Growth hacking: o que é e como aplicar no seu negócio

Se fosse possível crescer sua empresa de forma rápida e constante, o que você faria diferente hoje?

Essa é a pergunta que todo empreendedor deveria se fazer. Porque a verdade é que crescer não é questão de sorte, é questão de estratégia. 

growth hacking

E é exatamente aí que o Growth Hacking entra.

O que faz essa metodologia ser tão poderosa é que ela não depende de grandes orçamentos ou apostas cegas. 

Ela é baseada em experimentação, análise de dados e melhoria contínua. 

Não importa se você tem um negócio pequeno ou uma empresa consolidada, o crescimento pode (e deve) ser escalado de forma estratégica.

O segredo? Identificar oportunidades escondidas, testar rápido e escalar o que funciona.

Se você já tentou crescer sua empresa com marketing tradicional e sentiu que estava gastando muito sem ver resultados claros, talvez seja hora de pensar como um growth hacker.

Quer entender mais sobre isso?

Então vem ler meu texto!

Pontos-chave do texto:

  • O que é Growth Hacking e sua origem → Método focado em crescimento acelerado por experimentação; termo criado por Sean Ellis.
  • Os princípios do Growth Hacking → Crescimento, métrica-norte (principal KPI da empresa) e experimentação constante.
  • Como aplicar Growth Hacking na prática → Identificar problemas, testar hipóteses, analisar resultados e escalar o que funciona.
  • Exemplos reais de Growth Hacking → Uber, Facebook, LinkedIn, Airbnb e Pinterest cresceram com estratégias inovadoras.
  • Growth Hacking vs. Growth Marketing → Growth Hacking foca em crescimento rápido; Growth Marketing busca crescimento sustentável.
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O que é Growth Hacking?

Growth hacking é marketing orientado a experimentos. A ideia é simples: testar, aprender e otimizar estratégias para acelerar o crescimento de um negócio. Mais do que uma metodologia ou um conjunto de táticas, é um mindset.

Um growth hacker não se preocupa apenas com métricas tradicionais de marketing, como orçamentos ou taxas de conversão. 

Seu foco é um só: crescimento escalável e sustentável. 

Guarde essas palavras!

Para isso, usa técnicas criativas, analíticas e de baixo custo para encontrar oportunidades de crescimento rápido.

Startups e empresas inovadoras usam essa abordagem para aumentar sua base de clientes de forma exponencial, aproveitando canais subutilizados, viralização e otimização contínua.

A origem do termo

O conceito de growth hacking surgiu com Sean Ellis, um especialista em crescimento que ajudou startups como o Dropbox a escalarem rapidamente no fim dos anos 2000.

Ellis percebeu que profissionais de marketing tradicionais não estavam preparados para o desafio de crescimento acelerado das startups. 

Ele precisava de alguém cujo único objetivo fosse crescer, independente do método ou canal usado. Assim, criou o termo “growth hacker”, descrevendo um profissional focado exclusivamente em encontrar brechas e oportunidades de crescimento.

Em resumo, growth hacking é o ato de explorar “hacks” ou gatilhos que impulsionam um negócio rapidamente. 

Os princípios do Growth Hacking

Esse mindset pode ser extremamente simples ou complexo, a depender do contexto em que for inserido. No entanto, sua aplicação depende de alguns princípios básicos.

Crescimento, experimentos e métrica-norte.

Deu para entender? Calma que vou explicar:

Crescimento

É a base do growth hacking, a razão pela qual foi criado.

A busca pelo crescimento não é uma realização fácil de alcançar. Pelo contrário, passa por um funil enriquecido (que explico logo a seguir) e que depende dos esforços de aquisição, ativação, receita, retenção e indicação de novos clientes.

Métrica-norte

Parece nome de banda, né?

Na verdade, se você é fascinado por marketing como eu, o significado é ainda mais legal!

A métrica-norte é aquela que define o que sua empresa encara como crescimento. Ou seja, se a sua organização quer dobrar o faturamento, a receita é a sua métrica-norte, que guia seu planejamento, sua estratégia e suas ações.

Agora, se o principal objetivo é triplicar o número de usuários do seu aplicativo, essa é a sua estrela do norte — que você vai seguir.

O nome tem relação com a bússola, afinal, ela sempre aponta para o norte.

É importante que, ao defini-la, você escolha algo claro, objetivo, alcançável e mensurável.

