Growth Hacking: o que é e como fazer?

Growth Hacking

Growth hacking é uma maneira inovadora de acelerar o crescimento de uma empresa. É baseado na experimentação e tem como objetivo encontrar pontos de melhoria em seus processos.

É ideal para pequenos, médios e grandes negócios — por isso, eu adoro falar sobre esse tema!

Me diga: e se fosse possível fazer a sua empresa de forma rápida e constante?

Antes de continuar, se você quer aumentar suas vendas e saber quais são as melhores estratégias para promover seu negócio online, clique aqui para receber o Guia Completo de Marketing Digital.

O que é Growth Hacking?

Growth hacking é nada mais do que marketing orientado a experimentos. Ou seja, a partir de hipóteses e experimentos, é possível desenvolver processos e melhorar os resultados.

Vamos simplificar um pouco? Não é bem uma metodologia, nem somente uma estratégia. É tudo isso e um pouco mais.

Gosto de considerar o growth hacking uma forma de pensar. Um mindset.

O bacana é que esse pensamento foi elaborado há alguns anos e o seu criador ainda está por aí, ajudando várias empresas e também profissionais interessados no tema.

Trata-se do Sean Ellis, que no fim da década de 2000, ajudou muitas startups a atingirem um crescimento acelerado, como o Dropbox, atuando como consultor.

Nesse ponto de sua carreira, sempre que ele deixava uma startup para começar uma nova atividade, passava por momentos difíceis para encontrar um substituto. Alguém que estaria no comando e que desse conta do crescimento da startup.

Então, ele analisou milhares de propostas, todas enfatizando um trabalho para profissionais de marketing.

Entretanto, profissionais de marketing não podem fazer esse trabalho, afinal, produtos como softwares modernos são totalmente diferentes de produtos tradicionais, assim como a sua distribuição.

Profissionais de marketing achavam que tinham que considerar apenas orçamentos, despesas, conversões e etc.

Um growth hacker não se importa com nenhuma dessas coisas. Sean, em suas próprias palavras, estava procurando por “uma pessoa cujo objetivo verdadeiro fosse o crescimento”.

Como o crescimento é a medida de êxito ou fracasso para as startups (ou elas crescem rápido ou elas morrem), essa é a única medida que um growth hacker precisa se preocupar.

Um engenheiro pode ser um growth hacker, bem como um profissional de marketing também o pode ser. O que importa é o foco que esse profissional possui.

Devido à cultura de startup, quem trabalha com growth hacking tem que usar meios analíticos, de baixo custo, criativos e inovadores, para fazer crescer exponencialmente a base de clientes de sua empresa.

Basicamente, essa é a única coisa que um growth hacker faz.

Para você entender realmente o que a prática de growth hacking pode atingir e como o seu modo de pensar precisa ser, eu vou mostrar um exemplo que considero ideal.

Considere o Dropbox, por exemplo. O que o serviço de armazenamento em nuvem proporciona é, basicamente, espaço em disco nos servidores, acessível via internet.

Então, a startup pode sempre alugar mais servidores para proporcionar mais espaço para novos usuários, assim que eles se cadastrarem.

Agora pense no Uber: o serviço que substitui o táxi e que se baseia em pessoas comuns, usando seus próprios carros para pegar outras no local A e levá-las em segurança até o local B. O pagamento é, como você já deve saber, efetuado através do aplicativo.

A única coisa que o Uber proporciona ao usuário é o aplicativo, que pode ser baixado infinitas vezes e ser utilizado via internet. Os usuários proporcionam o resto.

Um produto tradicional, como o detergente, não é muito expansível, por exemplo. Toda vez que você fica sem detergente, você tem que comprar um novo detergente.

Além disso, a forma como o produto funciona permite que ele se promova por conta própria.

Se por um acaso você usar o Uber para ir até à casa de um amigo em uma sexta-feira à noite e te perguntarem como você chegou lá, você vai apenas dizer: “Eu peguei um Uber.”

Naturalmente, a novidade se espalha. Se você gosta da ideia e tem amigos que podem se beneficiar usando o serviço, você provavelmente vai indicá-la a seus amigos e familiares.

É assim que o growth hacking usa o boca a boca em grande escala com o objetivo de atingir as taxas de crescimento exponencial que nós temos visto.

Então, se você quer efetivamente conhecer o conceito de growth hacking, vale muito a pena pensar em suas palavras isoladas:

  • Growth: crescimento
  • Hack: brecha, espaço, corte
  • Hacking: o ato de encontrar e explorar essas brechas e espaços.

Assim, fica um pouco mais fácil de se entender que o growth hacking nada mais é do que a prática de encontrar “gatilhos” que são capazes de promover um crescimento acelerado.

Os princípios do Growth Hacking

Princípios do Growth Hacking

Esse mindset pode ser extremamente simples ou complexo, a depender do contexto em que for inserido. No entanto, sua aplicação depende de alguns princípios básicos.

Crescimento, experimentos e métrica-norte.

Deu para entender? Calma que vou explicar:

Crescimento

É a base do growth hacking, a razão pela qual foi criado.

A busca pelo crescimento não é uma realização fácil de alcançar. Pelo contrário, passa por um funil enriquecido (que explico logo a seguir) e que depende dos esforços de aquisição, ativação, receita, retenção e indicação de novos clientes.

Métrica-norte

Parece nome de banda, né?

Na verdade, se você é fascinado por marketing como eu, o significado é ainda mais legal!

A métrica-norte é aquela que define o que sua empresa encara como crescimento.

Ou seja, se a sua organização quer dobrar o faturamento, a receita é a sua métrica-norte, que guia seu planejamento, sua estratégia e suas ações.

Agora, se o principal objetivo é triplicar o número de usuários do seu aplicativo, essa é a sua estrela do norte — que você vai seguir.

O nome tem relação com a bússola — que sempre aponta para o norte.

É importante que, ao defini-la, você escolha algo claro, objetivo, alcançável e mensurável.

Experimentos

Vou ser repetitivo aqui, mas vale a pena: assim como disse meu amigo Sean Ellis, o growth hacking é o marketing baseado em experimentos.

Ou seja, é o que move o mindset e o que torna possível — e, sendo bem honesto, o que torna sua aplicação tão bem-sucedida.

Afinal, é baseado na ideia de que as coisas precisam de hipóteses válidas e de experimentos que comprovem essas assunções.

Existem incontáveis tipos de testes e experimentações. Sua equipe é quem vai definir os melhores para comprovar suas teses e implementar melhorias rápidas.

