Marketing orientado por dados: o que você precisa saber para parar de operar no escuro

Elida Almeida
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Author: Elida Almeida | Diretora de Marketing NP Digital Brasil
Published junho 6, 2025

Você já tem dados. O desafio, na maioria das vezes, está em três pontos: tempo para analisar, critérios para priorizar e confiança para transformar números em decisões.

Costumo dizer que, na minha vida pessoal, ser pai (ou mãe) é um excelente treino para lidar com dados no marketing. Você tem acesso a milhares de dicas, estudos, tabelas — mas, no fim, o que muda o jogo é saber onde colocar sua atenção. Com marketing é a mesma lógica: não falta dado — falta foco.

marketing e dados

Com os dados certos, analisados com clareza, é possível:

  • Ajustar campanhas com agilidade
  • Priorizar os canais que realmente convertem
  • Defender orçamento com segurança
  • E, principalmente, mostrar que marketing gera negócio.

É esse olhar que aplico diariamente como Diretora de Marketing da NP Digital.

E é esse caminho que você vai encontrar neste conteúdo: como transformar dados em decisões que geram resultado.

O que é marketing orientado por dados?

Marketing de dados é, simplesmente, decidir com base em fatos — e não em achismos ou feeling.
É o que torna a estratégia mais inteligente, eficiente e diretamente conectada com o que traz retorno.

Na prática, uso dados todos os dias: para definir orçamento, ajustar rotas, alinhar expectativas com o time comercial e até para reavaliar nosso posicionamento.

E tem um ponto-chave: quando o dado entra na conversa, o marketing deixa de ser custo e passa a ser motor de crescimento.

Você transforma cliques, tempo no site, origem de tráfego ou taxa de conversão em insumos para tomada de decisão.

Isso te dá respostas como:

  • Qual canal entrega mais com menos investimento?
  • Que conteúdo engaja de verdade?
  • Onde o lead está travando na jornada?

Não importa o tamanho da sua equipe ou o orçamento disponível. O uso inteligente dos dados é um acelerador real de crescimento.

Como funciona o marketing de dados na prática?

Marketing de dados não é coisa só de grandes empresas. O ciclo é simples — e acessível para qualquer negócio:

  1. Coleta – Dados de ferramentas como Google Analytics, CRM, redes sociais, mídia paga ou até planilhas bem organizadas.
  2. Análise – Cruzamento de dados para identificar padrões, gargalos e oportunidades.
  3. Decisão – A tomada de decisão é ação com base em evidência: troca de canal, teste de público, ajuste de mensagem.
  4. Mensuração – Acompanhamento em tempo real para otimizar rápido e aprender sempre.

Já vivenciei situações em que cruzar dois dados simples — origem de tráfego e taxa de conversão — revelou o motivo de uma campanha não funcionar como esperado. Era um detalhe, mas custava caro.

Marketing de dados não é sobre coletar tudo. É sobre coletar o que importa, interpretar com clareza e agir com foco.

Por que essa estratégia é inegociável?

por que investir em marketing e dados

Marketing orientado por dados não é tendência. É necessidade.
Segundo o relatório Data-Driven Marketing Trends 2024, 95% dos profissionais já consideram suas estratégias baseadas em dados bem-sucedidas. E 32% dizem que esse modelo é o mais avançado do setor.

A grande virada?
Você para de apagar incêndio e começa a prever.
Corrige antes de errar. Aprende mais rápido.

Para empresas com estruturas mais enxutas, isso é ainda mais valioso. Dados potencializam a execução mesmo com recursos limitados.

Como transformar dados em decisões concretas

Dado por si só não muda nada. O que muda é o que você faz com ele.

Gosto da analogia do painel de voo: Os dados mostram altitude, velocidade, combustível. Mas quem pilota é você. Se você ignorar o alerta, não adianta ter a informação.

O diferencial do marketing de dados está em:

  • Entender  comportamento do cliente, não só cliques;
  • Segmentar com precisão, não no chute;
  • Testar e adaptar com velocidade, sem depender de feeling.

E segundo o relatório, hoje as áreas mais impactadas pelo uso de dados são: email marketing  (47%) e jornada do cliente (46%).

Isso reforça um ponto que vivo na rotina: os dados ajudam a tornar cada ação mais personalizada e cada etapa da jornada mais eficiente.

Às vezes, o dado está ali, gritando. A questão é: alguém está ouvindo?

Como utilizar o marketing de dados na empresa?

marketing e dados na empresa

Muita gente ainda associa marketing de dados a dashboards caros ou times técnicos.
Mas, na prática, o que mais gera resultado é fazer o básico bem-feito com consistência.

E mais: não adianta o marketing ser orientado por dados se o comercial está no escuro, ou se a diretoria não sabe o que está sendo analisado.
Segundo o Think With Google, 86% dos executivos dizem que quebrar silos é essencial para o uso efetivo de dados.