Experimentos

Vou ser repetitivo aqui, mas vale a pena: assim como disse meu amigo Sean Ellis, o growth hacking é o marketing baseado em experimentos.

Ou seja, é o que move o mindset e o que permite — e, sendo bem honesto, o que torna sua aplicação tão bem-sucedida.

Afinal, é baseado na ideia de que as coisas precisam de hipóteses válidas e de experimentos que comprovem essas assunções.

Existem incontáveis tipos de testes e experimentações. Sua equipe é quem vai definir os melhores para comprovar suas teses e implementar melhorias rápidas.

Por que fazer Growth Hacking?

Por que fazer Growth Hacking

Afinal, por que fazer growth hacking?Faz sentido apostar nesse mindset?

A resposta é que sim, faz total sentido.

Porém, quero dar um passo atrás para esclarecer algo: o que torna o growth hacking ineficiente aos olhos de algumas pessoas é o fato que algumas ideias podem estar batidas.

É claro: repetir o que fez o Hotmail, nos anos 1990, não vai lhe trazer os mesmos resultados.

Caso você esteja se perguntando, uma de suas estratégias foi incluir no rodapé dos e-mails a frase “PS: I love you. Get your free e-mail at Hotmail”.

Na época, essa pequena adição aumentou os cadastros de novos e-mails, que chegaram a 3 mil por dia. Em 6 meses, a empresa contava com 1 milhão de usuários.

Portanto, não é porque a sua empresa vai implementar o mesmo, que vai funcionar. O que destaca os grandes cases de Growth é, justamente, sua inovação.

E veja bem: não é uma receita de bolo.

Cada caso é um caso, por isso, é tão importante pensar que não existe growth sem a criatividade.

E uma boa dose de boas práticas de marketing é sempre valioso.

Por exemplo: se você sabe que um follow-up rápido aumenta em 9 vezes a chance de conversão do cliente, por que não criar uma abordagem mais assertiva com seu time comercial?

Ou mesmo se inspirar em ideias do passado, mas adaptando-as para o futuro.

Como aplicar o growth hacking?

Growth Hacking não é sobre sorte, mas sobre testes, dados e otimização contínua. A ideia é simples: encontrar oportunidades escondidas, testar rapidamente e escalar o que funciona. 

Empresas como Dropbox, Airbnb e Uber cresceram exponencialmente porque aplicaram esse método de forma estruturada.

Mas como transformar isso em uma estratégia prática para o seu negócio? Vamos ao passo a passo.

Definição do problema

Tudo começa com um problema real. Sem uma dor clara a ser resolvida, qualquer experimento será apenas um tiro no escuro.

Algumas perguntas para guiar essa etapa:

  • Qual métrica precisa melhorar? (Aquisição, retenção, conversão, receita?)
  • Qual parte do funil está com maior queda de desempenho?
  • O que está impedindo o crescimento do seu negócio?

Exemplo: Se a taxa de abertura de e-mails da sua empresa caiu, o problema pode estar na linha de assunto ou no momento do envio. Definir o problema corretamente já coloca você no caminho certo para a solução.

Hipóteses

Agora que o problema foi identificado, é hora de levantar hipóteses sobre o que pode estar causando isso e como resolver.

Uma hipótese bem formulada deve seguir este modelo:
“Se fizermos [mudança], então [métrica X] vai melhorar porque [razão lógica].”

Exemplo:

  • Se personalizarmos as linhas de assunto dos e-mails com o nome do usuário, então a taxa de abertura aumentará porque os e-mails parecerão mais relevantes.

Esse é um momento estratégico. Quanto mais forte a hipótese, mais eficiente será o teste.

Geração de ideias

Aqui entra a criatividade. Depois de definir a hipótese, o próximo passo é listar diferentes maneiras de testá-la.

Como gerar ideias?

  • Analisando benchmarks e cases de sucesso.
  • Explorando concorrentes e líderes de mercado.
  • Fazendo brainstorming com diferentes áreas da empresa.

Se o problema for baixa conversão no site, algumas ideias podem ser:

  • Criar um pop-up de saída oferecendo um desconto.
  • Alterar o CTA do botão para algo mais direto.
  • Adicionar prova social, como avaliações e depoimentos.

O segredo é não descartar ideias logo de cara. Todas as ideias são válidas antes da fase de priorização.

