cocriação

Convidar clientes, parceiros ou outros stakeholders para participarem do processo pode gerar insights valiosos.
E eles provavelmente vão se sentir importantes com isso, o que é um benefício extra do Design Thinking.
3. Gamificação

É para tornar a atividade lúdica e ainda mais descontraída, trazendo elementos dos games para ela.
4. Mapas mentais

Podem ser usados para organizar informações, como, por exemplo, as necessidades, vivências culturais e processos da vida do cliente.
Também pode ser transformado em mapas de empatia, o que é possível a partir dos insights gerados em entrevistas com as partes envolvidas.
5. World Café

Os participantes são divididos em mesas, como em um café, e vão trocando de lugar de tempo em tempo.
Então, a conversa continua sempre de onde parou, mas com novos integrantes à mesa.
Esse é um método que incentiva o diálogo entre os participantes.
6. Double Diamond
A ferramenta Double Diamond recebe esse nome por causa da sua representação gráfica, parecida com dois diamantes vistos de cima, lado a lado.
Junto ao diamante 1, está o problema a ser resolvido, o qual passa pela análise da equipe de design UX em duas etapas: descoberta e definição de uma solução.
Passando ao segundo diamante, o foco se volta ao desenvolvimento dessa solução e sua posterior entrega.
Onde aprender design thinking?

A abordagem está cada vez mais presente no palco de palestras, simpósios e eventos de todos os tipos.
Mas você também pode aprender sobre Design Thinking em outros lugares, como plataformas de conteúdo, comunidades globais e livros.
Quer algumas dicas?
Então, anote aí!
Cursos gratuitos de design thinking

- Converting Challenges into Opportunities, da Universidade da Califórnia.
- Design Thinking, do HP Learning Initiative for Entrepreneurs (HP LIFE).
- Design Thinking Action Lab, da Universidade de Stanford.
- Design Thinking for the Greater Good: Innovation in the Social Sector, da Universidade da Virgínia.
OpenIDEO

Uma comunidade global para pessoas interessadas em criar soluções para alguns dos problemas mais desafiadores do mundo.
A plataforma OpenIDEO foi criada em 2010 pela consultoria IDEO como uma solução para incentivar a inovação onde ela é mais necessária.
E como você já viu ao longo do artigo, IDEO é praticamente um sinônimo para o Design Thinking.
TED Talks

Você pode, ainda, gerar insights de palestras relacionadas ao Design Thinking no TED Talks.
Basta acessar o site, e pesquisar pela abordagem para conferir a opinião de grandes nomes da inovação, como o próprio Tim Brown, Elon Musk, David Kelley e Steven Johnson.
Livros de design thinking

- Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias, de Tim Brown.
- Design Thinking for Strategic Innovation, de Idris Mootee.
- Isto é Design Thinking de Serviços, de Marc Stickdorn, Jakob Schneider, Mariana Bandarra e Clarissa Biolchini.
6 cases de sucesso de design thinking

O que falta para dar start no processo? Um pouco de inspiração?
O que acha de conhecer os resultados incríveis do uso do Design Thinking em diferentes segmentos?
Então, chegou a hora de conferir os cases que separei para você .
Vamos a eles!
1. Airbnb

Prestes a falir, em 2009, o Airbnb foi salvo pelo Design Thinking e se transformou em um negócio bilionário.
O motivo? Identificaram que as fotos das casas disponíveis para alugar por temporada não eram boas.
Com isso, decidiram selecionar algumas propriedades para fazer um teste: tirar fotos profissionais para ver se o número de reservas aumentaria.
O resultado? Em uma semana, o volume dobrou e, a partir dali, a empresa passou a receber cada vez mais investimentos.
2. GE Healthcare

