O que é AutoGPT e por que você precisa conhecê-lo?

Neil Patel
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Author: Neil Patel | Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest
autogpt

A essa altura do campeonato, eu imagino que você já tenha usado o Chat GPT. Se você trabalha com internet ou marketing digital, tenho quase certeza. 

Mas e o AutoGPT?

Talvez você já imagine que, apesar de ser indiscutivelmente o mais famoso, esse primeiro nome, tão popular, está longe de ser a única ferramenta de IA do mercado.

Porque, no fim das contas, a inteligência artificial continua evoluindo em ritmo acelerado.

Então, está na hora de conhecer esse rival em ascensão que, definitivamente, merece sua atenção — ou pelo menos precisa entrar logo no seu radar.

Só para te prender um pouco mais: essa plataforma pega a fórmula do chat da Open AI e usa para se tornar uma ferramenta com quase potencial ilimitado.

Tudo isso graças à programação e o código aberto.

Pois é.

Mas como envolve um “patamar mais elevado”, sei que pode ser um tema mais complexo. 

Então, quero dedicar esse texto só para descomplicar esse tema e te mostrar, na prática, qual é qual é o diferencial do AutoGPT e qual inovação ele oferece.

Vamos juntos nessa?

Ei, mas antes, aproveitando esse tema de IA, que tal dar uma espiada no meu webinar e como a revolução dessa tecnologia pode ser o que seu negócio precisa? Acesse o material gratuitamente!

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O que é o AutoGPT?

O AutoGPT é uma ferramenta experimental que utiliza a tecnologia GPT-4, uma evolução do GPT-3, para agir de forma autônoma. 

Ele opera de forma independente, o que significa que ele não requer uma orientação detalhada do usuário para cumprir tarefas específicas. Mas pode pedir quando necessário.

Essa é a sua característica distintiva que ganha destaque.

Ele é capaz de escrever seu próprio código e executar scripts Python. 

E isso inclui a capacidade de depurar, desenvolver e melhorar seus próprios scripts de forma recursiva. 

Vale dizer também: é gratuito e tem código aberto, ou seja,  está disponível para uso e modificações pela comunidade.

Ele sempre pode melhorar!

O quão incrível é isso?

Ah, e sobre sua criação: ele foi postado no GitHub em 30 de março de 2023 pelo desenvolvedor Significant Gravitas, seu inventor.

Como funciona o AutoGPT?

como funciona o autogpt

Por ser diferente na teoria, também tem um funcionamento na prática.

Ele opera com um mecanismo de inteligência artificial autônomo, no qual o sistema cria diversos agentes de IA para cumprir tarefas específicas. 

Tudo o que você precisa fazer é definir um objetivo, e ele irá vasculhar a Web em busca das melhores informações e trabalhar de forma autônoma para atingir esse objetivo.

Mas que agentes são esses?

Te explico:

  • Agente de formulação de tarefas: quando você introduz seus objetivos no AutoGPT, o primeiro agente de IA a interagir é o agente de formulação de tarefas. Com base em seus objetivos, ele elabora uma lista de tarefas com etapas necessárias para atingi-los e encaminha essa lista ao agente de priorização;
  • Agente de priorização de tarefas: após receber a lista de tarefas, o agente de priorização de IA verifica a sequência e a lógica das etapas antes de enviá-la ao agente de execução;
  • Agente de execução de tarefas: uma vez feita a priorização, o agente de execução vai completar as tarefas. Isso envolve o uso propriamente do GPT-4, recursos da internet e outras fontes para obter os resultados necessários!

Mas não é só isso. Esses agentes conversam entre si.

Isso quer dizer, em outras palavras, que, quando o agente de execução finaliza as tarefas e os resultados não são satisfatórios, ele pode fazer algo em relação a isso.

Nesse caso, ele vai se comunicar com o agente de formulação de tarefas, gerando uma nova lista de tarefas. 

Isso cria um ciclo interativo entre os três agentes que vai acontecendo até que todas as metas estabelecidas pelo usuário sejam alcançadas.

Essa divisão de tarefas entrega o resultado mais completo possível.

Ótimo para quem quer especificidade!

As ações dos agentes de IA também são exibidas na interface do usuário, organizadas em quatro categorias.

Reflexões, raciocínio, plano e avaliação. 

