Você está alinhado com a forma como o seu cliente pensa?
O mercado mudou. Já não se faz marketing da mesma forma, como antigamente.
As ferramentas e as técnicas de venda mudaram e você precisa atualizar caso queira estar à frente de sua concorrência.
O marketing está assumindo em definitivo o papel de trabalho de forma alinhada com o comportamento dos consumidores.
E, com um público cada vez mais exigente, essa tarefa torna-se mais intensa, sendo fundamental entender com absoluta propriedade como o cliente pensa.
O marketing assume essa missão ao analisar o comportamento do consumidor, visando antecipar necessidades e entrar de vez na mente do público.
Nesse sentido, o neuromarketing chega como um aprofundamento dessa iniciativa do marketing.
Esse é um campo relativamente novo do marketing que estuda a essência do comportamento do consumidor.
Unindo marketing com ciência, o conceito se apresenta como uma poderosa chave para entender a lógica do consumo, os desejos, impulsos e motivações das pessoas.
Nesse artigo, falaremos sobre essa atuação conjunta da neurociência com o marketing e abordaremos de forma detalhada as mais variadas técnicas para aplicá-lo hoje mesmo em seu negócio.
Antes de começar, quero compartilhar com você o material especial que eu preparei com o meu time para reunir, em um só lugar, as principais técnicas de marketing digital. Aproveite para baixar, é gratuito!
O que é neuromarketing?
Essa imagem do NeuroMarketing-iGaming Brasil mostra com clareza como funciona o cérebro humano diante de estímulos.
Veja como cada área do nosso cérebro responde de forma diferente e específica.
É do estudo do uso eficaz desse potencial do cérebro que trata o neuromarketing.
Como ciência e técnica de venda, o conceito, através de estudos neurológicos, compreende que esses “motores psicológicos” presentes em nosso cérebro precisam ser despertados de modo a incentivar o ato da compra.
Podemos dizer então que o neuromarketing é um departamento avançado do marketing em si.
É certo que, em uma empresa, a missão maior do marketing é descobrir quais são as necessidades explícitas e implícitas do consumidor no ato da compra.
Assim, a busca do marketing é entregar uma solução que seja capaz de gerar a maior satisfação possível entre as partes envolvidas nesse negócio: o cliente e a empresa.
“Entender” é o primeiro alicerce do marketing.
Nesse sentido, um direcionamento quase óbvio para compreender a mente do cliente é o investimento em pesquisa de mercado.
No entanto, é preciso saber que apenas pesquisa não é o suficiente para entender como funciona a mentalidade do seu público.
Afinal, existem tantas influências que podem interferir no comportamento do consumidor que confiar apenas em uma única ferramenta é apostar suas fichas em algo potencialmente falho.
É preciso ir além se você quer realmente entender como seu cliente pensa.
É só sabendo com total profundidade o modo de pensar e agir do seu público-alvo que você, como empreendedor, pode antecipar necessidades, prevenir erros e surpreender positivamente.
E como dominar por completo essa demanda? O neuromarketing tem uma resposta.
Ele vem para aprofundar esse estudo do comportamento de compra do consumidor.
Com o conhecimento apreendido por suas diretrizes, o conceito que se baseia na neurociência faz uso dos instintos, sentidos e emoções para gerar o impulso de compra.
Assim, não se trata apenas de uma ciência, mas de uma tática de venda.
Uma tática das mais poderosas.
É possível fazer dessa ferramenta uma grande aliada para aumentar o seu faturamento.
Para isso, basta usar toda essa compreensão do comportamento de consumo para trabalhar por você e pela sua empresa.
Neuromarketing e o Comportamento do Consumidor
“A maioria dos nossos atos econômicos é irracional, tem, no fundo, motivações físico-químicas que, no final, visam à proteção do corpo, isto é, à sobrevivência e à reprodução, que nada mais é do que a sobrevivência dos nossos predecessores, dos nossos genes.”
– Pedro Camargo, neurocientista brasileiro.
Trouxe essa frase dita por Pedro Camargo em seu livro “Comportamento do Consumidor” para ilustrar que o neuromarketing vai além de uma simples estratégia de marketing.
Ele é mais do que isso.
É uma forma de estudar o comportamento humano por meio do entendimento de como funciona o processamento de informações pelo cérebro.
Parece complicado, eu sei. No entanto, é mais intuitivo do que se imagina.
O conceito estuda o comportamento humano, certo?
A partir dos dados obtidos nessa pesquisa, são criadas as estratégias e táticas altamente eficientes, focadas em conduzir o consumidor pelo funil de vendas.
Tudo com base em informações reais de reações comportamentais expressas pelo público.
Como já falamos aqui, pesquisas de mercado não dão conta de abranger toda a complexidade da mente de um consumidor.
Por mais profundos que sejam, esses estudos ainda são rasos.
Isso porque o nosso sistema nervoso usa um tipo de “filtro” para validar nossas escolhas.
Esse filtro tira a necessidade de reflexão a cada tomada de decisão.
Ele traz diretrizes práticas e intuitivas que o nosso cérebro adota para não precisar ter todo um questionamento interno a cada tomada de decisão. E o faz de forma extremamente persuasiva.
É esse filtro que o neuromarketing busca entender.
Em uma pesquisa de mercado, o que a pessoa responde só reflete de maneira superficial o que ela realmente sente e pensa.
A pesquisa pode responder sobre o que influencia uma decisão, mas analisando a fundo, podemos descobrir que a motivação é totalmente outra.
Por isso, o neuromarketing vem para ir mais fundo nessas motivações.
Com a ajuda da neurociência, é possível fazer uso da ressonância magnética para descobrir quais estímulos afetam cada parte do cérebro.
E também, descobrir como essa resposta pode se relacionar com o comportamento que se deseja para esse consumidor.
E como usar esse conhecimento todo do comportamento do consumidor para gerar vendas e fidelizar clientes?
São várias frentes a serem trabalhadas.
Uma empresa pode usar o que aprendeu sobre o assunto se valendo de gatilhos mentais para estimular o consumidor a comprar.
Esses gatilhos podem ser apresentados através de símbolos, cores e até mensagens subliminares, tudo em busca de se obter a ação esperada.
Falaremos mais detalhadamente sobre todas essas táticas a seguir.
Como o neuromarketing funciona na prática?
O mecanismo do marketing neural age essencialmente por meio dos instintos mais básicos do ser humano.
Vale destacar que, diferentemente do que se pensa, não se trata de manipulação ou enganação, como veremos em detalhes mais à frente neste conteúdo.