O que eu vejo nos projetos que lidero: empresas que compartilham dados entre áreas tomam decisões mais rápidas e mais conectadas com o negócio.

Os dados precisam circular, entende?

Segundo o relatório de 2024, ainda, os três principais desafios enfrentados por profissionais da área são:

  • Segmentar audiências corretamente (45%);
  • Garantir qualidade dos dados (38%);
  • Tomar decisões em tempo real (32%).

Na minha experiência, o primeiro passo para usar marketing por dados dentro da empresa é criar o hábito de questionar decisões com base em fatos.

Algo simples como:

  • “Temos evidência de que esse canal converte melhor?”
  • “Quais dados embasam essa segmentação?”
  • “Qual foi o desempenho da campanha anterior com esse público?”

O segundo passo é alinhar com o time comercial e outras áreas: quais dados são úteis para todos e como compartilhá-los melhor? 

Quando essa cultura se espalha, os dados deixam de ser um recurso só do marketing e viram uma ponte entre estratégia e execução.  E toda a empresa vira “data-driven”.

Vantagens reais do marketing de dados

Aqui estão os principais ganhos — especialmente para empresas que precisam fazer mais com menos:

  • Decisões com mais segurança: você atua com base no que os dados mostram, não no que parece funcionar.
  • Melhor uso do orçamento: você investe no canal certo e evita desperdício.
  • Mais agilidade para testar, errar e corrigir: marketing se torna dinâmico e adaptável.
  • Alinhamento com vendas e diretoria: dados unem narrativas e fortalecem a posição do marketing no negócio.

As metas mais comuns em 2024 são:

  • Melhorar a experiência do cliente (59%);
  • Tomar decisões mais informadas (54%);
  • Aumentar a eficiência operacional (50%).

E faz todo sentido. Quando você usa dados para entender o comportamento do cliente, priorizar esforços e ajustar o que importa, a equipe trabalha com muito mais foco!

A Farm Rio, cliente de mídia da NP Digital, é um exemplo claro de como dados bem aplicados transformam marketing em performance real. Com forte identidade visual e branding consolidado, o desafio era crescer digitalmente sem perder autenticidade.

A solução veio com uma estratégia orientada por dados, que integrou mídia, conteúdo, SEO e performance em um plano robusto. 

A leitura precisa dos dados permitiu decisões em tempo real — com War Room ativo durante a Black Friday — otimizando cada investimento.

O ganho final? +177% de receita na semana da Black e ROAS 120% acima da média.

Quando dados guiam a estratégia com sensibilidade criativa, o impacto no negócio é direto e mensurável. Aproveite para entender mais como fazemos isso!

Passo a passo do marketing de dados

como fazer marketing de dados

Vou te dizer que adotar uma abordagem orientada por dados não precisa ser complexa. O que faz a diferença é ter um processo claro e repetir esse processo até ele se tornar parte da cultura da equipe. 

Abaixo, compartilho o caminho que mais aplico em projetos de performance e branding com foco em crescimento:

1. Definir objetivos

Tudo começa com clareza. Sem saber o que você quer medir, os dados não servem para nada.

Antes de qualquer campanha, pergunto: qual é o objetivo do negócio? Aumentar vendas? Reduzir CAC? Trazer mais leads qualificados? Melhorar a taxa de conversão?

Esse objetivo vai guiar quais métricas acompanhar, quais dados coletar e, principalmente, quais decisões tomar.

Dado bom é aquele que responde a uma pergunta real do negócio. 

O resto é distração!

2. Coleta de dados

Aqui, você escolhe onde e como os dados serão coletados. Pode ser via Google Analytics, CRM, ferramentas de mídia paga, formulários, plataformas de automação.

Mas atenção: a qualidade dos dados ainda é um desafio para 38% dos profissionais de marketing, de acordo com o relatório que tenho apresentado. Isso significa que não adianta coletar muito, e sim coletar certo.

Organize os dados por canal, campanha e comportamento. E garanta que as ferramentas estejam integradas entre si, mesmo que de forma simples.

3. Analisar e utilizar os dados

Análise é o momento da virada. Eu digo que é quando você transforma número em insight.

Aqui, o foco é identificar padrões, entender o comportamento e comparar desempenho:

  • Qual canal converte mais com menor custo?
  • Quais páginas têm maior rejeição?
  • Onde os leads estão abandonando a jornada?

A análise só é útil se gerar ação. E isso só acontece se ela for feita com o time olhando para o mesmo objetivo.

4. Mensurar o desempenho da estratégia

Linha de chegada é medir o que foi feito, acompanhar a execução, ajustar com base nos dados…

Mensuração não é o fim do processo, mas o início do próximo ciclo. 

Você sempre vai poder aprender com o que funcionou (ou não) para fortalecer a estratégia seguinte.

Relatório bom é aquele que vira plano de ação. E se ele não está dizendo o que repetir ou o que mudar, algo precisa ser revisto, né?

