SEO internacional é oportunidade, como gosto de dizer. E não é difícil de entender a razão para isso.
Você gostaria de ver um grande aumento no seu tráfego?
É claro que sim.
Pois a forma mais fácil de fazer isso é adaptar o seu SEO para diferentes línguas e países.
O mercado internacional para o seu conteúdo é gigantesco, e lembre-se: o mundo todo não fala a mesma língua.
Logo, se focar apenas na língua do seu país, estará deixando de lado um grande público.
Para poder se beneficiar deste enorme mercado internacional multilíngue, é preciso ter certeza de que está utilizando as melhores táticas.
Então, neste artigo, vou ensinar como desenvolver o seu SEO internacional da melhor forma possível.
Vamos lá!
O que é o SEO internacional?
SEO internacional é a soma de práticas que podem levar um site baseado em um país a se destacar para usuários de outros países ou falantes de outros idiomas.
Parece coisa de empresa grande, mas, na verdade, essa é uma forma de se inserir no mercado acessível também para organizações de médio e pequeno porte.
Minha agência é um exemplo disso.
Embora a gente atenda a marcas famosas, temos uma infraestrutura bastante enxuta.
Então, o mais importante nessa modalidade de otimização para motores de busca não é o tamanho da empresa, mas os seus objetivos.
Objetivos do SEO internacional
Veja, você pode achar interessante que seu site seja encontrado por falantes de espanhol, mas será que o mesmo se aplicaria a pessoas no Chile ou Peru?
Digamos, por exemplo, que você venda Software as a Service (SaaS).
Nesse caso, pode não importar tanto de onde é o cliente, mas o seu idioma, já que, para esse tipo de serviço, as barreiras geográficas não contam muito.
Por outro lado, se a sua empresa trabalha com nichos que pedem uma abordagem mais local, aí o foco muda.
Seria o caso de um negócio que opera com importação e exportação.
Esses são alguns fatores que realçam a relevância de uma estratégia de SEO internacional a partir dos seus objetivos, como destaco na sequência.
Por idioma
Metas em SEO focadas no idioma são mais indicadas para empresas cujos produtos ou serviços são sempre os mesmos, não importa onde sejam vendidos, como é o caso do Facebook, por exemplo.
Também é uma alternativa para aquelas que não esperam gerar um tráfego tão elevado, o que, por sua vez, pode levar a uma demanda reduzida de clientes.
Nesses casos, basta que o site tenha versões em outros idiomas e tudo certo.
Vale ressaltar novamente a importância de uma abordagem estratégica e com base no que as ferramentas de analytics mostram.
Então, se seu site raramente recebe tráfego de outros países, o SEO internacional não terá muito o que agregar.
Por país
Porém, se o seu objetivo for efetivamente expandir suas operações para outros cantos do mundo, aí o foco deve ser realmente em produzir conteúdo local e sites para nativos.
Dependendo da situação, será necessário utilizar intensivamente os já destacados atributos hreflang e alternate.
Não menos importante, avançar para praças em outros países pode ser um processo desafiador, tendo em vista as diferenças culturais e de idioma.
Um caso que ficou bem conhecido foi o da Starbucks, que falhou em sua tentativa de se inserir no mercado australiano.
Entre as possíveis razões para isso, destaca-se o desconhecimento do mercado local, repleto de opções tão boas quanto a famosa cafeteria de Seattle.
Fica, então, o aprendizado: se até marcas mundialmente famosas podem fracassar, todo o cuidado é pouco, mesmo que seu negócio seja 100% digital.
Híbrido
Pode ser, ainda, que sua empresa precise se fazer presente tanto por país quanto por idioma.
Um bom exemplo de objetivos híbridos é o da TransferWise.
Como se trata de um serviço de transferências de dinheiro entre países, é bastante sensato oferecer tanto a opção de site internacional quanto de idiomas.
Você pode, por exemplo, estar em Portugal e utilizar a versão do site deles para o Canadá em português.
Ou seja, o importante aqui é a localização, o que não quer dizer que não se possa acessar os serviços destinados a pessoas de um outro país.
Na imagem abaixo, vemos o que alguém em Portugal veria caso fosse realizar movimentações para o Canadá.
Mas digamos que a pessoa esteja na Inglaterra e deseja enviar dinheiro para os Estados Unidos.
Nesse caso, a tela acima aparece mostrando as opções para esses dois novos países e, claro, em inglês.
Como traduzir meu site para outras línguas
Vamos à prática do SEO internacional?
Então, acompanhe os passos para traduzir seu site para outros idiomas e conquistar tráfego e clientes em diferentes países.
Planeje uma estratégia
O primeiro passo para otimizar o seu SEO internacional para os leitores é ter uma estratégia antes de começar.