O funil do Growth Hacking

Existe um funil especificamente para o growth hacking da mesma forma que também existe para vendas.

Criado por Dave McClure, ficou conhecido como “funil do pirata”, já que em inglês suas iniciais formam a sigla AARRR, que lembra bastante a famosa interjeição pirata.

São 5 estágios:

  1. Aquisição (Acquisition): Reúne as práticas que visam atrair e conquistar novos clientes
  2. Ativação (Activation): O segundo estágio precisa estar sempre focado em proporcionar uma primeira boa experiência ao seu cliente
  3. Retenção (Retention): É nesta etapa que os seus clientes se sentem bastante satisfeitos com você e com a sua marca a ponto de continuarem utilizando seus produtos
  4. Receita (Revenue): A quarta etapa começa quando seus clientes estão fazendo parte do faturamento da sua empresa e não mais usando versões gratuitas, por exemplo
  5. Indicações (Referral): Acontece quando seus clientes gostam muito do seu produto ou serviço e passam a indicá-lo a amigos e conhecidos.

Normalmente, todas as ações de growth são previamente pensadas, a fim de promover uma otimização de todos os estágios desse funil.

Percebeu a diferença? Um funil de vendas possui divisões claras sobre cada etapa, já no hacking de crescimento é diferente.

Ou seja, alguns serviços e produtos possuem as etapas de retenção e receita juntas. Dessa forma, se o cliente continuar fazendo uso do seu produto, ele também vai continuar pagando.

Em alguns casos, as indicações também podem acontecer antes do cliente começar a gerar receitas, afinal, ele pode ter gostado bastante dos seus produtos gratuitos, por exemplo.

O que é Growth Marketing?

O growth marketing é a próxima evolução do marketing digital e do inbound. Esse novo estágio se aprofunda na persona do cliente para criar campanhas mais eficientes.

Saiba de uma coisa: seus clientes são os seus melhores vendedores.

Desta forma, fazer uso apenas do marketing digital não é mais suficiente. A sacada agora é identificar pontos fracos e melhorias no processo de marketing e vendas, a fim de entregar para seus clientes automações, ferramentas e testes.

É isso que caracteriza o growth marketing: uma mentalidade focada sempre em crescimento, aliada a uma constante preocupação com a otimização de processos integrados ao marketing através de análises de dados.

Isto tem acontecido porque o novo tipo de consumidor tem exigido esse tipo de experiência e relacionamento.

Como fazer growth marketing?

Antes de mais nada, você precisa entender que não existe uma fórmula mágica de crescimento. Como eu já disse, o growth marketing é um mindset, ou seja, ele nada mais é do que uma forma de pensar.

Então, você precisa focar no crescimento do seu negócio com o auxílio de uma análise constante de dados, objetivando identificar falhas e possíveis melhorias do seu marketing.

É importante lembrar que o growth marketing prioriza o aperfeiçoamento do marketing para que ele esteja sempre 100%.

Com isso, eu posso te garantir que o growth hacking não é uma fórmula pronta para o sucesso, mas sim um modo de pensar e, consequentemente, de agir.

O funil de vendas do Growth Marketing

O funil de vendas utilizado no Growth Marketing é o funil em Y.

A ideia básica e central é que haja uma integração natural entre marketing e vendas.

Veja bem, se você possui dois canais de crescimento da sua empresa (inbound marketing e outbound sales), é muito bom fazer uso de ambos, a fim de acelerar a aquisição de clientes para o seu negócio.

Existem diversas vantagens no uso desse funil de vendas, como:

  • Os leads que não são prospectados no momento certo são enviados imediatamente para um fluxo de nutrição, onde são levados a querer possuir uma conexão futura com a sua empresa;
  • Os leads de venda que não possuem um perfil de compra podem ser facilmente marcados para receber newsletter, o que acaba ajudando no branding do seu negócio;
  • Os leads que não estão engajados podem ser facilmente movidos para o seu fluxo de prospecção, o que ajuda bastante na manutenção da saúde do marketing que você faz por meio de e-mails;
  • Os leads de inbound são enviados diretamente para o fluxo de vendas e prospecção da sua empresa;
  • Os leads de vendas que estão em negociação com o seu negócio, podem ser postos em fluxos específicos para isso.

Por conta dessa mudança evolutiva no marketing, vários softwares já surgiram para facilitar a integração entre marketing e vendas, como o Ramper, RD STATION e o Pipedrive.

Growth Marketing x Growth Hacking, tem diferença?

Diferenças entre Growth Hacking e Growth Marketing

Dois termos semelhantes, uma única dúvida: são a mesma coisa?

Bom, não exatamente — um tem como objetivo conquistar resultados em tempo recorde, o outro leva em conta metas de longo prazo e tem como objetivo fomentar o crescimento geral do negócio.

Mas espere um pouco, vou explicar direitinho:

O consenso geral é que growth hacking e growth marketing são a mesma coisa, mas como em qualquer coisa relacionada ao marketing digital, há nuances.

O growth hacking pode ser visto como uma abordagem mais técnica e pontual, porque envolve a criação de experimentos para identificar e melhorar certos elementos de um produto ou mesmo um processo em um negócio.

As palavras que o resumem são: rapidez na obtenção de resultados, a busca por quick-wins e crescimento acelerado.

Por outro lado, o growth marketing tem uma abordagem mais focada no longo prazo. Ela olha para o desenvolvimento da empresa como um todo, visando a aquisição de novos clientes e na sua fidelização.

As palavras que definem esse mindset são: crescimento sustentável a longo prazo, desenvolvimento do negócio e estabelecimento de uma base sólida, escalável e fidelizada de clientes.

Para aqueles que querem elevar sua empresa em termos de sucesso, um entendimento de ambas as disciplinas e como elas se encaixam em conjunto será benéfico.

Características do Growth Hacker

Um growth hacker precisa possuir conhecimentos conceituais e técnicos de marketing, além de conhecer e entender de metodologia de experimentos, processos, tecnologia e psicologia do consumidor.

Entender o comportamento das pessoas ao longo de toda a jornada de compra é essencial para que esse profissional tenha sucesso.

Isto acontece porque tal conhecimento ajuda muito na escolha de possíveis gatilhos mentais de crescimento.

Mesmo que muitas empresas tenham criado oficialmente o cargo de growth hacker ou montado times dedicados, é importante que você saiba que esse conceito é mais do que uma posição formal.

Ou seja, qualquer profissional de qualquer área pode e deve adotar essa forma de pensar, a fim de sempre obter bons resultados.