Primeiramente, o agente de IA compartilha suas reflexões após concluir uma tarefa.

Depois, o raciocínio entra em cena, elucidando o motivo por trás das ações do agente de IA. 

Logo em seguida, o sistema apresenta um plano detalhado para concluir a tarefa. 

Finalmente, o sistema também oferece análises críticas, possibilitando que o agente de IA corrija erros e supere quaisquer obstáculos que surjam.

O aspecto mais fascinante é que, ao revelar essa sequência de processamento, o AutoGPT oferece “insights” sobre sua abordagem para resolver um problema específico.

Além de mostrar como ele mesmo se supera sem necessitar de qualquer intervenção do usuário.

Qual é a diferença entre AutoGPT e ChatGPT?

O AutoGPT é capaz de operar de maneira autônoma, sem depender de intervenção humana direta, enquanto o ChatGPT requer que os usuários forneçam instruções específicas para funcionar.

Por isso, a principal diferença está na sua funcionalidade, ainda que eles tenham a mesma tecnologia.

Ou seja, como ele opera mesmo.

Mas não é a única diferença.

O modelo GPT-4 mais recente utilizado pelo ChatGPT passou por treinamento usando o mesmo conjunto de dados do GPT-3.5, que abrange informações até setembro de 2021. 

Em outras palavras, o que acontece em 2023 não é de seu conhecimento.

Por outro lado, o Auto possui capacidade de acesso à internet. 

E ele não apenas navega na web, mas também, veja só, consegue avaliar a credibilidade das fontes!

Agora, vamos para um exemplo prático simples para entender como cada um funciona.

 Imagine o seguinte cenário: Marina deseja organizar uma viagem de férias em família.

Ao interagir com o Chat, Marina irá guiar o sistema usando instruções específicas, como “ajude-me a planejar uma viagem de férias em família”.

O ChatGPT fornecerá informações relacionadas a destinos, alojamentos, atividades, itinerários, orçamentos e embalagens.

Mas sempre mais abertas.

Aqui mora o detalhe: Marina ainda vai continuar fornecendo diretrizes para cada fase, como fazer reservas ou planejar atividades diárias.

Por outro lado, o Auto mesmo consegue resolver isso sozinho, a partir de várias etapas e de forma mais específica.

Quando Marina fizer o mesmo pedido por meio dessa outra ferramenta, ela já vai receber sugestões de destinos, terá um itinerário completo e até as atividades podem ser já programadas.

Tudo isso a partir de um só objetivo.

Então, AutoGPT é melhor que ChatGPT?

Depende do que você quer fazer com ele. 

Mas já dá para entender qual é o diferencial do Auto GPT.

Como usar o AutoGPT?

como usar o autogpt

Talvez a grande pegadinha dessa ferramenta esteja aqui.

Para usá-lo,  é preciso ter uma ou duas noções de programação.

Considerando isso, eu posso te dar uma ideia de como vai ser esse uso.

Pronto para entender?

Passo 1: Prepare-se

“Começando pelo começo”, certo?

É preciso garantir que você está tudo configurado. 

Para isso, confira se você tem Git e Python instalados em seu computador. Se não, é hora de baixar!

Não se preocupe se você não é um gênio da tecnologia — não é tão difícil fazer isso.

Etapa 2: “Pegue o aplicativo”

Vá até a página do GitHub para AutoGPT e pegue esse download. 

Basta clonar.

Nesse caso, copiar o URL do GitHub e colá-lo no prompt de comando.

Nada muito complexo também, né?

Passo 3: Configure as chaves

O AutoGPT precisa de três chaves de API para funcionar: uma da Pinecone, uma da OpenAI e outra da 11 Labs. 

Depois, inscreva-se em contas com cada um deles e siga as instruções para pegar as chaves.

Agora que você está empacotando essas chaves de API inteligentes, será preciso criar uma conta em sua plataforma e gerar uma chave secreta. 

Quando se trata da OpenAI, é preciso criar uma conta na plataforma e descolar aquela chave secreta.

Fique atento: a chave de API está escondidinha nas configurações do seu perfil.

Agora, falando da Pinecone, sua chave de API está na seção Chave de API.

E o 11 Labs também quer uma chave de API para confirmar sua autenticidade. 