Modelagem de experimentos

Agora, as ideias precisam ser transformadas em testes reais. Para isso, cada experimento deve seguir três critérios:

  1. Objetivo claro: qual métrica será impactada?
  2. Critério de sucesso: O que define se o teste funcionou ou não?
  3. Duração: quanto tempo o experimento precisa rodar para gerar dados confiáveis?

Segundo dados do State of Growth 2020, 81% das empresas com mais maturidade de growth no mundo tinham objetivos e KPIs claros.

Então isso realmente não é negociável.

Hipótese fictícia: se mudarmos o CTA do botão de “Saiba mais” para “Ganhe 20% de desconto agora”, aumentaremos as conversões.

Métrica de sucesso: aumento de pelo menos 10% na taxa de cliques no botão. Duração: teste A/B rodando por duas semanas.

Sem um modelo bem definido, o experimento pode gerar insights confusos ou inconclusivos.

Realização de experimentos

Com o experimento estruturado, chega a fase de testar na prática.

Para garantir que os resultados sejam confiáveis, siga estas diretrizes:

  • Teste apenas uma variável por vez para identificar exatamente o que influenciou a mudança.
  • Segmente seu público para evitar interferências externas.
  • Colete dados suficientes antes de tomar decisões precipitadas.

O objetivo aqui é agir rápido, sem perder a precisão dos dados.

Análise de resultados

Depois de rodar o experimento, é hora de interpretar os dados. Algumas perguntas essenciais:

  • O teste gerou impacto positivo, negativo ou neutro?
  • A mudança foi estatisticamente significativa?
  • Alguma métrica inesperada foi afetada?

Se os resultados forem positivos, é sinal de que você encontrou uma alavanca de crescimento. Se forem negativos, não é um fracasso – é um aprendizado.

O segredo é entender o que os dados estão dizendo e adaptar a estratégia com base neles.

Implementação ou descarte

Se o teste foi um sucesso, a mudança deve ser implementada permanentemente e aplicada a outros pontos da estratégia.

Se não funcionou, existem duas possibilidades:

  1. Ajustar a hipótese e testar uma nova variação.
  2. Descartar a ideia e partir para um novo experimento.

O importante é não insistir em algo que não traz resultados. Growth hacking é sobre testar rápido, aprender e iterar.

Próximos passos

O ciclo não para. Growth hacking é um processo contínuo, sempre gerando novos experimentos e ajustes.

Agora que você conhece o caminho, qual será seu primeiro teste?

Qualquer empresa pode aplicar esta estratégia?

Qualquer empresa pode aplicar growth hacking

Sim, qualquer empresa pode aplicar o Growth Hacking, mas com adaptações conforme seu tamanho, mercado e maturidade digital.

O conceito nasceu no universo das startups, que precisavam crescer rápido com poucos recursos, lembra?

No entanto, negócios de todos os portes e segmentos podem usar essa abordagem, desde que tenham uma cultura de testes e melhoria contínua.

Startups e pequenas empresas

Empresas em estágio inicial podem se beneficiar muito do Growth Hacking porque ele permite crescer sem grandes investimentos em marketing tradicional. Estratégias como referral programs (programas de indicação), virais e otimização de funil de conversão são excelentes para tração inicial.

Médias empresas

Negócios em expansão podem usar Growth Hacking para acelerar o crescimento, otimizando processos e explorando canais menos saturados. A personalização da experiência do usuário e testes frequentes em campanhas de aquisição e retenção são estratégias fundamentais.

Grandes empresas

As corporates também podem se beneficiar do Growth Hacking, mas com desafios diferentes. 

Aqui, o foco costuma estar em inovação dentro de áreas específicas e na agilidade para testar novas ideias sem comprometer a estrutura existente. 

Muitas grandes marcas criam times dedicados a Growth para explorar novas oportunidades.

Características do Growth Hacker

Um growth hacker precisa possuir conhecimentos conceituais e técnicos de marketing, além de conhecer e entender de metodologia de experimentos, processos, tecnologia e psicologia do consumidor.

Entender o comportamento das pessoas ao longo de toda a jornada de compra é essencial para que esse profissional tenha sucesso.

Isto acontece porque tal conhecimento ajuda muito na escolha de possíveis gatilhos mentais de crescimento.

Mesmo que muitas empresas tenham criado oficialmente o cargo de growth hacker ou montado times dedicados, é importante que você saiba que esse conceito é mais do que uma posição formal.