De acordo com a hipótese dos marcadores somáticos, do neurocientista português António Damásio, o neuromarketing funciona graças à ligação entre sentimentos, emoções e seus impactos na tomada de decisão.
Inclusive, um esquema simples mostra bem esse funcionamento:
- Estímulo → Resposta biológica → Reação emocional → Tomada de decisão
Como o neuromarketing pode ser benéfico ao seu negócio?
Outro aspecto a ser destacado sobre o neuromarketing é que ele se apoia na neurologia para se desenvolver.
Um exemplo dessa relação é quando se analisa as reações do cérebro e do sistema nervoso central (SNC) aos estímulos por exames de imagem.
Dessa forma, é possível avaliar o comportamento das pessoas mediante certos impulsos sensoriais.
Embora essas análises em geral sejam feitas em ambiente controlado, seus resultados têm aplicações.
Por isso, o neuromarketing vem sendo considerado uma das últimas fronteiras do marketing 4.0, já que por meio dele diversos benefícios são percebidos.
Veja alguns deles a seguir.
Melhorar a tomada de decisão de compra
Como vimos, um dos objetivos das ações de marketing baseadas na neurologia é fazer com que um potencial consumidor crie consciência sobre um problema.
Para quem já tem essa consciência, ele é ainda mais útil, porque faz com que a decisão de compra seja orientada por processos mentais mais profundos.
Sendo assim, ela tende a ser muito mais acertada, gerando satisfação para quem comprar e para quem vende.
Personalizar a entrega
Em alguns casos, as estratégias baseadas em neuromarketing são tão eficazes que parecem falar diretamente conosco, especialmente no meio digital.
Dessa forma, esse ramo do marketing faz com que a entrega de produtos e serviços possa ser planejada sob medida.
Viabiliza ações de marketing mais eficientes
Um marketing mais eficaz é também um marketing mais responsável.
Ao aplicar conhecimentos e conceitos da neurologia, neuropsicologia e outros ramos da ciência, o conceito faz com que as ações e estratégias de marketing sejam mais assertivas.
Dessa forma, há menos desperdício de recursos e de tempo, já que as mensagens chegam às pessoas certas, no momento certo.
Permite desenvolver produtos mais adequados aos clientes
Um aspecto das decisões de consumo que o neuromarketing consegue detectar como em nenhuma outra área é a influência do subconsciente.
Afinal, com o apoio de exames de imagem, é possível entender mais a fundo que tipo de reações acontecem nesta região tão cheia de mistérios do cérebro humano.
Ao agir nesse nível, as empresas se habilitam a desenvolver produtos e serviços mais adequados ao seu público-alvo.
Isso é feito considerando as necessidades que o consumidor ainda não tem consciência, mas que existem e merecem ser satisfeitas.
Melhora o relacionamento com o cliente
Um consumidor satisfeito é sempre mais receptivo às ações de marketing.
Dessa forma, o relacionamento com suas marcas preferidas melhora, uma vez que ele sabe o que espera delas.
Ajuda a definir estratégias mais precisas
Talvez o grande desafio para as empresas, principalmente PMEs e empresas familiares, seja adequar sua estratégia ao perfil de seus clientes.
O neuromarketing é perfeito para isso já que, como vimos, ele age a nível do subconsciente, norteando as decisões de compra.
Torna sua marca customer centric
Mais do que nunca, o cliente deve ser o centro das atenções das empresas ao direcionar seus esforços de marketing.
Destaco um estudo da Bain, segundo o qual empresas orientadas para o cliente têm lucros entre 4% e 8% mais altos do que suas concorrentes.
Pelo neuromarketing, sua empresa fica muito mais perto de ser centrada no cliente e de garantir o customer success, podendo assim obter resultados acima da média.
Onde se aplica o neuromarketing?
Antes de expor as táticas usadas com base nesse tipo de abordagem do marketing, quero ressaltar que o conceito se aplica a toda relação de consumo.
Então, para quem vende produtos, serviços ou ambos, ele cai como uma luva, otimizando seus esforços comerciais.
Dito isso, vamos ver, na sequência, técnicas (algumas até bastante simples) que você pode começar a aplicar hoje mesmo em seu negócio.
Técnicas de neuromarketing para aplicar no seu negócio
Se você ficou com vontade de aplicar o neuromarketing no seu negócio e já está preocupado com o que isso vai custar no seu bolso, pode ficar tranquilo.
Pelo menos de começo, você não precisa necessariamente investir em estudos que sejam muito onerosos e demorados.
Basta se apoiar em pesquisas que encontramos pela internet mesmo.
Algumas descobertas podem ser bastante relevantes quando você procura por informações que já estão disponíveis nos mais diversos estudos sobre o tema.
Agora, até isso pode ser simplificado, já que nesse artigo mesmo eu trago até você tudo o que precisa saber para poder começar a usar essas táticas em sua empresa.
Você duvida? Continue a leitura!
São melhorias simples que você pode fazer em seu site, nos seus produtos e até no seu conteúdo.
Ajustes pequenos, aplicados à neurociência, que já diferenciam o seu saldo final de vendas quando o mês termina.
Vamos aprender?
Tipografia
Se você pensa que a escolha da fonte a ser usada em sua comunicação visual pode ser feita de uma maneira trivial, sinto dizer que você pensou errado.
No marketing, todo detalhe conta. No neuromarketing, todo detalhe é vital.
A tipografia usada por sua empresa em seus produtos, sites e comunicação em geral pode (e vai) influenciar na maneira com que seu cliente se relaciona com a marca.
No fim do caminho, acaba influenciando também na compra. Ou na desistência.
Em seu aclamado livro “Como Influenciar a Mente do Consumidor”, Roger Dooley, especialista em neuromarketing, apresenta 100 maneiras objetivas de se persuadir clientes.
E uma dessas formas, veja só, diz respeito às fontes usadas por uma marca em anúncios, sites, formulários e conteúdos em geral.
Vamos aprofundar isso a seguir.
Use fontes simples e estimule a ação
Esqueça o rebuscado, o muito moderno, o rococó. De acordo com Dooley, sempre que você pode, deve optar por fontes que são simples.
Isso tem um motivo.
As fontes simples facilitam a leitura e funcionam muito melhor quando o desejado é convencer o cliente a tomar uma ação, como comprar.
Você sabe, quanto mais fácil para o consumidor tomar a ação, maiores são as chances de uma venda ser convertida.
