Data driven: entenda esse conceito e como aplicar na sua empresa

Neil Patel
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Author: Neil Patel | Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest
Published dezembro 20, 2024
ilustração de titulo data driven junto de termos e símbolos relacionados

Imagine só: você está no meio de um mar de métricas, KPIs e relatórios, tentando descobrir o que realmente faz sentido para sua estratégia. 

De repente, entra o data driven em cena, como aquele analista super afinado, que não só traduz os números para o “marketês”, mas ainda entrega insights prontos para transformar suas campanhas em verdadeiros cases de sucesso.

Essa base de “mágicas” é formada por centenas de milhões de dados que podem ser coletados, tratados e interpretados para gerar insights valiosos nas empresas.

E digo logo que essa é muito mais que uma buzzword: é o futuro dos negócios orientado a dados.

Para aplicar esse conceito na sua empresa, você precisa ser capaz de extrair e analisar informações de várias fontes, transformando esse material em conhecimento e riqueza.

Para você ter uma ideia, segundo a Statista, 402,74 milhões de terabytes de dados são criados a cada dia.

Você sabe o que fazer com essa imensidão de informação?

Então, siga a leitura e descubra como transformar dados em conhecimento e inteligência comercial!

O que é data driven?

Data driven é um adjetivo que qualifica processos orientados por dados, ou seja, embasados na coleta e análise de informações. 

No mundo dos negócios, significa colocar os dados no centro da tomada de decisão e do planejamento estratégico, buscando fontes confiáveis ao invés de gerir a empresa por intuição.

O termo data driven pode ser traduzido para “orientado a dados” e tem origem no conceito de ciência de dados.

Basicamente, essa ciência multidisciplinar usa métodos científicos, processos e algoritmos para extrair conhecimento de dados estruturados e não estruturados.

A ideia é usar a análise computacional (analytics) de grandes volumes de dados (Big Data) para solucionar problemas e obter insights, valendo-se de tecnologias em inteligência artificial e machine learning.

Obviamente, estamos falando de um universo de dados digitais, que podem ser coletados, combinados e interpretados para gerar informações valiosas.

Assim, as empresas data driven são aquelas que planejam, executam e gerenciam com base em dados reais, utilizando soluções movidas por algoritmos para desenvolver sua inteligência corporativa.

Ao transformar dados em respostas para o sucesso do negócio, essas organizações saem na frente da concorrência e crescem muito mais rápido, alinhadas à transformação digital.

Empresas que adotam essa abordagem experimentam um crescimento anual de mais de 30%, de acordo com o relatório Insights-Driven Businesses Set The Pace For Global Growth, da Forrester

Quais os benefícios da cultura data driven nas empresas?

Se tem algo que eu acredito é que, no mercado atual, a cultura data driven é o diferencial entre empresas que prosperam e aquelas que só sobrevivem. 

Primeiro, uma empresa com cultura data driven toma decisões fundamentadas em dados concretos, e não em suposições. Isso significa menos erros, menos desperdício e mais eficiência. 

Quer um exemplo? 

Em vez de investir pesado em uma campanha de marketing “às cegas”, você usa os dados para descobrir exatamente o que seu público quer – e entrega isso com precisão cirúrgica.

Além disso, essa abordagem melhora a agilidade empresarial. Com dados em tempo real, sua equipe consegue reagir rapidamente às mudanças do mercado.

Sabe quando surge aquela oportunidade inesperada ou a concorrência lança uma novidade? 

Quem tem os dados na mão age mais rápido e sai na frente.

Outro benefício que não posso deixar de mencionar é a melhoria contínua

Dados ajudam você a identificar gargalos, testar novas ideias e otimizar processos, de maneira constante. 

Em vez de “achar que está bom”, você sabe o que funciona – e o que não funciona – com clareza absoluta.

E, claro, não podemos ignorar o impacto na satisfação do cliente

Uma empresa que entende seu público de verdade – porque analisa o comportamento dele – cria experiências personalizadas, resolve problemas antes que eles aconteçam e constrói uma relação de confiança sólida!

No final das contas, ser data driven é sobre adotar uma mentalidade de crescimento baseada em conhecimento real. 

E isso muda o jogo!

Data driven x analytics driven

Os conceitos de data driven e analytics driven fazem parte da ciência de dados e, apesar de interdependentes, têm suas diferenças.

Enquanto o processo data driven tem uma ênfase quantitativa, baseada em números e modelos preditivos, o analytics driven inclui a abordagem qualitativa, buscando padrões e relações entre os dados.

Podemos dizer que o analytics é um passo além na análise de dados, pois usa a interpretação do contexto e outras variáveis para encontrar significados nos dados.

Por exemplo, se você usa os dados de compra de clientes (tipo de produto, valor da transação, históricos de pedidos, etc.) para decidir sobre as estratégias de vendas, está realizando um processo data driven.

Agora, se você cruzar os dados de compra com os dados de comportamento e combinar os resultados com uma pesquisa de mercado, está usando uma abordagem analytics driven, com várias camadas de análise para tomar uma decisão.

Na prática, os dois processos caminham juntos nas empresas, pois a diferença está apenas na complexidade da análise.