Então, basicamente, um growth hacker tem a missão de encontrar oportunidades para o crescimento de resultados de uma determinada empresa.

É algo que pode acontecer em diversas áreas onde existam potenciais gatilhos de crescimento, além do marketing propriamente dito, como na área de vendas e de controladoria.

Qual é o salário de um Growth Hacker?

Bom, o salário de um growth hacker pode variar a depender da indústria, do segmento e da experiência profissional.

Reunir alguns dados de sites especializados no tema para mostrar um panorama, veja só:

De acordo com um guia da Tutano, o salário varia entre 3 mil e 4 mil reais por mês. Em nível sênior, a remuneração chega a ser de R$6 mil.

Já no Glassdoor, encontrei um dado que aponta R$4,5 mil de salário médio, mas é fácil encontrar vagas para perfis mais experientes com remunerações mais altas, chegando a R$15 mil!

Por que fazer Growth Hacking?

Afinal, por que fazer growth hacking? Em 2023 e adiante, faz sentido apostar nesse mindset?

A resposta é que sim, faz total sentido.

Porém, quero dar um passo atrás para esclarecer algo: o que torna o growth hacking ineficiente aos olhos de algumas pessoas é o fato que algumas ideias podem estar batidas.

É claro: repetir o que fez o Hotmail, nos anos 1990, não vai lhe trazer os mesmos resultados.

Caso você esteja se perguntando, uma de suas estratégias foi incluir no rodapé dos e-mails a frase “PS: I love you. Get your free e-mail at Hotmail”.

Na época, essa pequena adição aumentou os cadastros de novos e-mails, que chegaram a 3 mil por dia. Em 6 meses, a empresa contava com 1 milhão de usuários.

Portanto, não é porque a sua empresa vai implementar o mesmo, que vai funcionar.

O que destaca os grandes cases de growth é, justamente, sua inovação.

E veja bem: não é uma receita de bolo.

Cada caso é um caso, por isso, é tão importante pensar que não existe growth sem a criatividade.

E claro, uma boa dose de boas práticas de marketing é sempre valioso.

Por exemplo: se você sabe que um follow-up rápido aumenta em 9 vezes a chance de conversão do cliente, por que não criar uma abordagem mais assertiva com seu time comercial?

Ou mesmo se inspirar em ideias do passado, mas adaptando-as para o futuro.

O PayPal utilizou uma estratégia de recomendações que fez sua base de negócios crescer de 7% a 10% por dia na época, em meados dos anos 2000.

Você pode pensar em criar algo do tipo, caso esteja buscando potencializar sua base de clientes — mas pense em um twist!

Ofereça algum valor a quem recomenda e a quem é recomendado, algo único e que pode definir o relacionamento entre marca x cliente.

Como usar estratégias de Growth Marketing?

Eu sei o quanto é importante implementar o growth hacking em qualquer empresa. Então, eu não vou te mostrar apenas ótimos exemplos disso.

Vou te repassar um simples processo de 4 passos que você pode seguir para experimentar e aplicar o growth hacking em seu negócio agora mesmo!

Tenha certeza de que você criou um produto que as pessoas realmente querem

Você deve pensar que isso é óbvio para qualquer empresa, certo?

Antigamente, você poderia se dar bem com um produto medíocre, desde que você o promovesse suficientemente.

Hoje, as coisas são diferentes. Se o seu produto é ruim, o mundo irá saber mais rápido do que você possa imaginar.

Esse fenômeno também é conhecido como uma tempestade de m****.

Exemplo: em 2009, quando os funcionários da United Airlines estavam passando as malas de um lugar para outro, jogando-as de qualquer jeito, eles acabaram quebrando uma guitarra de um consumidor.

Eles admitiram ter feito isso, mas se recusaram a compensar o rapaz pela sua perda.

O resultado? Não uma ou duas, mas 3 músicas, incluindo vídeos, sobre o serviço de baixa qualidade da United Airlines foram criadas para falar do ocorrido.

Além de um livro — e toda uma carreira de palestras que o Dave, que sofreu com o ocorrido, alavancou.

O primeiro vídeo conseguiu mais de 22 milhões (!) de visualizações até agora:

Isso foi uma péssima ação de relações públicas para a United.

Se o seu produto é horrível, ele pode desaparecer em menos tempo do que você levou para construí-lo.

Qual é a solução? Feedback.

Você tem que lançar seu produto o mais rápido possível para começar a coletar feedback e continuar melhorando-o frequentemente. E essa é uma das principais estratégias de growth hacking.

Eu aprendi essa lição da maneira difícil. Quando nós começamos o Kissmetrics, nós usamos todo o nosso financiamento para construir o produto.

Levamos um ano para construí-lo e, quando lançamos, aprendemos que nossos consumidores já estavam felizes com as métricas que as conexões sociais deles já ofereciam.

Duas ações de growth hacking essenciais para que seu produto atinja as metas

Veja como fazer do jeito certo:

1. Comece perguntando e respondendo questões, e não desenvolvendo o produto.

Nós fizemos isso com o Crazy Egg. As pessoas estavam vindo até nós com perguntas sobre o comportamento do consumidor.

Elas diziam: “Nós estamos gastando todo esse dinheiro com propaganda, mas, na verdade, não sabemos o que os consumidores estão fazendo, onde eles estão clicando, como é o comportamento deles.

Somente depois disso que nós começamos a nos aprofundar mais no assunto e a pensar em criar um produto que resolvesse aquele problema.

2. A partir do momento que você tem uma ideia, busque feedback.

Não desenvolva alguma coisa por 6 meses, depois saia e diga: “O que vocês acham?” para um novo mercado de clientes.

Imagine que um amigo lhe contou sobre um problema de sua empresa durante o jantar. Juntos vocês esquematizam uma solução para ele em um guardanapo.

Nesse momento, você pode mostrar o esquema para outras pessoas.

Nós lançamos a primeira versão de Crazy Egg depois de apenas um mês para começar a coletar feedback. Assim, a cada mês, nós liberávamos uma versão melhor.

Graças ao nosso rápido lançamento e constante coleta de feedback, nós tivemos um produto decente depois de apenas 6 meses. Os consumidores estavam felizes em pagar.

Não apenas isso, mas a pressão e o rumor, criados devido à liberação das atualizações ao público, nos ajudaram a criar uma longa lista de espera de 10.000 pessoas na época em que lançamos o Crazy Egg.

Com isso você vê que pedir feedbacks é realmente uma ótima estratégia.

Valide sua ideia para garantir que ela não fracasse completamente

Outra parte de como produzir um ótimo produto: agregue valor à ideia do produto.

