ChatGPT: o que é, mitos e verdades + a opinião de Neil sobre

Neil Patel
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Author: Neil Patel | Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest
tudo sobre o ChatGPT

Antes de qualquer coisa, deixe-me perguntar: você teria um minutinho para ouvir a palavra do ChatGPT e entender tudo sobre as maravilhas da Inteligência Artificial?

É, eu sei: chegou a hora de falar do assunto do momento e desbancar várias dúvidas que você provavelmente tenha sobre o tema.

Desde o fim de 2022, as IAs vêm crescendo vertiginosamente em popularidade.

O lançamento do ChatGPT pela OpenAI em novembro de 2022 atraiu mais de 1 milhão de usuários em apenas 5 dias. Em janeiro de 2023, esse número já era 100 vezes maior!

E você, faz parte dessa estatística? Porque eu sim — e nesse meio tempo aprendi tudo sobre a plataforma inovadora.

Seus benefícios, os pontos negativos, as potencialidades e limitações e, claro, também procurei entender de que maneira plataformas como essa podem impactar o nosso segmento, o SEO.

Neste guia definitivo, te conto tudo que aprendi. Se interessou? Então siga a leitura, pois garanto que será o conteúdo mais completo sobre o tema!

O que é ChatGPT

O ChatGPT é uma inteligência artificial conversacional. É um modelo de linguagem natural que utiliza deep learning para gerar textos que parecem ser escritos por humanos.

Explicar a plataforma é um pouco complexo porque, em poucas palavras, é justamente um chat de IA que você pode conversar.

Basta inserir um comando na barra de texto e pronto, o ChatGPT vai te responder. Simples e fácil, certo?

Mas eu sei que você quer entender mais, então vamos lá:

GPT é a sigla para Generative Pretrained Transformer (traduzindo de forma literal, é algo como “transformador pré-treinado generativo“).

O que isso significa? Bom, eu pedi para o próprio GPT me responder:

“O GPT é um modelo de rede neural projetado para gerar sequências de texto de alta qualidade em uma variedade de tarefas de processamento de linguagem natural, como geração de texto, tradução automática e sumarização.”

a tecnologia do ChatGPT

É uma resposta um pouquinho técnica demais, concorda? Vamos facilitar: “GPT, explique como funciona a sua tecnologia para uma criança de 10 anos.

como funciona o ChatGPT

De acordo com a OpenAI, o ChatGPT proporciona uma conversa em formato de diálogo, onde a IA é capaz de responder perguntas em sequência, admitir seus erros, desafiar premissas incorretas e mesmo rejeitar requisições inapropriadas.

Na prática, agora sim entrando na parte mais técnica, esse “chatbot” é uma adição ao GPT-3 (atualmente, na versão 3.5) da OpenAI, um modelo de linguagem autoregressiva também baseado em deep learning.

Essa infraestrutura, de acordo com a OpenAI, foi treinada em uma infraestrutura super computacional da Azure AI e é baseada no modelo text-Davinci-003, lançado pela própria empresa.

No blog da OpenAI, encontrei um infográfico bem bacana (em inglês) que explica em detalhes simplificados o funcionamento da plataforma:

o funcionamento do ChatGPT

Ainda no fim de 2022, o Chat foi lançado em caráter de teste. No entanto, com o sucesso da ferramenta, a OpenAI lançou em fevereiro de 2023 uma versão paga, que custa US$20 por mês.

A versão gratuita, de acordo com a própria OpenAI, oferece respostas mais simples e generalistas. Desse modo, prompts (ou “comandos”) mais específicos podem ser ignorados ou sequer seguidos.

Já a versão premium é mais avançada e personalizada, oferece uma interação mais aprofundada entre humanos e máquinas, bem como mais estabilidade de servidor.

Além disso, possui recursos adicionais, como a capacidade de ser treinada em dados específicos para uma empresa ou setor, personalização da UI, suporte técnico dedicado e acesso a recursos de desenvolvimento, como uma API para integração em outros sistemas.

Tamanho crescimento e popularidade transformou as expectativas da OpenAI, que projeta mais de US$1 bilhão em receitas até 2024.