Passo 4: Adicione as chaves

Assim que você tiver em mãos suas chaves de API, o próximo passo é integrá-las ao Auto GPT.

Isso é até mais fácil do que parece. 

Dê uma olhada no arquivo certo dentro do repositório clonado.

Basta abrir esse arquivo, dar um tchauzinho pro modelo que estava lá e, em seguida, inserir suas chaves de API nos campos corretos. 

Feito isso, sua configuração estará quase pronta!

Passo 5: Execute o programa

Navegue até a pasta do repositório, abra o prompt de comando e digite “Python scripts main.py”. 

Quando o programa for executado, você será solicitado a inserir o nome. 

Vamos chamá-lo de “AutoGPT” — mas você pode escolher o que quiser!

Passo 6: Defina o cenário

Hora de estabelecer algumas metas.

A ferramenta vai pedir para você dizer 5 objetivos para sua IA.

Pode ser qualquer coisa, como otimização dos seus fluxos de negócios, crescimento de receita ou adoção de tecnologias inovadoras. 

Assim que você traçá-los, o Auto GPT entrará em ação, gerando suas próprias sugestões e ideias com base nas suas instruções.

A mágica acontece!

Passo 7: Interaja com o sistema

Por exemplo, digamos que a ferramenta dá a ideia de fazer um “confere” no crescimento e nos processos do produto para achar pontos que podem melhorar. 

Aí, soltando o comando “navegar no site”, ele vai para as análises e dados que vão te dar uma mão nessa revisão. 

Ele pode até indicar o comando “chamar agente”  para criar e enviar uma mensagem a um agente, que vai coletar mais informações, seguido do comando “gravar no arquivo” para fazer anotações.

Isso é o legal dessa inteligência: enquanto você fica conversando com o Auto GPT, ele solta umas ideias próprias e sugestões com base no que você falou.

Se o caminho está bom, manda um “y” para continuar; se não, um “n” resolve!

E se quiser dar um feedback, dá para mandar uma mensagem para o Auto GPT refinar suas recomendações.

Quais são as aplicações do AutoGPT?

aplicações do autogpt

As aplicações do AutoGPT são muitas, afinal, há uma estrutura que permite o modelo raciocinar e agir para realizar a tarefa.

Então, como dá para usá-lo?

O grande diferencial aqui é que ele pode oferecer entregas mais complexas do que as ferramentas convencionais. 

Você pode tanto pedir para ele continuar de onde você não sabe fazer como também ele pode fazer do zero.

Com sua autonomia e integração a aplicações externas, ele pode fazer:

  • Envio de e-mails via Gmail;
  • Programação e criação de websites completos;
  • Desenvolvimento de aplicativos;
  • Criação de planilhas e documentos;
  • Realização de análises de dados;
  • Resolução de problemas complexos;
  • Geração de recomendações personalizadas.

Confesso que corri para o twitter quando estava pesquisando o tema para ver o que as pessoas tem feito — e vi muita coisa impressionante.

Simplesmente o AutoGPT descobriu que o usuário não tinha o Node, pesquisou no Google como instalá-lo, baixou, extraiu e gerou o servidor.

Tudo isso sem o usuário fazer nada.

Outra pessoa mostrou como é simples fazer pesquisa de produto para indicar qual é o melhor fone de ouvido do mercado.

Os exemplos são muitos. Te convido a dar uma procurada também!

Quais são as limitações do AutoGPT?

Por mais que ele seja uma abordagem super inovadora, não dá para negar que, ainda assim, existem limitações.

(Esse tipo de frase serve para qualquer coisa, já notou?)

Vou mencionar as 3 mais comentadas.

Custo elevado de uso

Embora a funcionalidade seja surpreendente, a praticidade do AutoGPT deixa a desejar. 

Como ele utiliza um modelo GPT-4 caro, o custo por conclusão de tarefa pode ser alto — mesmo para uma tarefa pequena.

Isso ocorre principalmente porque ele pode usar o GPT-4 várias vezes durante o processo de uma determinada tarefa.

Aliás, falta praticidade: não dá para replicar resultados em um cenário diferente quando a entrada é a mesma. 

Por exemplo, se você pedir ao modelo para encontrar os melhores óculos de grau e de sol ele não criará uma função para replicar o processo para a segunda categoria.