Esse processo pode ser complicado, logo, caso você não saiba o que está fazendo irá se perder facilmente.
Comece verificando de onde vem o seu maior tráfego atualmente. Caso já tenha um grande público internacional, comece com o país de maior presença.
Para descobrir isso, se dirija ao Google Analytics e clique em “Público”.
Irá aparecer um menu, nele clique em “Dados Geográficos”.
Duas opções serão apresentadas: Linguagem e Localização.
Para ter certeza de quais segmentos de tráfego você deve ter como objetivo, recomendo analisar ambas as opções.
Este exemplo da The HOTH mostra um site com maior tráfego vindo dos Estados Unidos, depois o Reino Unido e então o Canadá.
Caso o seu site seja parecido, isso te dá uma ideia dos seus atuais pontos fortes e áreas para melhorias.
Decida se você realmente precisa de SEO internacional
Vou ser honesto: a maior parte dos sites menores não precisam se preocupar com a dor de cabeça que é adaptar-se para diferentes línguas e países.
Manter diversos sites em diversos idiomas é um processo bem complicado e desafiador, será trabalho demais caso você não esteja preparado.
Então, para ajudar nesta decisão, a Moz desenvolveu um infográfico.
Logo, se fazer isso não for trazer lucros para sua empresa, não tenho como te recomendar seguir em frente. Essa tática é algo mais compatível com empresas e marcas que realizam negócios ao redor do mundo.
Caso esta não seja sua situação (ainda), não precisa se preocupar.
Porém, se esse de fato for o seu caso, é necessário que você decida se irá focar em diferentes países, línguas ou ambos.
Conteúdo multinacional
Primeiro, vamos debater sobre conteúdo multinacional.
Já aviso com antecedência, não pode-se diferenciar os sites entre regiões. Não é possível desenvolver uma versão dele para o “Oriente Médio” ou “Europa”, somente para países.
Focar-se em diferentes países separadamente funciona melhor para empresas que podem se beneficiar dessa modalidade.
O site de viagens Expedia, por exemplo, tem links para cada um dos seus sites globais. Como são uma companhia de viagens, precisam de diferentes sites para satisfazer as necessidades de diferentes tipos de clientes.
Além disso, eles também fornecem opções de idiomas, mas isso está separado das páginas internacionais.
Conteúdo multilíngue
Por outro lado, se os seus serviços funcionam da mesma forma em qualquer lugar do mundo, será melhor focar-se somente em diferentes idiomas.
O Facebook é um exemplo disso. Já que oferecem o mesmo serviço para todos os usuários independente do país, eles focam em diferentes idiomas ao invés de países na página inicial.
Caso você não tenha uma razão para mostrar diferentes conteúdos para diferentes localizações (ou não precise permitir que os usuários alternem entre estes conteúdos), trabalhar com idiomas costuma ser mais fácil.
Não é complicado desenvolver idiomas separados para o seu conteúdo, já que não está se preocupando com diferentes países.
Conteúdo multilíngue e multinacional
Mas e se você precisar dos dois?
Esse é o caso da Stripe, que em sua página inicial foca tanto em país quanto linguagem.
Para eles, é bem simples o motivo disso: não estão disponíveis para todos os países. Ao entrar na Stripe Mexico, por exemplo, é exibida uma página de “Em breve”.
Porém, podem existir usuários em países com o site já disponibilizado (como os Estados Unidos) que desejem utilizar o Stripe em outros idiomas, e por isso eles incluem ambas as opções na página inicial.
Caso você tenha diferentes requisitos para cada país, como disponibilidade de produtos e preços de frete, essa pode ser a melhor opção.
Isso permite que o usuário visualize a página compatível com o país em que ele se encontra, independente do idioma.
Escolha um domínio e estrutura de URL
Desenvolver uma estrutura URL é o primeiro e mais importante fator para se criar um site personalizado para diferentes localizações e linguagens.
Pode até parecer fácil, mas não é.
É possível utilizar uma combinação de domínios de topo (como .ca ou .co.uk), subdiretórios (como /es/ ou /de/), e subdomínios (como es.exemplo.com ou us.exemplo.com).
Observe a imagem abaixo para entender sobre estas diferentes opções.
Contudo, nem todas estas opções são iguais. Agora, explicarei sobre as vantagens e desvantagens de cada uma delas, fornecendo minhas melhores recomendações de acordo com as necessidades do seu site.
Domínio de topo de código de país (ccTLDs)
Um domínio de topo, ou TLD, é a sigla que fica no fim do seu nome de domínio. A mais comum delas é .com, conhecida como um nome de domínio genérico.
Ela pode ser utilizada para qualquer país, sem necessariamente especificar uma localização em particular.
Contudo, existem TLDs diferentes para cada país — por exemplo, .mx para o México ou .co.uk para o Reino Unido.