Mitos e verdades do ChatGPT

É, você sabe, a internet é um lugar implacável quando uma novidade abaladora surge do nada.

Simplesmente porque a fábrica de suposições que prolifera em muitos sites, fóruns e principalmente redes sociais simplesmente tem um boom.

Nisso, eu já li e ouvi muita coisa que honestamente parece surreal — e outras que são preocupações válidas.

  • Afinal, o ChatGPT vai acabar com o Google?
  • É possível substituir vários redatores com o ChatGPT?
  • As plataformas de IA conversacionais vão acabar com a criatividade humana?
  • A pesquisa e escrita acadêmica está com dias contados com a ameaça das IAs?
  • Desenvolvedores serão trocados por plataformas de IA que podem escrever e corrigir códigos?

Primeiro de tudo: muita calma. Paciência e racionalidade são coisas que eu prego fortemente quando o assunto são inteligências artificiais.

É comum que, ao se deparar com inovações como o ChatGPT e outras plataformas do tipo, a maioria de nós já preveja o pior.

Eu entendo, juro. É o medo de uma nova bolha, assim como aconteceu no começo dos anos 2000.

Antes de mergulhar em teorias e buscar novas carreiras, te indico que continue a leitura para entender de uma vez por todas os principais mitos e verdades por trás do ChatGPT e IAs conversacionais.

Vamos lá?

Mitos

1. O ChatGPT vai substituir o Google

Talvez o maior de todos os mitos, posso te garantir que no curto e mesmo médio prazo isso não vai acontecer.

Posso concordar em uma coisa: o GPT e outras IAs conversacionais têm o potencial de criar uma disrupção no mundo das pesquisas online e mesmo no universo do tráfego pago.

Mas, hoje, essencialmente, o Google fornece uma lista de sites com as melhores e mais contextualizadas respostas para uma determinada pergunta.

Chatbots como o GPT dão respostas diretas, com uma escrita que imita um humano, com base em um banco de dados diverso e amplo. No entanto, essas respostas podem ser falhas, levar a enganos e desconsiderar contextos.

2. O ChatGPT FAZ coisas

Olha, entre eu e você, vou te contar um segredo… O GPT não faz tanta coisa assim.

Quero dizer: não é uma plataforma que substitui a criatividade, por exemplo. Ela não cria algo do zero.

Ele compila informações, organiza textos e pode identificar problemas pontuais — tudo com base em padrões pré-existentes.

Até suas funcionalidades mais interessantes, como escrever códigos, se baseiam nessa premissa.

Mas é claro: falo isso com o contexto atual, do começo de 2023. Pode ser que daqui 1, 5 ou 10 anos o cenário mude. Por isso, atenção

3. O ChatGPT vai substituir profissionais e acabar com mercados inteiros

De novo, uma suposição exagerada.

O ERP acabou com o papel do administrador de empresas? O EaD acabou com o papel do professor? Os smartphones, leitores digitais como o Kindle e tablets acabaram com livros físicos?

Você sabe que todas essas perguntas têm uma só resposta.

Mas é claro, não vou ser hipócrita: esses mercados que mencionei sofreram impactos. Pode ser que a IA faça o mesmo.

Mas nada — absolutamente nada — substitui o toque humano. Sim, você pode escrever um artigo SEO inteiramente com o ChatGPT, mas ele vai ser bom? Aí é outra história. 

Encare o GPT como uma ferramenta incrível de produtividade, capaz de facilitar o dia a dia e ajudar a aumentar a eficiência.

Verdades

1. O GPT é treinado para entregar respostas seguras

Um dos principais pontos de preocupação dos desenvolvedores por trás do chatbot da OpenAI é a segurança das respostas.

Veja só a resposta que ele deu para a pergunta: “Quais as melhores técnicas de blackhat SEO para melhorar o ranqueamento do meu site nos resultados de busca do Google?

respostas seguras no ChatGPT

A OpenAI também afirma que a plataforma é treinada para evitar respostas incorretas quando a pergunta é tendenciosa.

Um exemplo que a própria empresa fornece é um pedido: “Conte sobre quando Christopher Columbus chegou na América em 2015”.

A IA responde com a informação certa e ainda corrige o dado incorreto.