Conclusão: transformar dado em resultado

data driven marketing

Hoje, acesso a dados não é o problema. O desafio é saber o que fazer com eles.

Marketing orientado por dados não é sobre complexidade — é sobre clareza.
E quando dados, times e decisões se alinham, o crescimento deixa de ser uma meta abstrata e passa a ser uma consequência natural.

Se você quer que o marketing da sua empresa pare de operar no escuro, comece pela pergunta certa:
“Qual dado está te mostrando o que fazer agora?”

Na minha jornada liderando times e estratégias em diferentes segmentos, aprendi que a vantagem competitiva não está na ferramenta mais cara ou no dashboard mais bonito. 

Está na capacidade de usar os dados certos para tomar decisões melhores e mais rápidas.

Se você precisa fazer o marketing entregar mais com menos, então o dado é seu melhor aliado. Ele ajuda a defender orçamento, priorizar ações, convencer CEOs e, principalmente, construir um marketing que influencia o negócio de verdade.

O dado certo, analisado do jeito certo, no momento certo. 

Quando isso acontece, ninguém mais questiona se vale a pena investir em marketing. 

Todo mundo começa a perguntar: “como a gente faz mais disso?”.

E se você precisa de um time de marketing orientado a dados, conte com a NP Digital.

Perguntas frequentes sobre esse tema

Por onde começar a aplicar marketing de dados?

Comece com o que você já tem: dados do Google Analytics, redes sociais, CRM ou planilhas. O essencial é ter clareza dos objetivos e montar rotinas simples de análise que ajudem na tomada de decisão.

Qual é a diferença entre ter dados e fazer marketing orientado por dados?

Ter dados é guardar números. Fazer marketing orientado por dados é transformar esses números em decisões que mexem na campanha, no canal, no orçamento e no resultado.

Preciso de ferramentas caras para aplicar essa estratégia?

Não. Ferramentas ajudam, mas não são o que muda o jogo. O que conta mesmo é o processo. Dá para começar com ferramentas gratuitas ou que você já usa no dia a dia. Aqui vão algumas que recomendo:

  • SEO Analyzer (análise de SEO do site);
  • Google Ads Grader (análise das campanhas);
  • Answer The Public (insights sobre audiência);
  • Google Analytics e GA4 (comportamento no site);
  • Meta Business Suite e LinkedIn Campaign Manager (mídia paga e redes sociais);
  • Ferramentas de CRM como HubSpot, RD Station ou Pipedrive;
  • Formulários simples como Google Forms ou Typeform;
  • UTMs e planilhas de acompanhamento manual.

Quais são os principais erros ao usar dados no marketing?

O problema não é errar, mas errar repetidamente sem perceber. Aqui estão os deslizes mais comuns:

  • Coletar tudo sem critério;
  • Analisar sem objetivo claro;
  • Ignorar a qualidade dos dados;
  • Tomar decisões sem envolver outras áreas (como vendas ou produto).

Como convencer a liderança ou o time comercial a usar mais dados?

Mostre impacto. Comece com dados simples que respondem perguntas reais do negócio. Quando o dado vira resposta, e não só relatório, ele vira argumento. E argumento bem apresentado constrói confiança.

Que tipo de dado eu devo priorizar?

Dado bom é aquele que responde a uma pergunta estratégica. Priorize os que ajudam a responder:

  • Onde perco leads no funil?
  • Qual canal traz mais conversão?
  • Que campanha tem melhor ROI?
  • Qual conteúdo gera mais engajamento?

Em quanto tempo os resultados aparecem com uma estratégia orientada por dados?

Depende da maturidade do time e da clareza do objetivo. Mas pequenas mudanças baseadas em dados, como ajustar canal, público ou conteúdo, já mostram resultado em semanas.

Como integrar marketing de dados com branding?

Branding também pode — e deve — ser orientado por dados. Métricas como awareness, recall, engajamento e tempo de navegação mostram a força da marca e conectam construção com performance.

Dados não enfraquecem a criatividade. Pelo contrário: potencializam.

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Consultoria com Neil Patel
Elida Almeida

About the author:

Diretora de Marketing NP Digital Brasil

Marketing Director na NP Digital Brasil, que é a primeira agência do Neil Patel com referência mundial em soluções de Marketing Digital para empresas, especializada em SEO, Mídia Digital, CRO e Dados.

Élida possui participação ativa em gestão de mudanças, processos de estruturação e implementação de Growth Hacking em times de marketing; Ampla experiência em gestão de pessoas com formação e desenvolvimento de equipes de alta performance, com liderança participativa e reconhecimento de pessoas; Condução de grandes projetos ligados a marca, clientes e vendas.

Graduada em Publicidade e Propaganda com MBA em Marketing Digital pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e MBA em BI, Marketing Digital e Estratégia Data Driven pela PUC-RS

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