Por isso, fique atento à escolha de suas fontes. E invista um tempo para repensar também a quantas anda o design e a sustentabilidade do seu site em geral.
Utilizar fontes completas para enfatizar informações importantes
Além das fontes serem simples, elas precisam ser completas, de modo a enfatizar as informações mais importantes sobre o seu produto.
Trata-se de ser simples e objetivo, sem enrolação.
O que não quer dizer que precisa ser sem graça, é claro.
Uma fonte, e um design, simples e direto tem seu charme também.
Ele é capaz de comunicar tudo o que você quer passar de forma profissional e completa.
Desse modo, repense seus produtos e considere simplificar as embalagens.
Pense que elas não devem exigir muito esforço por parte do consumidor para que sua interpretação consuma o menos possível em recursos cognitivos.
Considerando dados reais, como o publicado pela University of Queensland, o cérebro usa 20% da energia do corpo humano diariamente.
É o órgão que mais exige metabolicamente do corpo.
Isso quer dizer que qualquer mensagem de interpretação mais difícil corre o risco de ser ignorada por ele.
Veja as embalagens da Apple.
Elas são todas incrivelmente minimalistas. E são reconhecidas e compreendidas de imediato no mercado, não é verdade?
A ideia de que uma embalagem, ou um site, precisa ser poluída de texto, imagens e apelos cai por terra quando nos damos conta desses casos de sucesso.
Por isso, quando for vender seu produto, cuide para providenciar uma mensagem clara, na fonte completa, com direções objetivas de uso.
Menos é mais e, uma vez que o cérebro humano escaneia rapidamente a mensagem na busca do que procura, quanto mais rápido o cliente entender “para que serve” seu produto, mais rápido vai se interessar por ele.
Cores
Cores são pontos cruciais na comunicação visual de sua marca. Muito mais do que você imagina, aliás.
As cores têm um efeito poderoso em nossa mente. Cada uma delas causa emoções diferentes em nosso cérebro, desencadeando processos diferentes também.
Desse modo, são fortes aliadas nas estratégias de marketing que se baseiam nos fundamentos do neuromarketing.
Quer fazer uso desses aliados também? Então veja a seguir como usar as cores para bombar sua comunicação visual!
Psicologia das cores
Você sabe qual sentimento deseja despertar no seu público, certo?
Então, só precisa escolher as cores certas para transmitir isso e aplicá-las de forma ordenada em seu logotipo, design de site, identidade visual de produtos, embalagens e em toda e qualquer forma de comunicação usada pelo seu negócio.
É importante que sua mensagem seja clara, e aqui reforço que identidade visual é um casamento de fontes, que já falamos anteriormente, e cores.
De um modo geral, como ensina Cristiane Thiel em seu livro “A psicologia das cores no marketing”, o público faz um julgamento inconsciente sobre um ambiente ou produto nos 90 segundos após a visualização inicial.
Desse julgamento, até 90% da avaliação de uma marca pelo consumidor é baseada somente nas cores que ele vê nessa comunicação visual.
Logo, é preciso ser bem assertivo nas cores a se usar em seus produtos e meios de comunicação.
Ainda não sabe quais cores são as mais importantes em um site ou embalagem?
Vamos ao próximo tópico para descobrir.
Principais cores que despertam a vontade de comprar
Tendo um empreendimento no qual você se dedicou criando site, comunicação visual para embalagens e para a marca, imagina-se que sua intenção é realizar vendas e fechar negócios, certo?
A psicologia das cores pode te ajudar nessa missão.
Para vendas e negócios, a cor principal é o vermelho.
Se trata de uma cor que estimula a energia e provoca a ação. Além disso, tem um sentido de urgência que desperta a ansiedade do cliente, fazendo com que ele se apresse em decidir pela compra.
Outra cor que combina muito com vendas é o amarelo.
O amarelo é a cor do otimismo, extremamente jovem.
Ela prende muito a atenção, de modo tão pertinente que é aconselhável usá-la com moderação para não dar mais destaque a algo sem importância e acabar estragando a estratégia de venda.
Laranja é a cor que você deve usar quando precisar apelar para a ação no que tange a inscrições, compras e vendas.
Já a cor rosa remete ao romântico e feminino. Mais do que uma cor de ação, é uma cor de identificação, sendo ideal para atrair o público que se sente representado por ela.
Da mesma forma, a cor preta fala sobre uma identificação em especial, sendo a mais indicada para comunicar artigos e lojas de luxo, já que remete a itens poderosos, sofisticados e altivos.
Já deu para ter um panorama geral das emoções e ações que as cores causam, certo?
As cores, como podemos ver, tem grande influência em nós. Mais do que podemos perceber em um primeiro instante.
Se você souber usar isso a seu favor, pode criar um ambiente de venda em que o cliente se sinta confortável e estimulado a comprar.
Isso pode aumentar seu volume de vendas e contribuirá, sem dúvida, para a fidelização dessa clientela.
Claro, não podemos deixar de falar que o exagero nunca é recomendado e pode causar efeito reverso.
Use as cores com inteligência e bom senso.
Se tratando de negócios, de um modo geral, nada funciona melhor do que o equilíbrio, aliás.
Layout do site
Como não poderia deixar de ser, o neuromarketing acaba influenciando também, e muito, no design do site ou blog da sua empresa.
Veja, cores e fontes são dois elementos mais do que importantes quando se quer influenciar seus clientes, ou futuros clientes, a tomar uma decisão e partir para a ação na compra.
Desse modo, as plataformas de comunicação da sua marca, sejam elas sites ou blogs, devem ter um layout desenvolvido levando os ensinamentos da neurociência aplicada ao marketing em consideração.
Apenas colocar atalhos para as redes sociais pensando em facilitar o compartilhamento de páginas e conteúdos não adianta. É preciso fazer mais.
Vamos falar a seguir sobre algumas otimizações que você pode fazer nos sites e blogs de sua empresa para vender mais.
Entre elas, podemos citar mapa de calor, orientação da disposição do conteúdo e até o direcionamento do conteúdo em si.
Quando se trata do site da sua empresa, nada pode estar lá por acaso. Tudo precisa ser milimetricamente calculado para gerar uma ação.
Tenha ciência disso e não perca nunca mais uma venda sequer.
Use o olhar para direcionar atenção
É fato consumado no marketing que nada vende mais do que o olho no olho.
O contato visual é uma das ferramentas mais potentes em vendas.
Isso e o uso de pessoas em anúncios. São fatores que prendem a atenção e geram empatia e confiança, estimulando a venda.