Essa pode ser sua melhor estratégia caso pretenda focar em um país em particular. Porém, saiba que a ideia de que uma TLD poderosa irá aumentar seus rankings é um mito, mas isso pode se aplicar para os resultados internacionais.
Uma TLD que é focada em um país pode te ajudar a rankear melhor em uma localização específica.
Veja só, segundo dados publicados pela SEMRush, resultados de ferramentas de busca são mais precisos ao utilizar ccTLDs, diferente das outras opções.
Repito, essa é a melhor opção para grandes sites focados em países específicos.
Agora, caso você tenha um site pequeno, ou caso deseje somente focar em uma língua, deve considerar outras opções.
Subdiretórios com TLDs genéricas
Outra opção sua é utilizar subdiretórios no site principal com uma TLD genérica. Isso pode ser muito útil tanto para focar países, línguas ou ambos.
No caso das minhas páginas internacionais, este é o método que utilizo. No Brasil, por exemplo, a versão em português do meu site utiliza /br/ para se distinguir da versão em inglês.
Esta é a estratégia que recomendo caso você não tenha uma marca globalizada.
Subdomínios com TLDs genéricas
Esse método até pode funcionar para alguns sites, mas não o recomendo para os usuários comuns.
Ele costuma ser muito complicado, e não é nem um pouco amigável para os visitantes. Este método leva a um site com diferentes versões, como en.exemplo.com, fr.exemplo.com etc.
No fim, o que acaba acontecendo é que cada um deles é registrado pelo Google como um site próprio, com a autoridade de domínio não se estendendo para as outras páginas.
Ao utilizar diretórios como recomendei anteriormente, o processo de navegação fica muito mais fácil, com os usuários podendo encontrar o que querem sem muita dificuldade.
Acaba sendo uma forma bem mais simples de desenvolver o seu SEO.
Como configurar o SEO para idiomas
Chegou a hora de conversarmos sobre a elaboração de SEO para diferentes linguagens.
Como isso se diferencia da estratégia de países?
Bem, às vezes é a mesma coisa. Faz todo sentido ter um site francês no idioma francês.
Porém, pode acontecer de você precisar ter um site com diferentes idiomas. Uma versão canadense do seu site, por exemplo, precisará estar tanto em inglês quanto em francês. Mas como se faz isso, afinal?
No caso de haver tráfego suficiente para fazer com que a segmentação por países valha a pena, vá por essa seção. Do contrário, comece com a segmentação por idiomas.
Veja agora como desenvolver isso.
Tenha uma tradução humanizada
Em primeiro lugar, e como parte mais importante, você precisa de uma tradução humanizada.
Sim, eu entendo que o Google Tradutor já evoluiu muito.
Mas, se alguma vez você já chegou a ler uma língua mal traduzida, sabe qual é a sensação causada por um conteúdo que claramente não foi escrito por um nativo.
É muito frustrante, e nem um pouco profissional. Pior de tudo, dessa forma, dificilmente será possível realizar a mesma quantidade de vendas e lucros para fazer valer a pena.
Por isso, recomendo contratar um tradutor freelancer em um site como o Upwork, por exemplo, eles poderão fazer esse trabalho por você.
O serviço irá custar somente por volta de $50-100 por página, o que não é muito se parar para pensar nas vantagens de poder atrair um público completamente novo.
Crie um sitemap
Ao criar um sitemap detalhado com todos os conteúdos linguísticos contidos nos dados, você pode ajudar as ferramentas de busca a encontrarem o seu conteúdo.
O sitemap da IKEA inclui cada uma de suas propriedades de idioma. Dessa forma, auxiliam as ferramentas de busca a marcar corretamente as páginas, para assim serem posteriormente exibidas aos usuários apropriados.
Para fazer isso também, desenvolva um sitemap.
Caso esteja utilizando o WordPress, recomendo utilizar o Yoast SEO ou Google XML Sitemaps, são ferramentas bem simples e gratuitas que o ajudarão nisso.
Utilize as tags hreflang e alternate
Ao ter diversos idiomas, um dos problemas com o qual você talvez tenha que lidar são as acusações de conteúdo duplicado.
Obviamente, o Google e outras ferramentas de busca não aceitam que um site tenha um grande número de conteúdos repetidos.
E, embora conteúdo em outro idioma não seja idêntico, pode acabar levantando suspeitas caso tenha as mesmas imagens na mesma ordem, assim como os mesmos links inbound e outbound.
Então, o que fazer?
A resposta é mais simples do que você pensa: utilize as tags hreflang e alternate.
Dessa forma, estará indicando ao Google que a sua página, na verdade, é somente uma versão alternativa de outra página, só que em um idioma diferente. Funciona da mesma maneira que URLs canônicos, só que nesse caso, com idiomas.