Quer um meio seguro de saber se as pessoas querem o que você irá criar? Pergunte! Sim, simples assim!

Perguntar o que as pessoas precisam é uma ótima maneira de evitar criar um produto que ninguém vai querer.

Publique conteúdo de graça (se você não tem nenhuma ideia)

Se você não tem uma ideia, apenas comece de graça.

Crie um blog ou um canal no Youtube e proporcione conteúdo sobre o assunto que você quer abrir seu negócio.

Essa é a forma mais simples de aprender sobre o que as pessoas gostam ou não, o que elas querem e precisam é um ótimo meio para se conseguir feedback sobre suas ideias.

Além disso, ao coletar endereços de e-mail, você pode até construir um público de seguidores leais e ansiosos, que mal podem esperar até que um produto realmente seja lançado.

Você pode fazer isso disponibilizando um e-book, desenvolvendo um quiz, criando uma série de e-mails ou uma seleção de vídeos legais.

Dê às pessoas a chance de terem acesso a alguns dos seus melhores conteúdos em troca do e-mail delas e você instantaneamente estará construindo um público.

Pode parecer pouco, mas essa estratégia de growth hacking gera bastante resultado.

Segmente seu público

Entenda que, existe um ciclo de vida que todo produto novo e inovador precisa passar. Ele é chamado de lei da difusão da inovação e se parece com isso:

Gráfico de segmentação de público para Growth Hacking

Gráfico da lei da difusão da inovação

Para que o seu produto alcance o maior número de pessoas, ele primeiramente precisa passar com sucesso por inovadores e pelas primeiras que estão dispostos a adquiri-lo.

São esses pequenos grupos e comunidades que precisam explicitamente ser visados. Geoffrey Moore escreveu um livro inteiro sobre este fenômeno, chamado “Cruzando o abismo”.

Ou os produtos cativam os primeiros 15% do mercado, ou eles irão morrer lá.

Se o seu consumidor alvo é “todo mundo”, não tem como você fazer growth hacking com os primeiros 15%, pois você nem sabe quem convencer a comprar.

Então, como fazer isso do jeito certo?

Foque em uma pequena minoria de pessoas que aproveitarão melhor o seu produto

Você deve criar um perfil do consumidor. Considere todos os aspectos do seu produto.

Então, se pergunte: quem irá conseguir obter o potencial máximo do seu produto?

Seja específico. Descreva uma pessoa real da melhor forma possível.

Se o Dropbox fosse lhe contar sobre o consumidor inicial ideal deles, eles provavelmente diriam algo como:

Um homem branco de 22 anos, que é expert em tecnologia, mora em San Francisco ou em Bay Area, é magro, tem apenas alguns amigos, usa a marca de roupas XYZ e passa a maioria do seu tempo online.

Isto é o quão detalhado você deve ser.

E, no começo, você realmente quer atender às necessidades dessas pessoas, de forma exclusiva.

Produtos tradicionais, como livros publicados por editoras tradicionais, têm que produzir muito alvoroço antes mesmo de serem lançados, para terem certeza de que o lançamento vai ser bem-sucedido.

Com um produto moderno de software, o que acontece antes do lançamento não é nem de perto tão importante quanto o que acontece depois do lançamento.

O Dropbox não fez um grande evento de lançamento só para convidados. Eles lançaram para o público em 2008.

O movimento mais esperto deles foi fazer o serviço exclusivo para convidados após o lançamento.

Eles o lançaram em um evento onde os consumidores ideais se reúnem todos os anos e, então, criaram uma aura de exclusividade em volta do produto.

As pessoas que quisessem participar do serviço precisariam de um convite de usuários existentes. Como todos queriam saber sobre o que era o Dropbox e como funcionava, a lista de espera rapidamente explodiu.

Mas o mistério sempre vem acompanhado de ceticismo. Então, para dar aos potenciais usuários uma ideia sobre o que o Dropbox era, eles fizeram um pequeno vídeo de demonstração.

Eles fizeram o vídeo especialmente para os usuários do Digg, uma rede social popular de notícias na época. Novamente, todos os usuários eram alvos ideais: geeks da internet, viciados em tecnologia e nerds.

Drew Houston, um dos fundadores, colocou por volta de 12 piadas internas na apresentação.

Em 24 horas, o vídeo tinha 10.000 curtidas. Os comentários se espalharam e a lista de espera pulou de 5.000 para 75.000 usuários.

Demonstração original do Dropbox:

Se comparado com gastar 300 dólares por aquisição por um produto de 99 dólares no Google Ads, essa pareceu ser a melhor estratégia para eles – que hoje  possuem 400 milhões de usuários.

Esses tipos de saltos no crescimento são cruciais no início de uma startup para que ela avance os 15% de limite de participação de mercado, que são necessários para que o produto decole.

Torne-se viral

Agora, como se destacar? É preciso da arma perfeita: se tornar viral.

 Veja bem, isso vai além de focar em todo mundo.

Esse passo da estratégia significa apenas se inserir levemente em sistemas maiores, bases de usuários maiores e influenciar o alcance de produtos parceiros, para penetrar verdadeiramente o mercado.

Você ainda estará focando nos consumidores ideais, mas estará expandindo para plataformas onde todos estão presentes.

O Que é Marketing Viral?

Você pode estar se perguntando: mas o que é efetivamente marketing viral? E é isso que eu vou explicar agora para você!

Basicamente, todo material que tenha algum cunho publicitário e uma estratégia de encorajamento envolvida para que as pessoas passem determinada mensagem adiante é marketing viral.

Esse conceito de growth hacking pode parecer um pouco complicado à primeira vista, mas vou deixar alguns exemplos aqui para você.

Vamos continuar falando mais um pouco sobre o Dropbox para ver como eles conseguiram utilizar o marketing viral de uma forma brilhante. O mesmo mecanismo ainda está sendo utilizado hoje:

Growth Hacking e marketing viral no DropBox

Espaço livre! Quanto mais pessoas você conseguir convencer a se inscreverem, melhor o produto ficará para você.

Esse é um mecanismo soberbo para qualquer parte do software que se tenha.

Agora você não só vai convidar seus amigos mais próximos porque você acha que o Dropbox é legal, como também vai convidar todo mundo que conhece, para obter mais espaço.

Então, marketing viral só funciona quando o produto ou serviço atende às expectativas dos seus clientes.

E não importa muito se o seu produto é pago ou se ele é de graça, o mais importante é que o seu público-alvo perceba o valor que você está oferecendo a ele, como algo de interesse para o seu investimento (tempo, dinheiro, etc.).