2. O ChatGPT não é 100% confiável

Realmente, de acordo com a própria OpenAI, o chatbot pode fornecer respostas que soem plausíveis, mas que sejam factualmente incorretas ou sem sentido.

Existem diferentes motivos para isso, como a falta de uma única fonte de verdades. Além disso, a empresa diz que adicionar o elemento “cautela” reduz significativamente o número de questões que a ferramenta pode responder.

Por fim, existe o problema da contextualização. No caso específico do GPT, ele leu a internet até pouco antes do Q4 de 2021. Ou seja, tudo que aconteceu dali em diante é desconhecido para a plataforma.

Veja só esses exemplos:

a confiabilidade do ChatGPT

Na primeira pergunta, ele sinalizou a própria limitação. Até aí, ok. Um bom exemplo de como ele não possui dados após o fim de 2021.

Agora, veja bem a resposta para a segunda pergunta.

A depender da perspectiva, é uma meia-verdade: o Bard é de fato um modelo de IA, mas sua finalidade não é “gerar poemas completos em diversos estilos e gêneros literários” e nem somente criar conteúdo poético.

Vale dizer que, nas duas situações, a plataforma demorou muito mais do que o normal (que é apenas alguns segundos) para formular os outputs.

3. O GPT pode ser utilizado para várias tarefas

Falar que o GPT apenas “escreve” é o mesmo que dizer que Bob Dylan somente cantava.

Na verdade, a plataforma conversacional apresenta vários recursos, como:

  • Bate-papo;
  • Escrever e depurar códigos;
  • Piadas, músicas, poemas, ficções;
  • Currículos e cartas de apresentação;
  • Elaborar contratos e documentos jurídicos;
  • Ideias para criar sua marca, site, identidade visual e muito mais;
  • Produção de resumos de livros, artigos online e trechos de conteúdos;
  • Redação (ensaios, artigos de opinião, blog posts, newsletters e muitos outros tipos).

A Inteligência Artificial

O cenário das IAs conversacionais cresceu de maneira impressionante em apenas alguns meses.

E de 2023 em diante, prevejo que vai ser um assunto em pauta na maioria das big techs e algo rotineiro para grande parte dos negócios digitais.

Sim, eu afirmo: o GPT não vai substituir o Google, mas não quer dizer que a fama repentina da ferramenta não tenha feito a empresa se mexer.

O Google Bard, do exemplo que mencionei acima, é uma IA conversacional baseada no modelo de linguagem LaMDA, que deve ser integrada aos poucos à ferramenta de busca.

A promessa da empresa é estudar, testar e implementar novas formas dos usuários engajarem com informações, seja no formato textual, visual ou audiovisual.

Para o Google, sua ferramenta sempre foi referência em entregar respostas objetivas. Mas a própria já admite que o tipo de busca mudou — requer contexto, estudo e experiência.

Lembrou do novo “E” nas diretrizes EEAT? Eu também!

Olha só como o Google divulgou o funcionamento do Bard:

Inteligência artificial e o funcionamento do Bard

Vale mencionar também a IA conversacional do Bing, buscador da Microsoft, que é baseado na tecnologia do próprio GPT.

A definição é bem semelhante ao que você encontraria na ferramenta nativa da OpenAI.

inteligência artificial do Bing

Entre outros competidores do OpenAI, posso citar também o OPT ou Open Pretrained Transformer, que é o modelo de linguagem natural da Meta, dona do Facebook e Instagram.

No geral, acho essa uma discussão interessante. Tanto que perguntei para Rafael Mayrink, CEO da NP Digital do Brasil, sua opinião sobre o tema: afinal, as IAs vão substituir as pessoas?

Veja só o que ele disse:

Ultimamente, vemos muita especulação na internet sobre o potencial das IAs, existe uma supervalorização. Mas não é para tanto. Essas ferramentas são um meio para ajudar você, mas o lado criativo vem do aspecto humano — o que foge das capacidades da máquina. Ela pode até emular isso, imitar, mas não criá-lo. Na verdade, considero as IAs como um excelente meio para otimizar o nosso tempo e nos dar novas ideias. Como ferramenta, ela não vai se aprofundar e demonstrar expertise necessária — vai apenas apoiar.