Ou seja, qualquer profissional de qualquer área pode e deve adotar essa forma de pensar, a fim de sempre obter bons resultados.

Então, basicamente, um growth hacker tem a missão de encontrar oportunidades para o crescimento de resultados de uma determinada empresa.

É algo que pode acontecer em diversas áreas onde existam potenciais gatilhos de crescimento, além do marketing propriamente dito, como na área de vendas e de controladoria.

Qual é o salário de um Growth Hacker?

Bom, o salário de um growth hacker pode variar a depender da indústria, do segmento e da experiência profissional.

Reunir alguns dados de sites especializados no tema para mostrar um panorama, veja só:

De acordo com um guia da Tutano, o salário varia entre 3 mil e 4 mil reais por mês. Em nível sênior, a remuneração chega a ser de R$6 mil.

Já no Glassdoor, encontrei um dado que aponta R$4,5 mil de salário médio, mas é fácil encontrar vagas para perfis mais experientes com remunerações mais altas, chegando a R$15 mil!

3 ferramentas para Growth Hacking

Como qualquer método inovador, o growth é acompanhado por uma série de ferramentas que ajudam o time a economizar tempo, gastar menos e produzir mais. Que tal conferir as principais?

Testes A/B

Uma das principais tarefas de um growth hacker é criar testes que comparem diferentes versões de um elemento em busca do melhor.

Ferramentas de teste A/B permitem que a empresa faça mudanças sutis entre uma versão e outra de um conteúdo (como uma landing page, e-mail, homepage do seu site em época de promoções, entre outros) e mostram dados reais dos usuários, tais como cliques, preenchimento de formulários e compras.

Desta forma, é possível identificar quais é a versão mais eficaz e comece a usá-la em suas campanhas.

Normalmente, são alterações pontuais (como a mudança de cor do botão de CTA) e que podem ser estratégicas na definição de uma versão que tenha melhores resultados.

Analytics

Aqui, falo de plataformas e ferramentas que coletam e mensuram dados, como o Google Analytics, Ubersuggest ou mesmo Crazy Egg.

Este tipo de ferramenta permite que você monitore o comportamento do usuário em seu site, incluindo visualizações de páginas, tempo gasto em cada página, cliques, e muito mais.

Os dados coletados pelo Google Analytics, por exemplo, são essenciais para criar estratégias que melhorem o desempenho do seu site e, portanto, a taxa de conversão (ou o número de visitantes que se tornam clientes).

No caso do Crazy Egg, por exemplo, você conta com uma leitura muito bacana do mapa de calor de quem visita suas páginas, com total visibilidade sobre onde seu cursor passou — ou seja, quais partes do site mais chamaram atenção do usuário.

Pop-ups

É, eu sei, eles podem ser um pouco chatos — mas apenas se utilizados de forma equivocada.

Os pop-ups são aqueles avisos que aparecem na tela e chama a atenção do leitor.

Normalmente, eles aparecem em determinados momentos da navegação: ao entrar na página, ao tentar sair dela (exit intent ou intenção de sair, que é basicamente aproximar o cursor do X na aba) ou ao clicar em algum botão.

Eles são muito utilizados para lembrar o usuário de algo ou para lhe dar algum aviso importante.

Dicas para escolher as ferramentas certas para implementar o growth hacking

O growth hacking não se trata apenas de ideias brilhantes – ele depende das ferramentas certas para testar hipóteses, medir resultados e escalar o crescimento. 

Mas como escolher as melhores soluções para sua estratégia? 

ferramentas de growth hacking

Pensando em blog especificamente, de acordo com um levantamento da NP Digital, aqueles que mais crescem usam IA de forma equilibrada.

🔹 41% não usam IA.
🔹 34% utilizam IA em menos de 25% do tempo.
🔹 Apenas 3% dependem da IA para mais de 75% do conteúdo.

A lição aqui é clara: a IA é útil, mas não pode ser a única peça do quebra-cabeça. 

Escolha ferramentas que automatizam processos sem perder o toque humano, garantindo que seu conteúdo siga as diretrizes de E.E.A.T. (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness) do Google.

No entanto, há muito mais o que pensar aqui. Por exemplo:

1. Use plataformas de automação para escalar seus experimentos

Growth hacking é sobre testar rápido, falhar rápido e aprender rápido. 

Para isso, você precisa de ferramentas que otimizem processos e facilitem testes A/B, coleta de dados e automação de tarefas.