Só quem já fez exame de ressonância magnética sabe o incômodo para literalmente entrar no aparelho.
O curioso é que não era para ser assim.
Produzir esse maquinário era um grande orgulho para o designer Doug Dietz, da GE Healthcare. Ele era tão dedicado que até chegou a ser indicado para um prêmio de design.
Como todo profissional inovador, inquieto, Dietz decidiu ir até um hospital para ver o uso do produto.
Mas, para sua surpresa, ao chegar lá percebeu que várias crianças estavam aterrorizadas com a ideia de entrar na máquina.
O designer percebeu, então, que havia desenvolvido um produto sem pensar na experiência do usuário ou nos seus sentimentos.
Intrigado, voltou para casa para pensar em uma solução melhor.
Usando técnicas do Design Thinking, se reuniu com profissionais multidisciplinares para pensar em alternativas viáveis.
A ideia? Propor um produto menos aterrorizante e mais adequado ao que os pacientes desejam.
A partir daquele momento, Dietz passou a frequentar locais com crianças para entender suas necessidades e preferências.
Em seguida, prototipou e testou um ambiente agradável para elas.
Como não era de se duvidar, o resultado foi excelente: os pequenos passaram a encarar o exame como uma experiência divertida.
3. Natura

Reconhecida como referência no mercado de cosméticos mundial, a Natura usou a cocriação como ferramenta para criar soluções relevantes.
Para isso, em parceria com a Livework Brasil, projetou espaços de cocriação para redefinir a relação do consumidor com a marca.
4. Netflix

Entendendo que o comportamento e as necessidades dos usuários mudam, a Netflix focou em personalização.
Passou a trabalhar com padrões de comportamento para direcionar a estratégia de aquisição de conteúdos e lançamentos.
Com isso, filmes, séries e documentários passaram a ser lançados apenas após uma análise de compatibilidade com o desejo dos usuários.
5. Rappi

Criado com o objetivo de entregar bebidas, o aplicativo de entregas Rappi evoluiu rapidamente e hoje promete delivery de tudo.
Como podemos ver, tem o Design Thinking desde o modelo de negócio.
Começou em 2016, como fruto da ideia de empreendedores colombianos.
Na oportunidade, eles ofereceram um donut para cada pessoa que baixasse o app.
No Brasil, já ajudou até uma noiva a garantir a presença de um padrinho em seu casamento.
Ela fez um chamado para que um entregador fosse até o apartamento dele para acordá-lo.
Avançando rapidamente no mercado, a startup recebeu em 2019 o investimento de US$ 1 bilhão pela DST Global, Andreessen Horowitz e Sequoia.
6. Volkswagen

Na Europa, a tradicional fabricante de veículos criou o Quicar: um clube de carros compartilhados.
O resultado foi um sucesso.
Alia a confiança na marca e também a necessidade de conveniência dos usuários.
Carreira em design thinking