Um exemplo clássico dessa tática é o mercado de produtos para recém-nascidos.
Dê uma boa olhada nos produtos voltados para bebês, como brinquedinhos, fraldas e produtos de higiene.
As empresas que produzem esses produtos costumam mostrar imagens de bebês para cativar a atenção do público, sabendo do poder do contato visual.
No entanto, o que não se sabia até muito recentemente é que quando se usa imagens de bebês olhando diretamente para o consumidor na embalagem, a atenção muda de foco.
É isso mesmo. Em imagens assim, a atenção é retirada do anúncio e o foco fica apenas nas fotos das crianças.
Essa foi uma descoberta obtida nos estudos do neuromarketing.
E é por conta dela que, hoje em dia, é mais comum vermos essas imagens de contato visual em embalagens, mas com outra aproximação.
Agora, os bebês dirigem seu olhar para outro ponto de interesse: o produto anunciado.
Dessa maneira, o anúncio em si fica tão atraente quanto o contato visual proposto de antemão.
E assim a atenção do consumidor acaba sendo voltada para o que realmente importa na campanha: o produto.
Não é interessante?
Ferramentas de Mapa de Calor
Em campanhas de venda ou no dia a dia da empresa, é comum usarmos ferramentas de marketing.
Para acompanhar o comportamento dos visitantes do blog ou site, costumamos usar apenas o mais básico do Google Analytics.
No entanto, para quem trabalha com o neuromarketing, é preciso ter mais do que isso.
Precisamos de ferramentas mais avançadas para ter um conhecimento aprofundado dos acessos e dados de estatística que a empresa obteve, de modo a poder analisar com mais propriedade os resultados.
Por isso, vamos falar aqui de ferramentas que podem ajudar a complementar as informações de acesso que você já tem.
Elas são mais específicas por trazer dados sobre as zonas onde os clientes clicam e por dizer em quais zonas do seu site o olhar do usuário fica fixado por mais tempo.
Com elas, seu site é visto com manchas coloridas que representam os movimentos e cliques dados pelos visitantes.
Desse modo, você pode saber quais são as áreas mais clicadas em cada página, o que é fundamental para que se determine como posicionar anúncios e como diagramar o site.
Esse método de análise faz uso dos “heatmaps”, os conhecidos mapas de calor.
Um mapa de calor nada mais é do que uma representação gráfica de dados, onde os valores são representados por cores.
Vou indicar aqui três ferramentas para você poder ter acesso a esse conhecimento para acompanhar os resultados de sua campanha de marketing.
O Feng-GUI simula a visão humana durante os primeiros 5 segundos de visita ao site e cria mapas de calor baseado em algoritmos, mostrando onde o olhar se deteve por mais tempo.
Usando categorias como “quente” e “frio”, o relatório da Feng-GUI entrega uma análise na qual é possível saber em que as áreas da página ficam concentradas a atenção do usuário.
Isso permite que você possa otimizar o layout, identificar pontos fracos e melhorar seu desempenho.
Com o Labs Media você tem um mapa de calor do seu site, mostrando as zonas com cliques entre cores quentes e cores frias. Trata-se de um aplicativo a ser instalado, ao contrário do Feng-GUI que é uma ferramenta online.
Por fim, temos o Google Analytics, velho conhecido de todos.
A ferramenta do Google dispõe de uma funcionalidade capaz de informar a quantidade de cliques na página em porcentagem.
Não é um mapa de calor propriamente, mas já serve para entender melhor o que funciona e o que não funciona em sua página.
Conteúdo
De nada adianta você pensar em fontes, cores e disposição de informações em seu site se o conteúdo é menosprezado.
O conteúdo de um site é um dos itens mais importantes para o sucesso, sendo uma das principais formas de engajar o público-alvo e crescer a rede de potenciais clientes.
Seu conteúdo deve ser relevante e valioso, entregando uma informação que será eficaz para conseguir mais vendas.
No neuromarketing, temos algumas orientações sobre como esse conteúdo deve ser pensado.
Vamos falar disso a seguir, tirando esses conceitos da teoria e indo para a prática.
Utilize gatilhos mentais
Você já ouviu falar de gatilhos mentais?
Gatilhos mentais são técnicas de persuasão, das quais o princípio reside em dialogar diretamente com as emoções das pessoas.
Trata-se de uma ferramenta poderosa, usada na comunicação da empresa com seus clientes, que busca fazer com que o usuário não apenas entenda a mensagem, mas desenvolva uma certa empatia por ela.
Isso quer dizer que com as palavras certas você pode desencadear determinados sentimentos e motivar a compra.
Os gatilhos mentais induzem à ação, promovendo e vendendo seus produtos através de conteúdos e textos com palavras e expressões específicas que despertam esse impulso no consumidor.
Mais uma vez, é o neuromarketing mostrando suas armas.
São muitos os gatilhos mentais que você pode usar em seu conteúdo. Aliado a um texto bem escrito, com regras gramaticais sendo respeitadas em um texto coeso e coerente, nada pode desviar a atenção do leitor.
Vamos a algumas dicas de gatilhos mentais que você pode colocar em prática hoje mesmo.
Para começar, fazer uso da comunicação direta é fundamental para escrever os textos do seu site. É o “olho no olho” aplicado ao texto.
Como fazer isso? Use termos como “você”, “seu”, “meu” e etc em seu conteúdo para estabelecer essa conexão com o cliente.
Ao enviar e-mails de marketing, coloque o nome do destinatário logo no início. Isso cria uma proximidade, o que faz com que a pessoa se dedique a ler a sua mensagem com mais atenção.
Mais uma dica importante: use sempre palavras de afirmação.
Usar palavras de afirmação diz respeito a sempre se comunicar de forma positiva em seu conteúdo.
“Sim”, “eu quero”, “eu desejo”, “você pode”, “você consegue” são exemplos de palavras de afirmação.
Deixe de lado as palavras negativas, elas inibem o usuário. Por outro lado, as palavras positivas dão poder e motivam o consumidor.
É certo que o cérebro humano toma decisões, em sua maioria, por impulso. Se ele dispor de fatores que ajudam a compreender aquele impulso como algo seguro, é ainda melhor.
Nesse sentido, o gatilho mental como funciona um “atalho” do cérebro, que reconhece nos gatilhos uma ajuda para decidir mais rápido.
Isso quer dizer que, em uma situação em que o indivíduo precisa decidir, se ele tiver estímulos que o ajudem a se sentir melhor sobre uma escolha, ele fatalmente cederá a ela.