Por que investir em marketing viral?

Se você ainda tem dúvidas da importância de se investir em marketing viral, prometo saná-la agora mesmo!

Quando você conquista o status de “viral” para a sua campanha ou ação de marketing, as chances que o seu produto ou serviço tem de se popularizar são altíssimas!

Além disso, você também fica diante da oportunidade de aumentar consideravelmente as suas vendas ao conquistar novos clientes.

É importante que você tenha em mente que nem todas as suas campanhas vão se tornar virais.

Porém, quando você encontra um formato e conteúdos que interessam o seu público, ele com certeza sentirá vontade de passar a sua mensagem de marketing adiante, ajudando bastante na sua conquista de mercado.

Hoje em dia, o mercado não tem mais tantas barreiras como tinha no passado. Uma pequena loja de uma pequena cidade no interior pode vender seus produtos para qualquer lugar do mundo, por exemplo.

E essa facilidade toda fez com que as empresas percebessem que elas precisariam lutar bastante para conseguir o seu espaço no mercado, a fim de fortalecer a sua marca.

Você já se deparou com uma prateleira cheia de produtos iguais sem saber quais deles escolher?

O marketing viral faz com que o seu produto se destaque nessa prateleira e saia na frente dos seus concorrentes, criando uma conexão mais do que especial com o seu público-alvo.

Um exemplo que marcou — e ainda marca — a mente de muitas pessoas é o do energético Red Bull.

A bebida aposta desde o início em propagandas com animações simples, com piadas direcionadas ao público adulto, fazendo sempre uma brincadeira com desejos que podem ser realizados com a ingestão da bebida que “dá asas”.

Com isso, o cliente lembra do vídeo e do slogan ao se deparar com o produto na prateleira e acaba decidindo por ele para “ter asas” para enfrentar seu dia com mais disposição.

Como fazer seu conteúdo se tornar viral

Existem algumas dicas que eu aprendi ao longo dos anos de como fazer um conteúdo se tornar viral, e vou dividi-las agora com você:

Focar no ciclo de vendas do seu produto ou serviço

Quando uma propaganda não vende a realidade, saiba que ela é uma propaganda ruim!

E eu não estou falando sobre o uso de metáforas ou de outros recursos, estou falando da verdade sobre o que a sua empresa oferece ao seu público.

Ao investir em marketing, você precisa saber potencializar tudo que o seu produto ou serviço tem de bom, suprindo as necessidades e desejos do seu público de forma direta.

Um exemplo bem simples sobre isso é o momento da venda de um carro. Se você possui uma concessionária e anuncia um veículo de cor roxa, é esperado que exista tal cor para ser vendida, não é mesmo?

Se essa condição não for real, saiba que seus clientes vão se sentir enganados e espalhar para seus amigos e conhecidos que a sua propaganda é enganosa.

Também aconselho que você nunca proponha uma venda se a sua empresa não conseguir atender à demanda. Então, tenha bastante atenção à distribuição se seu produto for físico.

Além disso, sua equipe de atendimento precisa estar mais que pronta para atender todos os seus clientes, a fim de sanar todas as dúvidas sobre seu produto ou serviço.

Fazer algo de fácil absorção e repasse

Jamais dificulte o acesso ao seu material! Essa é uma excelente sacada de growth hacking.

Então, não crie formulários e nem nada parecido tentando conquistar leads. Esse é o momento de espalhar a sua mensagem e quanto mais fácil, melhor.

Esse é um dos motivos pelos quais muitas pessoas investem na criação de materiais audiovisuais. Estes são de fácil absorção e se mantém vivos na mente do público.

Eu, por exemplo, mantenho um canal que já tem mais de 52 milhões de visualizações.

Meu conteúdo no Youtube atinge uma parcela diferente de público — alguém que não quer ler um blogpost.

É uma tática de diversificar meu conteúdo, mas também de torná-lo mais apto aos dias atuais, onde o vídeo é um dos protagonistas do marketing de conteúdo e das estratégias bem-sucedidas de SEO.

O outro motivo para esse investimento é o crescente uso de dispositivos móveis, o que facilita a entrega de vídeos aos usuários.

Produzir algo inesperado

Não adianta apenas produzir algo com um bom toque de humor. Você precisa planejar o seu marketing viral para que ele seja recebido de forma inesperada.

Ou seja, você tem que oferecer ao seu público algo que ele não espere, mas que esteja aberto a receber.

O objetivo é surpreender!

E não ache que isso é uma tarefa fácil, pois não é. Você precisa sair dos padrões e mudar o seu jeito de pensar para fugir das campanhas de marketing que normalmente são usadas pela sua empresa.

Não planejar para ser viral

Talvez essa dica soe um pouco estranha para você, mas nada, absolutamente nada, pode garantir que alguma campanha vai se tornar viral.

Digo isso porque ela sempre vai depender de um fator desconhecido: seu público. E, no final das contas, é ele quem vai decidir se o seu conteúdo merece ou não ser compartilhado.

Um ótimo exemplo disso é a propaganda de 1996 da Parmalat, com crianças vestidas de bichinhos:

Uma música simples com uma letra bacana misturada com a espontaneidade de crianças fez com que essa propaganda permanecesse na mente dos brasileiros por anos a fio.

Entender as razões pelas quais as pessoas compartilham

Nossa mente está constantemente selecionando o que vamos ou não compartilhar nas redes sociais. Mesmo que você não perceba, sua mente está lá passando um pente fino em tudo que você vê.

E saiba que essa seleção não é feita pelo o que você gosta ou deixa de gostar. Ela é feita de maneira bem mais sutil.

Quando você decide compartilhar algum conteúdo, você provavelmente se sentiu emocionado, entretido ou informado de alguma forma.

E é exatamente por isso que materiais com sentimentos básicos costumam ganhar força e viralizam.

Então, fazer uso dessa estratégia de growth hacking é essencial para o sucesso de qualquer campanha de marketing.

Utilizar canais de massa

Utilizar canais onde seu público se encontra é fundamental. Um exemplo disso é o Youtube que tem se tornado querido por todos por permitir a fácil visualização de qualquer conteúdo audiovisual.

Além disso, o site possui botões bastante chamativos que possibilitam que seus usuários compartilhem os vídeos em outras redes sociais, como Twitter, LinkedIn, Facebook, Whatsapp, Instagram, entre outros.

O poder de inserções e incorporações

O Facebook, utilizou incorporações como uma forma de growth hacking inicial para ter certeza que conseguiria atingir a meta de adquirir 200 milhões de novos usuários em um ano.