Sendo uma abordagem de grande utilidade para as empresas, o Design Thinking é também uma competência valiosa para profissionais de diversas áreas, como marketing, vendas e gestão, além do próprio design.
Uma das profissões que requerem o domínio de DT é a de Chief Data Officer (CDO), que tem como função principal liderar os processos digitais nas empresas.
É um cargo ligado intimamente à transformação digital, movimento global em que todas as relações humanas, inclusive as de trabalho, são pautadas pela evolução da tecnologia e da internet.
Uma prova da relevância de um CDO são os altos salários.
Segundo o Guia Salarial 2021 da Inovation, a remuneração para quem ocupa esse cargo é, hoje, de R$ 32 mil.
Exemplos práticos de design thinking em pequenas empresas
Como o Design Thinking pode ser aplicado em pequenas empresas, considerando as limitações de recursos e de pessoal nesse tipo de negócio?
Pode parecer que não, mas, por essa abordagem, até mesmo a mais simples PME consegue se beneficiar em razão dos impactos positivos gerados em suas atividades.
Confira, então, alguns exemplos práticos que mostram como o Design Thinking é capaz de ajudar uma empresa de pequeno e médio porte a deslanchar.
Agindo para diminuir custos
Design Thinking é, sobretudo, uma forma colaborativa de se trabalhar.
Para PMEs com orçamentos sempre apertados, essa é uma maneira prática de extrair o máximo rendimento dos recursos e pessoas disponíveis.
Ou seja, todos passam a ser corresponsáveis pelo sucesso da empresa ao serem estimulados a dar feedbacks e a participar dos processos criativos nos mais diversos níveis.
Com isso, a organização pode abrir mão de contratar profissionais externos e, desse modo, poupa recursos valiosos e tempo em processos seletivos.
Amplificando a comunicação
Em uma cultura de feedback, as pessoas tendem a se sentir mais próximas umas das outras e, assim, passam a se comunicar melhor.
Essa é, sem dúvida, uma das aplicações práticas mais benéficas em PMEs que adotam o Design Thinking.
Seus colaboradores se sentem à vontade para se expressar e, dessa forma, o ambiente também fica mais agradável e estimulante.
Aumentando a produtividade
Pessoas que se comunicam bem serão, necessariamente, mais produtivas em todas as suas atividades.
Ou seja, com mais comunicação e em um ambiente colaborativo, a tendência é para que todos produzam mais e se sintam incentivados a dar o seu melhor.
Não é um ótimo exemplo de aplicação prática do Design Thinking em uma PME?
Design thinking na educação
O DT tem outra característica de que eu gosto muito: é aplicável a praticamente todo tipo de atividade.
Na educação, por exemplo, cursos e escolas já estão se beneficiando dessa abordagem em processos de formação escolar, principalmente no ensino básico e fundamental.
Nela, os professores valorizam os elementos visuais e a criatividade como ferramentas para desenvolver a inteligência, sempre considerando o fator humano.
Tudo isso, claro, sem deixar de aplicar o princípio da empatia, a base da abordagem em Design Thinking.
Design thinking no dia a dia
Imergir, idealizar, prototipar e agir são coisas que podem ser feitas não só no contexto profissional.
Pense, por exemplo, nos desafios domésticos.
Se a sua pia está entupida, não tem como chamar um profissional para resolver e você não entende nada do assunto, o que restaria fazer?
Nesse caso, o DT pode ser uma alternativa, pelo menos para orientar nos passos iniciais.
Tome esse como um pequeno exemplo e comece a pensar fora da caixa diante de cada desafio que surge no seu dia a dia.
Perguntas frequentes sobre design thinking
Não sendo propriamente uma cartilha, o Design Thinking naturalmente gera dúvidas para quem não conhece bem essa abordagem de negócios.
Destaco para você agora algumas das mais comuns – e suas respostas.
De onde vem o design thinking?
Como o nome sugere, o Design Thinking tem origem no processo criativo dos designers.
Traduzido como “pensamento de design”, se inspira nos métodos que esses profissionais criativos usam para propor soluções para elevar o nível de inovação.
É uma forma diferente de pensar o design, que analisa vários pontos de vista para resolver problemas de origens diversas.
Diferente de outros métodos, o Design Thinking foca em entender as necessidades reais do mercado e não se limita apenas à observação de dados estatísticos.
É um trabalho colaborativo e, geralmente, realizado em equipes multidisciplinares para que se torne ainda mais rico.
Quem inventou o design thinking?
Existem várias controvérsias quando o objetivo é descobrir o verdadeiro criador do Design Thinking.
Afinal, desde as mais antigas civilizações, éramos convidados instintivamente a pensar em soluções para resolver problemas.
Para encontrar comida, os homens da Pré-História tinham que ir à caça. Para se proteger do frio, faziam fogueiras ou buscavam abrigo.
Os problemas eram diferentes, mas a necessidade de encontrar uma solução a eles permanece a mesma tanto tempo depois.