É aí que entram os gatilhos mentais como reciprocidade, escassez, autoridade, consistência, prova social e afinidade.
Aplicá-los de forma adequada e positiva é fundamental para que você melhore não apenas seus resultados, mas a experiência do usuário em relação a sua marca.
Utilize gatilhos mentais
Veja então quais são os principais gatilhos mentais utilizados em ações de marketing:
- Urgência;
- Escassez;
- Reciprocidade;
- Autoridade;
- Antecipação;
- Prova social;
- Relação Dor vs. Prazer;
- Novidade;
- Descaso;
- Paradoxo da escolha;
- Compromisso e coerência;
- Simplicidade;
- História;
- Referência;
- Inimigo comum;
- Curiosidade.
Conteúdos visuais funcionam melhor do que textos
Não tem jeito, os conteúdos visuais são os preferidos da maioria das pessoas.
Uma imagem vale mais do que mil palavras, como diz o ditado.
O fato de compreendermos com muito mais facilidade as imagens que as palavras também contribui muito, é claro.
Por esse motivo, as redes sociais essencialmente visuais, como o Instagram, influenciam as pessoas de forma muito mais poderosa e instantânea.
Assim como essas redes, você também pode fazer sua mensagem se destacar ao fazer uso de imagens.
Basta usar uma imagem que traga a força de persuasão de que precisa.
Pode ser uma foto do próprio produto, bem produzida e de qualidade, ou até mesmo uma ilustração que sintetize visualmente o conceito da mensagem que precisa passar.
Embora a beleza seja um conceito abstrato, você pode fazer uso dela partindo do senso comum.
Use imagens bonitas e veja como elas funcionam com os usuários do seu site.
Sorrisos nas fotos do seu site podem conquistar seu público-alvo
Vivemos em sociedade e por isso somos seres sociáveis, com uma rotina em que é normal interagir com muitas pessoas diariamente.
Tudo isso se torna muito mais agradável quando essa troca se dá através de olhares amistosos e sorrisos convidativos.
O neuromarketing entende o poder desse apelo, por isso orienta que, em sua comunicação visual, sua marca faça uso de imagens que trazem essa sensação de sociabilidade.
Rostos de pessoas felizes e bebês olhando diretamente para o consumidor atraem a atenção.
Não importa se o rosto é masculino ou feminino. A partir do momento que existe esse “contato visual”, o usuário se sente compelido a retribuir o olhar da pessoa.
Por isso, em seu site, é bom pensar em usar imagens assim.
Olhares, sorrisos e expressões faciais simpáticas são gatilhos para gerar empatia no usuário e estimular a ação.
Conquiste seu público-alvo
É possível conquistar seu público alvo com estratégias voltadas para uma relação entre o consumidor e a marca.
Você pode fazer uso de artimanhas que irão garantir ao usuário que existe uma relação saudável de troca entre ele e a empresa, o encorajando a dar o passo seguinte e finalizar a compra.
Tendo em vista que a maior parte das decisões de compra são tomadas em nível subconsciente, é mais do que possível impactar o inconsciente do cliente com memórias, emoções e experiências positivas.
A seguir, listei algumas estratégias para garantir que você conquiste seu público-alvo com a ajuda do neuromarketing.
Ganhe confiança mostrando confiança
Nenhum relacionamento se constrói sem confiança de ambas as partes. No marketing não seria diferente.
Quando você é uma marca que oferece produtos e serviços, seus clientes precisam confiar em você para que as vendas aconteçam.
Como construir essa confiança?
Bom, sabemos que ela não nasce de um dia para o outro. Mas, com algumas iniciativas, pode não ser algo tão demorado.
Se você está chegando agora no mercado, um jeito de estimular a confiança é trabalhando com a reciprocidade.
Demonstre que confia no seu público. Desse modo, ele saberá que também pode confiar em você.
Você pode fazer isso de várias formas.
Pode oferecer uma versão de teste do seu produto, de maneira gratuita. Pode dar garantia de alguns dias após a compra, caso o cliente se arrependa da aquisição.
Outra alternativa é oferecer diversos meios de pagamento.
Quando você mostra que confia em sua clientela, ela automaticamente percebe que pode confiar em você.
Técnicas de ancoragem de preços
Vamos falar de preço?
Preço é um fator determinante no processo de compra.
A primeira informação que um cliente recebe sobre ele pode fazer toda a diferença entre fechar a transação ou não.
O neuromarketing descobriu uma falha no funcionamento da mente humana no que diz respeito à precificação.
Estudos mostram que as pessoas não são realmente boas em avaliar produtos e serviços tendo como base seu valor intrínseco.
Sem saber dizer o preço de algo, elas buscam comparar para dar valor.
Isso quer dizer que, para avaliar se algo é barato ou caro, nós usamos a comparação entre produtos similares.
Desse modo, a ancoragem de preços se revela como uma estratégia importante para suas vendas.
Como fazer isso?
Veja o exemplo a seguir.
Imagine que você tem vários produtos disponíveis e decide fazer um pacote especial com todos eles.
Uma forma de alavancar as vendas, usando a comparação, é mostrar o preço de cada item separado ao lado do valor total de investimento caso a pessoa optasse por comprar cada um deles assim.
Em seguida, você oferece um preço abaixo dessa soma, fazendo uma ancoragem de preço com seus próprios produtos.
Também é possível fazer uma ancoragem de preços mais agressivos, comparando seus preços com os concorrentes e oferecendo um desconto ou bônus que nenhum deles dá.
Com essa tática, seus clientes percebem que sua oferta é melhor e vão acabar optando por comprar com você.
5 mitos sobre o neuromarketing
Acredito que, por ser um ramo relativamente novo do conhecimento e por lidar com o subconsciente quase insondável, ainda existem mitos e conceitos equivocados sobre o a neurociência aplicada ao marketing.
Cinco deles serão desmistificados a seguir.
Acompanhe!
Ferramenta manipuladora
Acho que o mito da manipulação é de certa forma compartilhado com o marketing em geral.
Contudo, não é essa a intenção ao usar o neuromarketing para prever o comportamento do consumidor, mas, sim, fazer com que a relação de consumo seja benéfica para os seus interesses.
Botão de compra na mente do consumidor
Chega a ser engraçado o mito que diz que o neuromarketing aciona um “botão de compra” que faz o consumidor gastar como um louco.
Pelo contrário, como vimos, a técnica tem como uma de suas metas fazer com que uma compra seja feita com mais assertividade.