Foi dada aos usuários a opção de mostrar que eles estavam no Facebook em outros lugares, como em seus blogs, sites e em fóruns, por meio da criação de diferentes emblemas para serem incorporados por eles.

Os emblemas ainda estão por toda parte até hoje.

Isso criou bilhões de opiniões, milhares de cliques e, consequentemente, milhões de registros a cada mês.

E esse não é o único gigante usando essa estratégia. Já tentou compartilhar um vídeo do Youtube em seu blog?

Eles fizeram com que a utilização de vídeos por meio de códigos embed se tornasse algo super fácil, assim muitas pessoas poderiam utilizar.

Isso funciona não só porque eles criaram o código e o destacaram para você, de forma que você só precisa pressionar Cmd+C (ou Ctrl + C, se estiver no Windows) e, então, colar no seu editor, mas também porque os vídeos do Youtube são muito compartilháveis.

Nós também queríamos que as pessoas incorporassem seus dados do Crazy Egg, mas não foi uma boa ideia.

Por quê?

Que companhia quer mostrar sua movimentação, cliques, fluxo de caixa e conversões?

Nenhuma!

Mas adivinha quem quer compartilhar o último vídeo divertido do gato? Todo mundo!

Dica profissional: dê às pessoas uma razão para se interessarem pelos seus vídeos.

O player do Youtube automaticamente começa o próximo vídeo, ou te dá uma seleção de vídeos relacionados ao final de cada vídeo, fazendo com que muito provavelmente você mude para o Youtube após assistir ao vídeo incorporado (embedded).

Se você optar por fazer com que o seu produto seja incorporado, tenha certeza que os consumidores tenham uma razão para querer incorporá-lo.

É importante que o processo seja fácil de fazer, para que eles se sintam atraídos.

Existe uma coisa que é ainda mais poderosa do que incorporar vídeo: as integrações.

Você sabia que se as pessoas puderem se registrar em seu serviço utilizando uma de suas contas já existentes no Facebook, Twitter ou Google, isso pode aumentar a quantidade de registros em até 50%?

Integrar o seu serviço para trabalhar perfeitamente com outro pode lhe dar acesso fácil a milhões de consumidores potenciais.

O PayPal estava batalhando para entrar no mercado. Poucos revendedores ofereciam essa opção de pagamento.

Mas assim que eles conseguiram um acordo com o Ebay e começaram a ser oferecidos como uma opção ao lado do Visa e Mastercard, as portas se abriram.

Gráfio de Growth Hacking do PayPal

Por conta disso, o Ebay adquiriu mais de 1,5 bilhão de dólares, em 2002.

Um roubo, considerando que o PayPal vale hoje mais ou menos 10 bilhões de dólares a mais que o Ebay. Ter uma poderosa integração foi o suficiente.

Mas o PayPal e o Facebook não são mais novidades. E as startups mais recentes?

Integrações funcionam hoje em dia também. Só que agora empresas como o Facebook e o PayPal são as que você deseja se integrar.

Como o Spotify fez.

Growth Hacking do Spotify

Se integrar com o Facebook foi uma medida bem direcionada. O Facebook era a plataforma para se compartilhar interesses, especialmente músicas (na forma de vídeos, por exemplo).

O Spotify apenas tornou a experiência melhor. Ao exibir o que seus amigos ouviram no aplicativo e através do stream do Facebook, as pessoas começaram a descobrir o aplicativo.

“Felipe está ouvindo Rolling Stones no Spotify.”

“Hum, o que será isso? Deixa eu ver. Opa, transmissão de música de graça. Impressionante!”

E boom! O Spotify tem um novo usuário (por falar nisso, foi exatamente desse jeito que eles me pegaram).

Assim como com os vídeos incorporados, garanta que suas integrações façam sentido para os usuários. Dessa forma ambas as partes se beneficiam.

Integrações, incorporações e emblemas estão certamente entre suas melhores apostas para se tornar viral e conseguir uma grande parte do mercado para que o seu produto se torne conhecido.

Porém, esses exemplos são mais ideias para você se inspirar do que para copiar.

Veja bem, estratégias de growth hacking normalmente param de funcionar consideravelmente rápido, à medida que mais e mais empresas começam a explorá-las.

Então, em vez de tentar copiar um por um desses exemplos, tente entrar no espírito da coisa para ver oportunidades inexploradas e novos meios de usar estratégias similares para promover seu produto.

Melhore seu produto continuamente

Enfatize, enfatize, enfatize.

Por quê?

Porque mesmo com milhões de usuários, leva anos para a maioria das empresas se tornar rentável, seja porque o produto não é tão caro, ou porque esperam muito tempo para cobrar dos consumidores.

É chocante saber que apenas 20% das companhias focam em manter o consumidor, quando já foi provado que vender para consumidores existentes é muito mais fácil.

De acordo com dados reunidos pela Forbes, eles são 50% mais favoráveis a comprar de novo do que novos consumidores.

O Uber melhora seu serviço constantemente também. Aqui estão algumas experiências que eles já fizeram:

  • Sorvete disponível no Uber
  • Rosas disponíveis no Dia dos Namorados
  • Churrasco disponível no Texas
  • Corridas em um DeLorean, em San Francisco
  • Viagens de helicóptero para Hamptons, por meio do UberCHOPPER
  • Parceria com a NFL para promover corridas seguras para os jogadores da NFL.

Quando você se torna grande, a experiência do usuário é uma parte enorme do sucesso de seu produto. É por isso que empresas como a Apple e o Facebook passam horas discutindo fontes, cores e tamanhos dos botões.

Geração de ideias

Se você quer melhorar o seu produto de maneira contínua, saiba que você precisa focar na geração de ideias, já que essa é a primeira etapa do processo de growth hacking.

As fontes de ideias são diversas: benchmarking de empresas referências no seu mercado, pesquisas de casos de sucesso, fóruns e grupos do LinkedIn relacionados ao seu nicho, apresentações no SlideShare, blogs, entre outros.

Depois de fazer essa pesquisa, é hora de realizar um brainstorming.

Sempre analise todas as suas ideias, sem exceção. Essa é uma dica que eu sigo fielmente, pois, normalmente, a primeira ideia que eu tenho não aparece para mim de forma definitiva.

Se você ainda não possui um time de growth hacking, tente realizar seu brainstorming com pessoas de áreas que consigam ajudar você a pensar.

Se por um acaso você tiver que pensar em novas ideias sozinho, anote todas as ideias que surgirem.