Ferramentas recomendadas:

  • Zapier – integra diferentes plataformas e automatiza fluxos de trabalho.
  • HubSpot – gerencia leads, CRM e automação de marketing.
  • Optimizely – para rodar testes A/B e otimizar conversões.

2. Escolha ferramentas que ajudam a entender seu público

Os dados são o combustível do growth hacking. Quanto mais você entender o comportamento do seu público, melhores serão suas estratégias.

Boas escolhas:

  • Google Analytics – análise detalhada de tráfego e comportamento do usuário.
  • Hotjar – grava sessões e mapas de calor para identificar padrões.
  • Mixpanel – foca na retenção de usuários e experiência no site.

Exemplos de Growth Hacking para você se inspirar

Ao longo deste conteúdo, já citei alguns exemplos e nomes de empresas que se superaram com o uso de táticas de growth. Que tal conferir em detalhes alguns desses cases? Veja só:

Facebook

A rede social Facebook tem quase 3 bilhões de usuários ativos. E esse sucesso se deve a muitos fatores, inclusive ao growth hacking da empresa.

Inicialmente, o Facebook aceitava apenas a criação de novos perfis por parte de universitários.

Quando essa criação de perfis foi liberada para todo mundo, a grande questão passou a ser: como manter o interesse em algo que todos podem participar?

A primeira medida do Facebook, então, foi deixar que os usuários adicionassem widgets em seus sites, o que aumentou bastante a criação de novos perfis.

Outra estratégia de growth hacking da empresa foi em relação à retenção desses novos usuários.

Após uma análise comportamental dos usuários ativos na rede social, foi constatado que quem adicionava 7 amigos nos primeiros 10 dias de uso apresentava muito mais chances de se manter ativo no site.

Sabendo disso, diversas funcionalidades foram criadas, a fim de incentivar novos perfis a adicionarem seus 7 primeiros amigos.

Uma das primeiras ações com essa finalidade foi o incentivo feito para que os usuários associassem sua conta de e-mail ao seu perfil. Assim, o Facebook seria capaz de fazer várias sugestões de amizade.

LinkedIn

Uma das ações de growth hacking realizadas pelo site Linkedin fez com que a empresa crescesse de 2 milhões para 200 milhões de usuários.

O que o site mudou foi a possibilidade de criação de perfis públicos que pudessem ser vistos por pessoas que não possuíam uma conta no Linkedin.

O segredo dessa ideia — que parece um pouco contraditório —, foi otimizar tais perfis para SEO.

Com isso, quando alguém pesquisava o nome de uma pessoa no Google, seu perfil do Linkedin aparecia nos primeiros resultados. O mesmo resultado era encontrado quando nomes de empresas eram pesquisados.

Essa foi uma grande ação de growth do Linkedin.

Assim, o site conseguiu rapidamente se posicionar como autoridade nos resultados de buscas desse tipo.

Airbnb

Quando o Airbnb surgiu, ele enfrentou um grande desafio: como atrair novos usuários sem gastar rios de dinheiro em marketing?

A solução? Usar um canal já consolidado.

Na época, o Craigslist (um site de classificados online muito popular nos EUA) já tinha milhões de usuários procurando acomodações. 

O Airbnb, então, criou um recurso que permitia que os anfitriões publicassem seus anúncios diretamente no Craigslist, aumentando exponencialmente sua visibilidade.

Isso significava que:

  • Anúncios do Airbnb apareciam para milhões de pessoas sem custo adicional.
  • Usuários do Craigslist descobriam o Airbnb e começavam a usar a plataforma.

Esse hack impulsionou o crescimento do Airbnb de forma orgânica, ajudando a empresa a se tornar uma das maiores do setor de hospitalidade.

Pinterest

O Pinterest sabia que para crescer rápido, precisava manter os usuários engajados e fazer com que voltassem à plataforma regularmente. Mas como criar um hábito nas pessoas para que elas acessassem o site com frequência?

A solução foi simples, mas extremamente eficaz: e-mails altamente personalizados.

O Pinterest começou a enviar notificações por e-mail informando aos usuários que novos pins haviam sido adicionados às pastas que eles seguiam ou interagiam. 

Isso gerava uma sensação de urgência e curiosidade, incentivando o usuário a voltar para ver as novidades.

O resultado? 

Um crescimento acelerado da retenção e do engajamento, fazendo com que a plataforma se consolidasse como uma referência em descoberta visual.