É só para grandes empresas
Ainda que em certos casos as ações de neuromarketing exijam algum investimento, até mesmo PMEs podem se beneficiar de seus conceitos e práticas.
Um bom exemplo disso são as empresas que fazem uso dos gatilhos mentais como parte de suas estratégias de marketing e vendas.
Deve ser temido
Outro mito que não deixa de ser engraçado é o que diz que a neurociência aplicada ao marketing é uma força misteriosa e por isso deve ser temida.
Nada mais equivocado, já que, como foi exposto, tudo o que se faz nessa área é usar a ciência e exames de imagem para entender a mente do consumidor.
Pode mudar nosso comportamento
Talvez seja o único mito com alguma verdade, mas um pouco exagerado.
O que o neuromarketing faz, na verdade, não é mudar o comportamento, mas despertar o consumidor para a necessidade de resolver um problema, apontando o que fazer para que isso ocorra.
É algo diferente de uma mudança comportamental, percebe?
Exemplos do uso de neuromarketing pelas empresas
Com tantos pontos positivos, é claro que muitas empresas já colocam essas técnicas em prática.
Algumas delas se destacam e são grandes exemplos de sucesso da aplicação dessa técnica que se baseia na neurociência para conquistar o público.
Separei alguns desses exemplos para compartilhar com você e te inspirar a investir nessas ações por aí. Vem conferir!
Netflix
Um exemplo de uso bem sucedido da neurociência no marketing é o da Netflix.
Na empresa fundada por Reed Hastings e Marc Randolph, nada chega ao assinante sem antes ser submetido a testes A/B.
Neles, o objetivo é saber o que funciona melhor e, acima de tudo, o que agrada mais ao cliente.
Essa é uma aplicação bem feita, que coloca o cliente final no centro do processo decisório.
Coca-cola
Coca-Cola e Pepsi são amadas por seu sabor ou pela paixão inconsciente que despertam?
Um famoso estudo de neuromarketing foi feito entre as lendárias concorrentes Coca-Cola e Pepsi para responder essa pergunta.
Um teste cego foi feito, onde 16 participantes tiveram seu cérebro digitalizado enquanto experimentavam as duas marcas de refrigerantes para escolher qual delas eram de sua preferência.
Metade dos indivíduos testados afirmou preferir a Pepsi.
No entanto, esse número caiu para um quarto quando eles foram avisados que as bebidas experimentadas eram Coca-Cola.
Quando as pessoas puderam escolher sua bebida favorita sem saber a marca, o centro de recompensa do cérebro foi acionado.
Porém, quando eles sabiam que as bebidas testadas eram Coca-Cola, a atividade cerebral tratou de incluir partes do cérebro responsáveis por controlar as memórias e aprendizados culturais.
No que diz respeito ao gosto, tanto Pepsi e Coca-Cola apresentaram o mesmo desempenho.
No entanto, a Coca-Cola acaba ganhando quando sua marca está presente no momento da decisão.
Isso porque as pessoas associam boa parte de seus momentos bons com a Coca-Cola, sendo este o foco principal da estratégia de marketing da bebida.
Campbell
Mais um exemplo de neuromarketing aplicado às grandes marcas é o da famosa sopa em lata Campbell.
A marca bancou a decisão de mudar suas icônicas embalagens após fazer um trabalho de pesquisa com o Innerscope Research Inc.
A Innerscope tem um método de trabalho em que analisa as respostas corporais dos consumidores para entender seu processo de decisão.
No estudo feito com a marca, compartilhado inclusive pelo The Wall Street Journal, se observou que a sensação de conforto que as pessoas sentiam ao pensar em sopa em casa não eram as mesmas experimentadas nas lojas, no momento da compra.
Sabendo disso, a marca mudou sua embalagem de modo a evidenciar o produto e fazer com que ele lembrasse mais essa sensação de conforto de sopa em casa.
O logotipo foi reduzido, as colheres no design da embalagem sumiram e a sopa ficou em destaque com cores fortes para dar a sensação de acolhimento.
Uma mudança gigantesca, tomada a partir de estudos específicos que consideraram as reações cerebrais dos clientes, já que as pesquisas tradicionais não foram capazes de trazer esse resultado por completo.
Seja em mudanças de impacto ou em simples otimizações, o conceito pode servir à sua empresa também.
Hyundai
Outro ótimo exemplo de aplicação dessas técnicas é uma pesquisa conduzida pela Hyundai, com o objetivo de avaliar a aceitação de um novo modelo de carro pelo público.
Para isso, a montadora sul-coreano utilizou uma ferramenta clássica nas análises de neuromarketing: o eletroencefalograma, mais conhecido como EEG.
Esse exame, não-invasivo, monitora e registra a atividade elétrica cerebral, ajudando a entender as emoções e reações geradas nas pessoas em determinadas situações.
A partir dessa ferramenta, a Hyundai conseguiu analisar as respostas dos participantes a diferentes características do carro, bem como a possíveis estímulos de compra.
O resultado?
Os estudos indicaram que o exterior do carro deveria ser alterado para garantir maior aprovação do público.
Com certeza isso garantiu um número maior de vendas e reduziu as chances da empresa sofrer um prejuízo ao lançar um modelo sem nenhum estudo antes.
Neuromarketing e a ética
Você já deve ter percebido que o neuromarketing lida com estímulos e impulsos que estão além do controle humano.
Ele age no subconsciente, sem que o consumidor tenha total compreensão do que foi influenciado.
Por conta disso, há quem considere o estudo do neuromarketing antiético enquanto mecanismo inconsciente de tomada de decisão.
Isso é um ponto importante de ser analisado.
É certo que qualquer conhecimento pode ser usado para o mal, independente da área que estamos falando.
O neuromarketing tem o poder de acessar o que há de mais íntimo nos desejos e necessidades do consumidor, mas isso não quer dizer que ele sempre usará isso de modo ruim.
É aí que entra a ética do empreendedor, de saber até que ponto pode fazer uso do conhecimento que obtém com o conceito.
Não podemos esquecer que essa não é uma técnica isolada.
Desde que o mundo é mundo, as empresas fazem uso de gatilhos para convencer as pessoas a adquirir seus produtos e serviços.
Cabe a você, como empresário consciente e ético, saber como usar esses gatilhos. E até onde usá-los.
Até onde técnicas de persuasão devem ser utilizadas
Você sabe a diferença entre persuasão e manipulação? São conceitos muito confundidos que, no entanto, falam de técnicas bastante diferentes.
A manipulação induz a pessoa a fazer algo contra sua vontade.