Também é interessante que você possua um lugar para reunir todas as suas ideias, como um documento compartilhado ou um quadro branco.

Seleção de ideias

Normalmente, as ideias, relacionadas com os principais objetivos da sua empresa, apresentam certa prioridade. Se suas vendas estão baixas, focar na aquisição será muito mais importante do que focar na retenção, por exemplo.

Porém, é fundamental que você tenha muitas ideias para cada estágio do seu funil de growth hacking.

Existem diversos critérios que podem ser usados para selecionar as ideias que serão priorizadas. Os 3 critérios mais indicados são:

  1. Custo e/ou complexidade de implementação
  2. Probabilidade de sucesso do experimento
  3. Impacto nos resultados da empresa.

Porém, as ideias mais simples e que possuem uma maior probabilidade de sucesso devem ser as primeiras a serem postas em prática por você.

Mas sempre preste atenção para não selecionar um número de ideias bem maior do que o seu time de growth hacking consegue implementar.

Modelagem de experimentos

Quando você vai modelar um experimento, sua ideia vira uma hipótese.

E, para comprovar essa hipótese, você precisa conhecer a barreira de crescimento que você quer ultrapassar e qual gatilho mental pode ser utilizado para isso.

A primeira coisa que você precisa fazer é formular perguntas, e é muito interessante fazer isso baseado em estatísticas.

Por exemplo, se você quer saber se o seu experimento tem validade você precisa pensar: preciso realizar um Teste A/B? Por quanto tempo esse teste precisa ficar ativo? Qual a variação percentual esperada?

Também é nessa fase que as ferramentas que serão utilizadas em seu experimento serão definidas.

Se a implementação da sua modelagem estiver difícil de ser posta em prática, indico que você repense a priorização de suas ideias ou que tente dividir seu experimento em diversas fases.

Realização de experimentos

Nesta fase, você vai colocar seu experimento em prática, aplicando todas as suas ideias, conforme planejado.

Quando você estiver diante de experimentos que envolvem implementações complexas, como uma programação, recomendo que você opte pelo caminho mais simples e, consequentemente, mais rápido.

É comum que um experimento mostre que sua hipótese estava certa, fazendo com que a atual implementação não seja mais necessária. Assim, você pode partir direto para uma solução definitiva.

Independente disso, após a implementação, você precisa acompanhar de perto todas as operações envolvidas e seus respectivos resultados.

Quando você olha para esse processo do ponto de vista operacional, é fundamental que tudo seja executado como planejado, principalmente para que você consiga monitorar todos os resultados preliminares.

Análise de Resultados

Quando o seu experimento chegar ao fim, você precisa analisar todos os resultados obtidos, a fim de constatar se a sua hipótese se confirmou.

Então, é de suma importância que você nunca tente manipular os dados, já que o objetivo dessa etapa é o aprendizado.

Então, não veja apenas se o número esperado por você foi atingido. Analise também todas as métricas que foram impactadas e o que você pode aprender e melhorar com esses resultados.

Lembre sempre que ao analisar os resultados do seu experimento, muitas outras novas ideias de campanhas de growth hacking podem surgir.

Growth Hacking e SEO

Growth Hacking e SEO

Você sabia que eu tinha que falar sobre isso, né? É que o growth hacking e o SEO realmente se complementam!

Na verdade, quando combinados, apresentam resultados fantásticos

Um exemplo, que eu explico em mais detalhes logo a seguir, no tópico de exemplos, é do LinkedIn.

A plataforma viu que otimizar suas páginas para os mecanismos de busca atraía muito resultado orgânico — e foi exatamente o que ela fez!

É claro, não vou te explicar ponto a ponto como usar esse mindset em sua estratégia de SEO, pois aí teríamos não apenas um artigo, mas uma bíblia aqui no blog.

Afinal, as aplicações são infinitas!

Mas posso te dar alguns exemplos, veja só:

Para melhorar a autoridade do seu site, é possível buscar backlinks — links de outros sites para o seu.

Essa é uma relação totalmente alinhada com as boas práticas do Google. É uma maneira de mostrar ao buscador que seu conteúdo é verificado e validado por outros sites.

Então, quais hacks úteis? Vou listar alguns:

  • Adicionar seu site a diretórios como Google Meu Negócio, Capterra, sites de review, associações, entre outros.
  • Criar uma estratégia de guest post (um conteúdo escrito por você, mas postado em outro site) com hyperlinks para o seu site.
  • Conseguir backlinks em sites .edu, que são bem vistos pelo algoritmo do Google, normalmente já online há anos e com muita autoridade.

Exemplos de Growth Hacking para você se inspirar

Ao longo deste conteúdo, já citei alguns exemplos e nomes de empresas que se superaram com o uso de táticas de growth. Que tal conferir em detalhes alguns desses cases? Veja só:

Facebook

A rede social Facebook tem quase 3 bilhões de usuários ativos. E esse sucesso se deve a muitos fatores, inclusive ao growth hacking da empresa.

Inicialmente, o Facebook aceitava apenas a criação de novos perfis por parte de universitários.

Quando essa criação de perfis foi liberada para todo mundo, a grande questão passou a ser: como manter o interesse em algo que todos podem participar?

A primeira medida do Facebook, então, foi deixar que os usuários adicionassem widgets em seus sites, o que aumentou bastante a criação de novos perfis.

Outra estratégia de growth hacking da empresa foi em relação à retenção desses novos usuários.

Após uma análise comportamental dos usuários ativos na rede social, foi constatado que quem adicionava 7 amigos nos primeiros 10 dias de uso apresentava muito mais chances de se manter ativo no site.

Sabendo disso, diversas funcionalidades foram criadas, a fim de incentivar novos perfis a adicionarem seus 7 primeiros amigos.

Uma das primeiras ações com essa finalidade foi o incentivo feito para que os usuários associassem sua conta de e-mail ao seu perfil. Assim, o Facebook seria capaz de fazer várias sugestões de amizade.

LinkedIn

Uma das ações de growth hacking realizadas pelo site Linkedin fez com que a empresa crescesse de 2 milhões para 200 milhões de usuários.

O que o site mudou foi a possibilidade de criação de perfis públicos que pudessem ser vistos por pessoas que não possuíam uma conta no Linkedin.

O segredo dessa ideia — que parece um pouco contraditório —, foi otimizar tais perfis para SEO.

Com isso, quando alguém pesquisava o nome de uma pessoa no Google, seu perfil do Linkedin aparecia nos primeiros resultados. O mesmo resultado era encontrado quando nomes de empresas eram pesquisados.