Obviamente, é importante contar com ferramentas que evoluam sua capacidade analítica, para ir além dos dados primários e encontrar respostas mais precisas.

Como aplicar a cultura data drive na prática?

A cultura data driven precisa ser construída e nutrida dentro da empresa, para que se torne parte dos métodos de trabalho e valores da organização.

Para isso, não basta adquirir os melhores softwares de automação e trabalhar com as últimas tendências em Business Intelligence: é preciso promover um novo mindset.

Claro que as ferramentas tecnológicas são imprescindíveis para trabalhar com dados, mas, para que eles façam parte da sua cultura, você terá que incorporá-los ao dia a dia dos colaboradores.

Para isso, o primeiro passo é garantir que a liderança promova a cultura data driven e justifique suas decisões com base em dados, dando o exemplo para a equipe.

Também é importante garantir o acesso fácil aos dados e à inteligência coletiva da empresa, de modo que todos possam usufruir do conhecimento acumulado.

Além disso, é essencial que o ambiente seja propício à inovação, incentivando os profissionais a experimentar e testar novas possibilidades a partir dos dados.

Como implementar uma gestão data driven?

Como já mencionei, a gestão data driven tem como alicerce a tomada de decisão embasada em dados, que é muito mais assertiva e confiável do que qualquer opinião ou bagagem.

Mas, para que esse modelo de gestão seja implementado com sucesso, ele depende de uma cultura orientada a dados, como acabamos de ver, mas também exige uma combinação de processos, métodos e tecnologias.

Primeiramente, é preciso coletar dados de várias fontes (sistema ERP, CRM, sistemas de vendas e marketing, mídias sociais, dados de mercado e consultorias, etc.).

Após implementar um processo sistemático de coleta, é preciso integrar esses dados, pois de nada adianta ter um gigantesco volume de informações totalmente desconexas.

Por isso, um dos pilares da gestão data driven é garantir o acesso coletivo aos dados, por meio de dashboards intuitivos.

Assim, os gestores têm relatórios completos sempre à mão para solucionar qualquer problema, com independência para consultar a base de dados da empresa.

Outro ponto importante é garantir que os profissionais tenham o conhecimento necessário para interpretar e aplicar os dados obtidos.

Afinal, qual o sentido de ter relatórios ultracomplexos se ninguém consegue lê-los?

Por isso, o investimento em capacitação também é fundamental na implementação da gestão data driven.

Chief Data Officer (CDO)

Para ajudar a estruturar sua inteligência de dados, muitas empresas optam pela contratação de um especialista para o cargo de Chief Data Officer (CDO).

Estas são algumas das responsabilidades desse profissional:

  • Gerenciar dados como ativos estratégicos da empresa (estratégia de Big Data);
  • Buscar eficiência operacional;
  • Garantir a governança de dados;
  • Zelar pela qualidade de dados;
  • Desenvolver métricas (KPIs) para analisar a gestão de dados;
  • Criar soluções focadas na inovação, pesquisa e desenvolvimento a partir dos dados;
  • Incorporar tendências em tecnologia e inteligência de dados;
  • Definir padrões de política de dados;
  • Desenvolver o capital intelectual da empresa;
  • Treinar e orientar gestores e equipes a utilizar corretamente os dados.

Basicamente, o CDO cuida de toda a captação, administração e gestão de dados armazenados e produzidos pela empresa, monitorando sua análise e garantindo a qualidade das informações.

Contar com esse especialista pode ser decisivo para impulsionar a gestão data driven, considerando que é uma profissão recente no mercado e alinhada às últimas tendências da área.

Como funciona o data driven no marketing?

O data driven marketing é simplesmente o marketing orientado a dados, que traz todas as vantagens dessa abordagem para o universo mercadológico.

Se pensarmos que boa parte dos dados coletados por empresas está relacionada às ações e comportamentos dos consumidores, fica claro por que o marketing é uma das áreas que mais se beneficia da gestão data driven.

Ao terem acesso a dados valiosos sobre o mercado e o público-alvo, os profissionais podem elaborar estratégias de marketing certeiras e acompanhar de perto as tendências.

Por meio dos dados, é possível conhecer profundamente o consumidor, suas necessidades e dores, aprimorando cada vez mais as soluções oferecidas e as ações de promoção e divulgação.

E assim, se consegue:

  • Segmentação ideal de consumidores: é muito mais fácil segmentar os públicos e selecionar os melhores canais e estratégias para cada grupo;
  • Criação de conteúdo relevante: os dados revelam quais conteúdos são mais relevantes para o público e direcionam a mensagem dos esforços de marketing;
  • Possibilidade de conduzir testes A/B: é muito simples realizar testes A/B modificando qualquer variável, provando qual estratégia funciona melhor por meio dos dados;
  • Personalização sofisticada: quanto mais dados o marketing tiver sobre o consumidor, mais avançada será a personalização dos conteúdos, ações e campanhas;
  • Aceleração de resultados: o marketing data driven torna as decisões muito mais rápida e acelera os resultados da área;
  • Otimização da experiência do consumidor: o conhecimento é a chave para criar uma experiência do consumidor memorável, sob medida para cada público;
  • Integração total com vendas: o compartilhamento de dados permite a integração perfeita entre marketing e vendas, criando uma central de inteligência comercial completa.