Em vez disso, ele começará do zero…

Pode ficar preso em um loop

O problema mais comum que os usuários enfrentam com o AutoGPT é que ele frequentemente fica preso em um loop. 

Se isso continuar por mais de alguns minutos, é provável que você precise reiniciar o processo. 

Qual é a razão disso?

Ele depende do GPT-4 para definir e decompor corretamente as tarefas. 

Portanto, os resultados são insuficientes para que o Auto  tome qualquer ação.

Chance de violação de dados

Quando um modelo de IA opera autonomamente com acesso ao seu sistema e à internet, seus dados podem ser vazados. 

Como não há agentes de segurança, já sabe que isso pode virar um problema, né?

Ou seja, é preciso muita cautela ao usá-lo.

Você não pode deixar o modelo rodando sem fornecer instruções adequadas e diretrizes de segurança!

Quais são as tendências para o AutoGPT?

Você já deve estar imaginando o potencial que ele pode trazer para o futuro.

É, de fato, revolucionário! 

A sua habilidade de alcançar metas através do seu próprio raciocínio o coloca em um lugar quase que comparável ao modo que nós operamos.

Por isso, já vemos uma crescente percepção de que ele representa um vislumbre inicial genuíno da Inteligência Artificial Geral (AGI). 

A IA que demonstra eficácia com mínima intervenção humana tem o potencial de reformular significativamente a vida.

Possivelmente substituindo diversas funções que atualmente são desempenhadas por seres humanos. 

Mas é o começo. 

Muita coisa está por vir e, sem dúvidas, é uma uma transformação substancial. Acredito fortemente que algumas delas são:

  • Redução de viés nos modelos AutoGPT, garantindo que as respostas geradas sejam imparciais e não discriminatórias,
  • Maior consciência do contexto, o que pode permitir uma compreensão mais profunda e precisa dele;
  • Treinamento de modelos como esse para se destacar em temas específicos, como medicina, direito, tecnologia. Isso entrega informações e respostas altamente especializadas!

Se você está no clima de IA e ainda não viu meu webinar, indico fortemente você dar uma olhada. Ele é gratuito e mostra exatamente como você pode alavancar seus resultados com essas ferramentas! 

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Conclusão

O Auto GPT é como ter um assistente que coloca as mãos na massa sem precisar de tutoriais intermináveis.

Apesar da base ser a mesma do Chat, há uma grande diferença: ele consegue se auto programar.

Esse concorrente usa  GPT-4, customiza e desenvolve tarefas de alta complexidade. E não é só “eu mando e você faz”, ele também pode trazer suas ideias próprias para o que você está querendo alcançar.

No entanto, é preciso ter noções de programação para poder aproveitá-lo e, claro, ainda existem limitações que fazem parte do processo.

Mas se bem feito, pode trazer grandíssimos insights.

E dá para perceber que não é só um truque de tecnologia; é uma visão do que as máquinas autônomas podem alcançar enquanto a inovação avança!

E você, já testou o AutoGPT?

Me conta nos comentários!

Perguntas frequentes

O que é o AutoGPT?

Ele é uma ferramenta de IA de código aberto que utiliza os modelos GPT-3.5 e GPT-4 para realizar tarefas de forma autônoma, criando e executando suas próprias ações.

Qual é a diferença entre AutoGPT e ChatGPT?

A diferença está na autonomia: enquanto o ChatGPT necessita de prompts humanos para operar, o AutoGPT pode executar tarefas complexas de maneira independente, como criar códigos, planejar eventos e tomar decisões.

Como usar o AutoGPT?

De maneira geral, para usá-lo, é necessário instalar Git e Python, adicionar suas chaves de API e definir objetivos. Depois, ele gera sugestões e executa ações em ciclos de feedback, permitindo interações mais autônomas.

Quais são as aplicações do AutoGPT?

Ele pode ser aplicado em uma variedade de tarefas, como enviar e-mails, programar websites, gerenciar redes sociais, desenvolver conteúdo, automatizar processos e oferecer recomendações personalizadas, tudo de maneira autônoma e integrada.

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Neil Patel

About the author:

Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest

Ele é o co-fundador da NP Digital. O The Wall Street Journal o considera como influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado. O Neil é um autor best-seller do New York Times e foi reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos pelo presidente Obama e como um dos 100 melhores até 35 anos pelas Nações Unidas.

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