Uber

O Uber conseguiu hackear o crescimento ao resolver dois grandes problemas simultaneamente:

  1. Passageiros que precisavam de uma alternativa melhor ao táxi.
  2. Motoristas que buscavam uma nova fonte de renda.

Mas como convencer pessoas a confiarem em um serviço de transporte com motoristas desconhecidos?

A resposta foi uma estratégia de incentivos duplos:

  • Novos passageiros ganhavam descontos ou corridas grátis.
  • Motoristas recebiam bônus para cada nova indicação.

Esse modelo criou um efeito viral:

  • Quanto mais passageiros usavam o serviço, mais motoristas entravam na plataforma.
  • Quanto mais motoristas disponíveis, mais rápido os passageiros conseguiam corridas.
  • Isso gerava uma experiência melhor, incentivando ainda mais pessoas a utilizarem o serviço.

Além disso, o Uber usou estratégias hiperlocais, investindo pesado em eventos e promoções específicas para cidades-chave. 

Por exemplo, oferecer corridas grátis durante grandes shows ou festivais, fazendo com que mais pessoas experimentassem o app sem custo inicial.

O resultado? 

O Uber cresceu exponencialmente e se tornou sinônimo de transporte urbano em diversas cidades do mundo.

A diferença entre Growth Hacking e Growth Marketing

Dois termos semelhantes, uma única dúvida: são a mesma coisa?

Bom, não exatamente — um tem como objetivo conquistar resultados em tempo recorde, o outro leva em conta metas de longo prazo e tem como objetivo fomentar o crescimento geral do negócio.

Mas espere um pouco, vou explicar direitinho:

O consenso geral é que growth hacking e growth marketing são a mesma coisa, mas como em qualquer coisa relacionada ao marketing digital, há nuances.

O growth hacking pode ser visto como uma abordagem mais técnica e pontual, porque envolve a criação de experimentos para identificar e melhorar certos elementos de um produto ou mesmo um processo em um negócio.

As palavras que o resumem são: rapidez na obtenção de resultados, a busca por quick-wins e crescimento acelerado.

Por outro lado, o growth marketing tem uma abordagem mais focada no longo prazo. Ela olha para o desenvolvimento da empresa como um todo, visando a aquisição de novos clientes e a sua fidelização.

As palavras que definem esse mindset são: crescimento sustentável a longo prazo, desenvolvimento do negócio e estabelecimento de uma base sólida, escalável e fidelizada de clientes.

Para aqueles que querem elevar sua empresa em termos de sucesso, um entendimento de ambas as disciplinas e como elas se encaixam em conjunto será benéfico.

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Perguntas frequentes sobre o Growth Hacking

O que é o Growth Hacking?

Growth Hacking é uma abordagem que se concentra na rápida experimentação por meio dos canais de marketing, características do produto e modelos de negócios, a fim de identificar rapidamente as estratégias de crescimento mais eficientes para uma empresa.

Por que fazer Growth Hacking?

O motivo é simples: pois possibilita encontrar formas criativas e eficazes de alcançar novos clientes, expandir o alcance da marca e aumentar suas receitas. Ao testar diferentes estratégias e táticas, os growth hackers podem identificar rapidamente o que funciona melhor para seus negócios.

Quais empresas usam Growth Hacking?

Várias organizações aplicam o hacking de crescimento em seus processos, como o Facebook, Airbnb, Google, Crazy Egg, entre outros.

Quais são as ferramentas de Growth Hacking?

São várias as ferramentas utilizadas no hacking de crescimento, como pop-ups, plataformas de analytics, testes A/B, ferramentas de análise de comportamento do usuário, entre outros.

Conclusão

Hoje grandes empresas, o Facebook e o Uber levaram 8 e 5 anos para atingir 50 bilhões de dólares de valor de mercado, respectivamente.

Nada de desculpas como “o growth hacking não funciona” ou “esse mindset não se aplica ao meu segmento”.

Lembre-se: growth hacking não é uma estratégia fixa. É um modo de pensar.

Eu espero que este guia tenha ajudado você a adquiri-lo. Eu quero que você comece a pensar como eu e como os outros growth hackers pensam.

Deixe este guia ser seu ponto de partida.

Onde você está no processo de growth hacking neste momento?

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Neil Patel

source: https://neilpatel.com/br/o-que-e-growth-hacking-o-guia-passo-a-passo/