Na prática, os dados devem ter qualidade suficiente para orientar a criação de personas, captação e qualificação de leads, elaboração de estratégias de marketing de conteúdo, desenvolvimento de produto, relacionamento com o cliente, entre outras atividades.

Por isso, todos os planos e ações do marketing devem ter como base uma coleção de dados devidamente tratados e convertidos em respostas certeiras.

Assim, você estará aproveitando todo o potencial do data driven para atrair e fidelizar clientes, conquistar uma posição de destaque no mercado e promover sua marca!

Exemplos de empresas que implementam data driven

Netflix é o exemplo perfeito. Tudo – absolutamente tudo – na plataforma é guiado por dados. 

Desde as recomendações personalizadas até as decisões de produção de novos conteúdos. Sabe aquela série que você amou? Ela foi aprovada porque os dados mostraram que o público ia devorar cada episódio.

Outro case incrível é a Amazon. A empresa usa dados tanto para personalizar recomendações de produtos como para otimizar logística, prever demandas sazonais e definir preços dinâmicos. 

E é assim que ela consegue ter um modelo de negócios que entrega o que o cliente quer, antes mesmo que ele perceba.

E que tal falar da Uber

Desde o cálculo do preço dinâmico até o planejamento de rotas, tudo é baseado em algoritmos que processam dados em tempo real. Isso garante eficiência tanto para motoristas quanto para passageiros.

Mesmo empresas tradicionais, como a Coca-Cola, estão mergulhando de cabeça no mundo data driven. 

Eles usam dados para desenvolver novos produtos, ajustar campanhas publicitárias e entender melhor os hábitos de consumo em diferentes regiões.

Se essas empresas podem transformar dados em vantagem competitiva, por que a sua não pode fazer o mesmo?

Características de um profissional data driven

Se a cultura data driven está dominando o mundo dos negócios, não é surpresa que os profissionais mais valorizados no mercado sejam aqueles que respiram dados. 

Mas o que define um profissional nesse setor?

Primeiro, ele é curioso por natureza. Não se contenta com respostas superficiais. 

Quer saber o “porquê” por trás dos números e explorar todas as possibilidades que os dados oferecem.

Em vez de aceitar resultados, ele os questiona, buscando sempre a próxima grande descoberta.

Outra característica essencial é a habilidade analítica. Não basta saber ler gráficos; é preciso interpretar dados e transformá-los em insights práticos que gerem impacto real. 

Isso inclui dominar ferramentas como Google Analytics, Excel avançado e plataformas de BI.

A comunicação clara também é uma marca registrada desse profissional. 

Afinal, de que adianta descobrir algo revolucionário se você não consegue explicar isso para o time? 

Saber traduzir dados em uma linguagem acessível é um superpoder no mundo Data Driven.

Além disso, ele é tecnologicamente atualizado. 

Sabe como usar ferramentas de coleta e análise de dados, entende o básico de machine learning e está sempre de olho em inovações que possam otimizar processos!

Conclusão

Agora você está por dentro do universo data driven e já sabe como direcionar seu negócio com base em dados reais.

Como vimos, o fator humano é fundamental para implementar sua inteligência de dados, e a gestão eficiente dessas soluções depende de uma cultura sólida.

Então, se você estava pensando apenas em tecnologia, agora sabe que as empresas data driven integram vários processos e métodos para usar o poder dos dados.

Muito em breve, a orientação a dados será uma questão de sobrevivência, pois as organizações vão competir com base na informação.

Você está preparado para essa realidade?

Perguntas frequentes

O que é ser um data driven?

Ser data driven é tomar decisões baseadas em dados, não em suposições. Isso significa usar métricas e análises para guiar estratégias e otimizar resultados. A abordagem permite identificar padrões, corrigir erros e explorar oportunidades de forma objetiva e eficiente.

Como aplicar data driven?

Para aplicar data driven, colete informações relevantes com ferramentas analíticas, analise padrões e transforme insights em ações estratégicas. Monitore os resultados constantemente, ajustando suas estratégias com base em dados reais. O ciclo contínuo é a chave para decisões precisas e sucesso.

O que é um profissional data driven?

Um profissional data driven utiliza dados para embasar decisões, combinando habilidades analíticas e técnicas. Ele domina ferramentas como Power BI e Google Analytics, além de transformar informações em estratégias práticas que geram impacto direto nos resultados.

Quais empresas são data driven?

Empresas data driven incluem Amazon, Netflix, Google e Spotify. Elas utilizam dados para personalizar experiências, ajustar estratégias em tempo real e oferecer soluções que encantam clientes, transformando análises em decisões assertivas e competitivas.

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Neil Patel

About the author:

Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest

Ele é o co-fundador da NP Digital. O The Wall Street Journal o considera como influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado. O Neil é um autor best-seller do New York Times e foi reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos pelo presidente Obama e como um dos 100 melhores até 35 anos pelas Nações Unidas.

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