Essa foi uma grande ação de growth do Linkedin.

Assim, o site conseguiu rapidamente se posicionar como autoridade nos resultados de buscas desse tipo.

Mitos sobre o Growth Hacking

Mitos sobre Growth Hacking

Todas as novidades estão sujeitas a inúmeras interpretações equivocadas e o growth hacking não é exceção.

Então, para que você não se deixe enganar por qualquer informação, listei os maiores mitos sobre growth hacking aqui para você.

Growth Hacking é mágica

Muitas pessoas acreditam que ações de growth hacking são mágicas, pois leem “trocamos as letras de um botão de CTA e quadruplicamos nossos leads”, por exemplo.

É possível sim que isso aconteça, mas nenhum resultado desse acontece da noite para o dia, muito menos sem que seus experimentos sejam muito bem estudados e embasados em hipóteses válidas.

Tentar fazer algo só para ver se funciona é uma ideia totalmente oposta ao growth.

Na verdade, trata-se de uma maneira científica de se abordar técnicas de marketing e, consequentemente, o crescimento do seu negócio.

Por ser uma técnica científica, ela ajuda com que sua hipótese seja comprovada rapidamente, fazendo com que seu negócio também consiga ter resultados rápidos, dando uma impressão de mágica.

Growth Hacking é antiético

Muitos pessoas associam um “growth hacker” a um “hacker”, pensando que praticar growth hacking é algo ilegal.

Porém, isso não é verdade. A palavra “hack” tem diversas traduções possíveis, como vimos, e uma delas é “brecha”, no sentido de atalho.

Então, praticar growth hacking nada mais é do que encontrar brechas ou atalhos para um crescimento acelerado.

Growth Hacking exige conhecimento de programação

Você não precisa ter conhecimentos de programação para praticar o growth hacking.

Algumas ações podem até exigir algum tipo de programação, mas você pode facilmente contratar um programador para colocá-la em prática, por exemplo.

Porém, é muito importante que um growth hacker possua um amplo conhecimento de tecnologia, como novidades e possibilidades, além de conhecer o funcionamento delas.

3 ferramentas para Growth Hacking

Como qualquer método inovador, o growth é acompanhado por uma série de ferramentas que ajudam o time a economizar tempo, gastar menos e produzir mais. Que tal conferir as principais?

Testes A/B

Uma das principais tarefas de um growth hacker é criar testes que comparem diferentes versões de um elemento em busca do melhor.

Ferramentas de teste A/B permitem que a empresa faça mudanças sutis entre uma versão e outra de um conteúdo (como uma landing page, e-mail, homepage do seu site em época de promoções, entre outros) e mostram dados reais dos usuários, tais como cliques, preenchimento de formulários e compras.

Desta forma, é possível identificar quais é a versão mais eficaz e comece a usá-la em suas campanhas.

Normalmente, são alterações pontuais (como a mudança de cor do botão de CTA) e que podem ser estratégicas na definição de uma versão que tenha melhores resultados.

Analytics

Aqui, falo de plataformas e ferramentas que coletam e mensuram dados, como o Google Analytics, Ubersuggest ou mesmo Crazy Egg.

Este tipo de ferramenta permite que você monitore o comportamento do usuário em seu site, incluindo visualizações de páginas, tempo gasto em cada página, cliques, e muito mais.

Os dados coletados pelo Google Analytics, por exemplo, são essenciais para criar estratégias que melhorem o desempenho do seu site e, portanto, a taxa de conversão (ou o número de visitantes que se tornam clientes).

No caso do Crazy Egg, por exemplo, você conta com uma leitura muito bacana do mapa de calor de quem visita suas páginas, com total visibilidade sobre onde seu cursor passou — ou seja, quais partes do site mais chamaram atenção do usuário.

Pop-ups

É, eu sei, eles podem ser um pouco chatos — mas apenas se utilizados de forma equivocada.

Os pop-ups são aqueles avisos que aparecem na tela e chama a atenção do leitor.

Normalmente, eles aparecem em determinados momentos da navegação: ao entrar na página, ao tentar sair dela (exit intent ou intenção de sair, que é basicamente aproximar o cursor do X na aba) ou ao clicar em algum botão.

Eles são muito utilizados para lembrar o usuário de algo ou para lhe dar algum aviso importante.

Perguntas frequentes sobre o Growth Hacking

O que é o Growth Hacking?

Growth Hacking é uma abordagem que se concentra na rápida experimentação por meio dos canais de marketing, características do produto e modelos de negócios, a fim de identificar rapidamente as estratégias de crescimento mais eficientes para uma empresa.

Por que fazer Growth Hacking?

O motivo é simples: pois possibilita encontrar formas criativas e eficazes de alcançar novos clientes, expandir o alcance da marca e aumentar suas receitas. Ao testar diferentes estratégias e táticas, os growth hackers podem identificar rapidamente o que funciona melhor para seus negócios.

Quais empresas usam Growth Hacking?

Várias organizações aplicam o hacking de crescimento em seus processos, como o Facebook, Airbnb, Google, Crazy Egg, entre outros.

Quais são as ferramentas de Growth Hacking?

São várias as ferramentas utilizadas no hacking de crescimento, como pop-ups, plataformas de analytics, testes A/B, ferramentas de análise de comportamento do usuário, entre outros.

Conclusão

Hoje grandes empresas, o Facebook e o Uber levaram 8 e 5 anos para atingir 50 bilhões de dólares de valor de mercado, respectivamente.

Nada de desculpas como “o growth hacking não funciona” ou “esse mindset não se aplica ao meu segmento”.

Lembre-se: growth hacking não é uma estratégia fixa. É um modo de pensar.

Eu espero que este guia tenha ajudado você a adquiri-lo. Eu quero que você comece a pensar como eu e como os outros growth hackers pensam.

Deixe este guia ser seu ponto de partida.

Aqui estão de novo os 4 passos que você pode seguir:

  1. Tenha a certeza de criar um produto que as pessoas queiram realmente
  2. Focar apenas em uma pequena audiência do mercado
  3. Se torne viral
  4. Permaneça aperfeiçoando seu produto

Onde você está no processo de growth hacking neste momento? Me conte aonde você está e como irá dar o próximo passo!

Muito obrigado pela leitura! Aproveite para nos dizer o que achou! E compartilhe suas experiências nos comentários!

Até a próxima!

Compartilhe

Neil Patel

source: https://neilpatel.com/br/o-que-e-growth-hacking-o-guia-passo-a-passo/