Mas como se trata de uma abordagem diretamente ligada ao design, os modelos mais parecidos com o Design Thinking como o conhecemos hoje são bem recentes. Datam do início do século 20.
Alguns especialistas afirmam que a maior parte dos elementos do Design Thinking começaram a ser usados em 1919, por estudantes da escola de arte Bauhaus.
Entretanto, em 1969, apareceu como forma de pensar o design aplicado à ciência no livro The Science of the Artificial, de Herbert A. Simon.
Mais tarde, em 1973, na engenharia, foi alvo da obra Experiences in Visual Thinking, de Robert McKim.
Hoje, a teoria mais aceita começou com Rolf Faste, professor de Stanford, que definiu e popularizou o conceito como ação criativa.
Em 1991, David M. Kelley, seu colega de Stanford e fundador da consultoria de inovação IDEO, foi um dos primeiros formadores de opinião sobre o tema.
Consegue adivinhar onde a empresa de Kelley está localizada?
Se pensou no Vale do Silício, acertou.
Desde que a consultoria foi fundada, ficou famosa por lá por usar uma abordagem diferenciada para resolver problemas.
E foi assim que o nosso querido Design Thinking se popularizou como é hoje.
Em 2009, Tim Brown, seu colega e CEO da consultoria, lançou um livro sobre o tema: “Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias”.
Título impactante, não?
O trabalho deles repercutiu tão bem, que a própria mídia na época destacou que se tratava de um processo para a criação de um carrinho de compras inovador.
Como fazer o design thinking?
Em alguns casos, aplicar o Design Thinking exige mudar toda a cultura de uma empresa.
Por isso, o melhor caminho para colocá-lo em prática é avaliar se o seu clima organizacional está preparado para essa nova abordagem.
Não por acaso, ela é sempre melhor recebida em companhias com viés inovador, como as startups ou nas quais a gestão é horizontal e, portanto, menos hierarquizada.
Então, para fazer o Design Thinking acontecer, procure antes estruturar sua organização em um modelo no qual as ideias possam ser expressas livremente.
Quais habilidades são necessárias para o design thinking?
Como vimos, embora o Design Thinking tenha suas origens no segmento de design, hoje, essa abordagem se aplica a diversas áreas e campos de conhecimento.
Dessa forma, quem pretende se especializar em DT precisa, em primeiro lugar, saber interpretar as expectativas das pessoas.
A partir dessa habilidade, o especialista poderá detectar oportunidades que o mercado como um todo ainda não se deu conta.
Não há uma formação específica para se trabalhar com Design Thinking. Até mesmo profissionais de saúde podem utilizá-lo em suas atividades, se assim desejarem.
Portanto, os atributos essenciais para utilizar a abordagem são mais generalistas, tais como:
- Capacidade de desenvolver empatia
- Saber trabalhar em equipe
- Desenvoltura para lidar com pressões
- Senso de organização
- Sentido de liderança
- Iniciativa própria.
Por que investir no design thinking?
Será que o custo-benefício de mudar a cultura ou a forma de gerir um negócio para a abordagem em Design Thinking compensa?
Se esse processo de mudança for bem conduzido, sim.
No Design Thinking, o foco é sempre voltado ao cliente, o que o torna extremamente valioso em um contexto no qual a inovação é um fator decisivo para o sucesso.
Afinal, hoje, o consumidor é omnichannel e as empresas estão imersas em um mundo Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo (VUCA World).
O que é design thinking?
Design Thinking é uma abordagem colaborativa focada na empatia com os stakeholders (público de interesse na empresa) para solucionar problemas. É uma forma de estudar as necessidades humanas para propor soluções.
Como funciona o design thinking?
Trocando em miúdos, o Design Thinking funciona como a prática da empatia para desenvolver um projeto. Você se coloca no lugar de outras pessoas para gerar soluções criativas para resolver os problemas que elas têm.
De onde vem o design thinking?
Como o nome sugere, o Design Thinking tem origem no processo criativo dos designers. Traduzido como “pensamento de design”, se inspira nos métodos que esses profissionais criativos usam para propor soluções para elevar o nível de inovação.
Quais as etapas do design thinking?
1. Criar empatia e compreender; 2. Definir o problema; 3. Procurar ideias; 4. Prototipar a solução encontrada; 5. Testar a solução.
Conclusão
O que todas as empresas que acabamos de ver e você têm em comum? Vontade de inovar.
Então, acredite: oportunidades incríveis estão por vir. E, muito provavelmente, bem mais perto do que imagina.
Que tal aplicar um pouco do que aprendeu sobre Design Thinking para inovar nos seus negócios?
É uma abordagem que pode ajudar a propor coisas novas e a sair da caixinha.
Você pode até criar um novo nicho de mercado. Já pensou no quanto pode conquistar com esse movimento?
Aproveite e nos conte como pretende usar o Design Thinking.
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