A persuasão ajuda a convencer o outro a tomar uma ação que já estava em seus planos.
Percebe a diferença?
A manipulação é até onde o persuasão deve ir.
Por mais que o conteúdo seja persuasivo, ele jamais conseguirá convencer um consumidor a comprar se isso não for da vontade dele.
Pense nessas marcas gigantes, como Coca-Cola ou Adidas, que investem pesado em anúncios.
Ainda assim, existem pessoas que não compram delas, não é mesmo?
Por mais que o marketing feito por uma empresa seja impactante, convincente e apele para gatilhos mentais ensinados pelo neuromarketing, nada faz o consumidor comprar além da vontade dele.
Por outro lado, existem outros consumidores que estão mais alinhados com as propostas de uma marca e que gostam de seus produtos.
Essas pessoas são convencidas muito mais facilmente a comprar com os argumentos persuasivos do marketing dessas empresas.
Aí reside a singularidade da persuasão e é nessa singularidade que ela anda lado a lado com o neuromarketing: você entrega a mensagem certa para o público certo.
E assim as vendas acontecem. Sem segredos, sem manipulação, sem enganos.
Dicas para aplicar técnicas de neuromarketing no seu conteúdo
É fato que o mercado está cada vez mais competitivo, especialmente quando falamos do mercado online.
Hoje o consumidor tem acesso a muitas ofertas, o que faz com que o ato da escolha seja ainda mais difícil.
O neuromarketing ajuda as empresas que buscam convencer o cliente a optar por seus produtos, sabendo que grande parte das decisões tomadas por indivíduos acontecem em nível subconsciente.
Aliada a ele, a produção de conteúdo é uma potente estratégia de vendas.
Se trata de uma estratégia de marketing que pode colocar você à frente da concorrência e trazer muitos clientes para o seu negócio.
Estimule a emoção no seu público
Mais do que informar sobre produtos e sobre sua marca, seu conteúdo deve trazer alguma emoção para o seu público.
É preciso que seu texto desencadeie uma identificação com o cliente, de modo a inconscientemente torná-lo mais propenso a concluir a compra.
O neuromarketing pode ajudar neste ponto, por ser uma ciência que analisa as reações do cérebro através de estímulos tais como imagens, filmes, textos e cores.
Deixe os textos frios de lado e use a emoção para alcançar seu público.
Admiração, ansiedade, felicidade, medo e raiva são as emoções que mais exercem influência na persuasão.
Crie um conteúdo emotivo trabalhando esses sentimentos em seu site.
Não escreva só sobre você
Nesse ponto você já deve ter percebido que o mais importante em um conteúdo é criar uma conexão com o público.
Assim, não faz sentido falar só sobre você e sua marca em um contexto isolado.
É trazer esse conteúdo para um panorama onde ele pode ser relacionado ao cliente.
É possível falar de si mesmo e, ainda assim, dialogar com seu cliente.
Quer uma dica? Use a palavra “você” em seus textos e veja como o tom muda.
Essa aproximação cria pontes entre o público e a marca, que é exatamente o que queremos.
Crie listas
Esqueça aqueles textos enormes, sem respiro.
Para que o conteúdo de um site seja revigorante você deve fugir da monotonia, do burocrático.
Como conseguir isso? Alterne formatos.
Use parágrafos maiores e então frases curtas.
Use listas, em que o usuário pode encontrar as informações que precisa de modo prático.
Monte guias de passo a passo, que fazem do cliente o protagonista da ação.
Tudo isso vem do que aprendemos em neuromarketing e torna o seu conteúdo muito mais persuasivo.
Aposte na contação de histórias
Você sabe o que é storytelling? É a técnica de contar uma história para vender um produto.
Você não coloca apenas o produto na prateleira. Você cria uma narrativa para ele, que fundamentará uma conexão com o consumidor por meio da empatia.
Mesmo comercialmente falando, não existe maneira melhor de passar uma informação, entreter e conectar do que contar histórias.
Somos todos influenciados por elas.
Crie uma narrativa para sua marca e seu produto para ver essa conexão com o público surgir de maneira quase que instantânea.
Utilize o poder das palavras persuasivas
Já falamos aqui: palavras tem poder.
Não deixe de usar palavras persuasivas e poderosas em seu texto.
Desse modo, seu conteúdo chama a atenção do usuário e o incentiva a tomar uma ação, qualquer que seja ela, desde comprar até simplesmente continuar lendo até o final de um artigo.
Exemplos de palavras persuasivas
Quer exemplos de palavras persuasivas para ativar a inspiração por aí?
Eis algumas delas: “Porque”, “Grátis”, “Novo”, “Agora” e “Aqui”.
Mordidas de som
Em seu conteúdo, faça uso também do Soundbite.
Soundbites são mensagens curtas.com dez palavras no máximo.
Elas possuem um efeito quase mágico de inspirar e de serem sempre lembradas por conta de suas repetições, rimas ou significados reflexivos.
“Sangue, suor e lágrimas” foi a frase que Churchill usou para explicar como seria o futuro, em seu primeiro discurso na Câmara dos Comuns enquanto primeiro-ministro britânico.
De uma simplicidade e força impressionante, este soundbite permanece até hoje na história, tamanho impacto que causou na época.
Chamada à ação
Não importa se o conteúdo não tem intenção de vender, ele sempre deve levar a alguma ação.
Pode ser deixar um comentário, compartilhar nas redes sociais, clicar em algum link ou se cadastrar em uma lista de e-mails, por exemplo.
Por isso, você sempre deve instigar essa ação em seu leitor por meio de um “call to action”, que nada mais é do que uma chamada para a ação.
Estimule seu leitor a fazer algo, sempre.
Repetição
Essa é uma técnica infalível para chamar a atenção do seu leitor.
Sempre que possível, estabeleça padrões para seu texto. E use repetições em diferentes conteúdos.
Repetições de frases, de palavras… Tudo isso funciona muito bem para criar um padrão e ser incisivo na mensagem que pretende passar.
Torne o conteúdo simples
Lembra quando eu te contei que o cérebro usa muita energia do corpo humano para funcionar e, por isso, mensagens muito complexas podem passar batidas ou não serem retidas por ele?
Isso mostra a importância de manter os seus conteúdos mais simples para garantir a interpretação rápida e, principalmente, a retenção de informações pelos usuários.
Dessa forma, além de entregar conteúdos úteis aos seus leitores, você também garante a associação de um material de qualidade a sua marca.