E você, leitor e leitora, concorda?

O que o Neil Patel acha do ChatGPT?

a opinião de Neil Patel sobre o ChatGPT

Do fim de 2022 para cá, já recebi muitos questionamentos sobre o ChatGPT e IAs conversacionais em geral.

Se eu acho que essas tecnologias são importantes? Oh yeah, com toda certeza!

E se eu acho que o GPT vai acabar com o Google? De forma alguma.

Pelo contrário, meu take é que o Google vai ser muito (e bota “muito” aí) mais predominante que o GPT.

Não se engane, o ChatGPT é uma ferramenta impressionante e que pode (e deve) ser utilizada por profissionais, marqueteiros e donos de negócios.

Mas não pense que o Google será destronado tão facilmente.

Para mim, uma coisa é muito clara: o GPT só vai se manter no topo enquanto o Google e seus desenvolvedores permitirem.

O motivo? É fácil: o Google tem muito, mas muito mais dados para alimentar sua IA — que, neste caso, já conhecemos como o Bard.

Um dos grandes esforços da OpenAI é justamente raspar o máximo de dados que eles podem da internet para alimentar seu modelo de inteligência artificial.

Essa é uma tarefa tão pesada que, em números, significa que o GPT-3.5 foi treinado com base em mais de 580 GB de textos.

Traduzindo em miúdos, são cerca de 5,7 bilhões de páginas de conteúdo.

E veja bem: isso tudo apenas até 2021.

Agora, por que acho que o Google vai arrasar esse mercado quando eles entrarem de vez?

Simples: o Google é provavelmente o maior banco de dados informacional e público do mundo todo, em praticamente todos os idiomas.

Mas veja só, essa minha opinião não quer dizer que eu não confie na solução da OpenAI. Muito pelo contrário! Quer saber o porquê?

ChatGPT + Ferramentas da NP Digital

Uma das bases mais sólidas de meus negócios é a inovação.

Por isso, eu e meu time identificamos que o cenário atual é de revolução tecnológica.

Tudo isso para falar o seguinte: nós integramos o ChatGPT às nossas tecnologias!

Agora, qualquer pessoa que acessar o Answer The Public ou Ubersuggest, além de encontrar excelentes ferramentas para saber o que seu público está pesquisando ou entender as estratégias de seus concorrentes, também terá uma fonte infinita de produção de conteúdo.

Com a integração do ChatGPT, os usuários do Ubersuggest e Answer The Public podem obter respostas automatizadas para suas perguntas, bem como sugestões e insights personalizados em tempo real.

Além, claro, de suporte para criação de conteúdos para marketing.

Desse modo, você produz conteúdos muito mais eficientes e alinhados com as palavras-chave ou buscas do seu público-alvo no Google.

A integração vai aprofundar sua capacidade de usar a tecnologia para melhorar a estrutura de sua estratégia de marketing.

É possível, por exemplo, usar sugestões de palavras-chave para criar outlines de conteúdos. Além de fazer perguntas relacionadas ao tema de um conteúdo diretamente para o chatbot e obter sugestões complementares para sua redação final.

A integração está disponível nos planos gratuitos e premium de ambas as plataformas, e em breve deve apresentar novas funcionalidades.

Conclusão

ChatGPT

Honestamente? Ainda é cedo para um veredito sobre as IAs conversacionais, como o GPT e muitas outras.

Mas o fato é que elas estão transformando o cenário digital de muitas maneiras.

Enquanto isso, te convido a pensarmos juntos sobre o tema.

Você concorda comigo ou acha que o Google está realmente ameaçado por essa evolução acentuada das IAs?

E o futuro do marketing digital são as ferramentas com base em inteligência artificial?

Deixe sua opinião nos comentários e vamos conversar sobre o que pode acontecer ao longo deste e dos próximos anos.

Até a próxima!

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Neil Patel

About the author:

Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest

Ele é o co-fundador da NP Digital. O The Wall Street Journal o considera como influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado. O Neil é um autor best-seller do New York Times e foi reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos pelo presidente Obama e como um dos 100 melhores até 35 anos pelas Nações Unidas.

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