Ou seja, você coloca a sua marca na mente desse potencial cliente e, assim, começa a criar uma conexão com ele – que tem grande possibilidade de se transformar em vendas frequentes.
Vale a pena fazer um curso de neuromarketing?
Se encantou com o neuromarketing e quer se aprofundar mais no assunto?
A Neurociência do Consumo ainda é uma matéria relativamente nova nas cadeiras de universidade.
Considere aprender sobre isso caso você já tenha alguma experiência em psicologia e outros ramos que tratam do comportamento humano.
Em um futuro bem próximo, é possível que todas as áreas relacionadas à neurociência estejam tão desenvolvidas e sejam tão necessárias quanto hoje é o marketing digital em qualquer empresa que se preze.
Se os cursos não estão dentro de suas possibilidades atualmente, considere a leitura de livros e artigos para aprender mais sobre neuromarketing.
Separei alguns materiais nesse sentido e vou indicá-los a seguir.
Leia livros, blogs e artigos de estudo sobre avanços do neuromarketing
É claro, nem toda a leitura e estudo do mundo serão capazes de englobar a complexidade dos sentimentos humanos.
No entanto, além da convivência e da pesquisa de campo, os livros podem nos ajudar a compreender melhor como o cérebro humano funciona no que tange a emoções, pensamentos, reações e hábitos cotidianos.
Além disso, filmes, documentários e conversas com outros profissionais podem ajudar.
No que tange aos livros, vou indicar aqui os três mais completos para você aprender sobre neuromarketing.
São livros que trazem um conhecimento mais aprofundado, de forma teórica ou prática, sobre o tema.
Vale investir um tempo neles. Você perceberá como seu domínio sobre a neurociência será potencializado consideravelmente!
- Marketing Experimental, de Bernd Schmitt
Essa obra não menciona neurociência, no entanto é valiosa para os que se interessam por neuromarketing.
Ela traz experiências incríveis do consumo e a aplicação de algumas estratégias sensoriais que estão no mercado antes mesmo do neuromarketing surgir.
É um livro que pode trazer boas ideias de pesquisa, além de noção de mercado.
Extremamente útil também para os profissionais que não tem uma formação em Administração, Marketing ou Comunicação.
- Comportamento do Consumidor, de Schiffman e Kanuk
Este foca na prática de mercado e na pesquisa do comportamento do consumidor.
Não se propõe exatamente ao estudo da neurociência, no entanto é leitura obrigatória aos que buscam métodos mais modernos.
- A lógica do consumo: Verdades e mentiras sobre por que compramos, de Martin Lindstrom
Trata-se do livro mais comentado dentro da área de Neuromarketing, dividindo opiniões.
Em uma leitura crítica, seus estudos são interessantes, mas o modo de mostrar o resultado peca pela superficialidade.
De todo modo, vale a leitura.
Que tal passar hoje mesmo na livraria e procurar por esses títulos?
Neuromarketing MBA
Para quem pretende seguir carreira ou já trabalha com marketing e quer se especializar, o neuromarketing é um prato cheio de oportunidades.
Confira então alguns cursos de MBA de destaque no mercado presenciais e online:
Curso Neuromarketing
Caso você não possa se aplicar para um MBA, pode fazer cursos livres de neuromarketing para ampliar seus horizontes nessa área.
Destaco como seguintes plataformas e instituições:
- Udemy
- Portal Idea (grátis)
- iPED
- Solução.
PDF Neuromarketing
E se você quiser aprender mais desde já, pode começar a ler artigos e publicações sobre marketing neural disponíveis na web em formato PDF.
Confira:
- A influência do neuromarketing no entendimento do comportamento do consumidor e na área da comunicação
- Neuromarketing, estão os profissionais preparados para o seu potencial?
- Neuromarketing e as influências no comportamento do consumidor
Conclusão
Ao final deste artigo, você pode perceber que aplicar o neuromarketing em sua empresa não é algo tão fora da realidade assim.
Na verdade, com um pouco de estudo e dedicação, essa é uma missão mais fácil do que parece.
Para quem quer começar, adotar os princípios básicos de neurociência em seus canais e ações digitais já é um ótimo primeiro passo.
É o suficiente para trazer os primeiros resultados e encorajar ações positivas em seu público.
Não deixe de ler também:
- Comunicação Visual: Aprenda como Alavancar Resultados do Seu Site
- Aprenda Como Analisar As Conversões no Google Analytics
- Como Melhorar Seu Marketing Usando o Google Tag Manager
Compreender como seu público pensa e se comporta é a porta inicial para desenvolver suas campanhas de marketing com uma eficácia muito maior.
Nesse sentido, o neuromarketing se apresenta como uma ferramenta fundamental para traduzir o modo de pensar e agir do consumidor frente a embalagens, sites e outros elementos mais da comunicação de marketing de uma empresa.
Aliás, não deixe de conferir o artigo que eu escrevi com dicas sobre como divulgar seu site de forma rápida e certeira.
Você sabia que é possível aprender sobre marketing por cinco minutos, todos os dias? Essa série de vídeos também pode ser de muito uso para os que buscam otimizar suas estratégias de marketing:
Tendo o neuromarketing como aliado e mantendo-se atualizado com conteúdos como esses, você será capaz de elaborar campanhas certeiras para captar a atenção do consumidor.
Assim, você estará sempre um passo à frente da concorrência.
Caso ainda tenha alguma dúvida depois da leitura desse artigo, não deixe de comentar abaixo e interagir!
Aliás, me conta aqui: o que você está fazendo hoje para melhorar o marketing de sua empresa?
Perguntas frequentes sobre neuromarketing
Nada melhor do que um FAQ para responder dúvidas comuns sobre um tema tão rico como o neuromarketing.
Selecionei três perguntas.com base em minhas pesquisas na internet sobre o tema.
Onde se aplica o neuromarketing?
O neuromarketing se aplica em todos os processos comerciais ou que tem foco na satisfação das necessidades do consumidor.
Como as empresas utilizam o neuromarketing?
Cada empresa determina a forma como direciona suas iniciativas nessa área.
Contudo, normalmente elas utilizam os princípios e técnicas do neuromarketing por meio de ferramentas como testes A/B, estudos direcionados ou aplicando a psicologia das cores, entre outras medidas.
Como trabalhar com neuromarketing?
A oferta de cursos no nível de pós-graduação é ampla, permitindo que profissionais já formados e que estão no mercado possam se especializar em, no máximo, 2 anos.
Também é extensa a oferta de cursos livres, indicados para quem não atua na área ou acabou de se graduar.
Você quer resultados imediatos?
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