Veja como essas tags ficam em um dos meus artigos em português.
Ao especificar rel=“alternate” e hreflang=“pt-br”, o Google não acusa o conteúdo como “duplicado”.
Insira a informação de linguagem também para o Bing
Mesmo que a maior parte das ferramentas de busca funcionem da mesma forma, a linguagem é um aspecto em que elas se diferenciam.
O Google reconhece a tag hreflang, mas o Bing, por exemplo, prefere utilizar seu próprio conteúdo de meta linguagem. Este diagrama feito pela HubSpot explica muito bem como inserir a tag do Bing.
Não é complicado, mas inserir estes dados ajuda os usuários do Bing a localizarem o conteúdo correto no seu site.
Detecte o idioma corretamente
Se você está começando agora com o desenvolvimento de diferentes idiomas em diferentes locais para o seu site, deve pensar que a coisa mais sensata a fazer é automaticamente redirecionar os usuários para o idioma do seu respectivo país.
Embora pareça, isso não é bem a maneira certa de agir.
Os países têm uma grande variedade de idiomas, logo, é uma má ideia assumir o idioma de alguém por causa de sua localização.
Essa tática de segmentação por localização não é ideal, ocasionando em uma má experiência do usuário. Então, como prosseguir?
Pode começar configurando o seu site parar utilizar as configurações de idioma fornecidas pelo navegador do usuário.
Assim, um americano que estiver visitando o seu site em Paris através de um navegador em inglês não irá dar de cara com uma versão francesa.
Além disso, pergunte ao usuário. Ao invés de assumir o que ele quer, pergunte-o sobre suas preferências.
Também é uma boa ideia incluir opções de idioma legíveis em outras línguas, sem nenhum tipo de símbolo relacionado ao país que possa ser impreciso.
O diagrama abaixo elaborado pela Flags are not Languages demonstra isso perfeitamente.
Em resumo, o objetivo principal é fazer com que o seu site seja acessível para qualquer pessoa, independente de sua língua ou localização.
Revise tudo e procure por erros
O passo final é verificar se tudo está funcionando corretamente.
Antes de começar a desenvolver seu off-page SEO, revise tudo para se assegurar de que seus esforços não foram em vão.
Para isso, dirija-se ao Google Search Console.
O diagrama abaixo fornece um exemplo dos possíveis problemas que você pode vir a enfrentar.
Verifique se o Google encontra erros e então conserte-os um a um, para assim suas páginas serem indexadas corretamente.
Como elaborar a segmentação por países
Às vezes, você deseja mais do que somente mudar o idioma do seu site.
De vez em quando, é necessário exibir conteúdo diferenciado para visitantes de outros países.
Elaborar isso não é difícil, se você realmente souber como fazer, claro. Por isso, veja agora um guia para elaborar a segmentação por países corretamente.
Previna-se de acusações de conteúdo duplicado
É importante que você primeiro se assegure de não estar acidentalmente criando uma versão duplicada do seu site.
Embora seja fácil pensar que você precise de um site separado, reflita bem se realmente existe essa necessidade, dependendo do conteúdo.
Por exemplo, caso sua necessidade seja motivada por algumas diferenças regionais de ortografia (como “color” e “colour” no inglês), isso pode ser mudado através dos idiomas, não havendo a necessidade de segmentação de países.
Porém, se existe mais conteúdo que você queira exibir de forma diferenciada, não precisa se preocupar com conteúdo duplicado.
Ao dispor de diferentes conteúdos para diferentes regiões, irá se prevenir contra acusações de conteúdo duplicado em seu site.
Mude conteúdo HTML por localização
Ao criar conteúdo para diferentes regiões, a primeira coisa que você deve fazer é deixá-lo o mais relevante possível.
Procure mudar diversas áreas de conteúdo HTML, incluindo seu título, meta descrição, navegação e cabeçalhos.
O objetivo aqui é criar uma página com um atrativos diferentes, assim como outra motivação para existir.
Dessa forma, irá fornecer um valor único para os visitantes de outros países, algo que sua página padrão não conseguiria.
Veja alguns aspectos importantes a se observar para deixar o seu conteúdo o mais atraente possível.
Ajuste o preço para a moeda nacional
Caso você trabalhe com uma loja virtual ou venda vários tipos de produtos no seu site, é sempre uma boa ideia incluir preços adaptados para a respectiva moeda do país.
Além disso, inclua todas as informações necessárias relativas a pedidos internacionais, como taxas de frete ou impostos de exportação.
Apesar de não ser algo complicado para a maior parte dos donos de site, esse tipo de ajuste fornece uma quantidade enorme de valor para os leitores de outros países.
No site do Beats by Dre dos Estados Unidos, o preço é listado em dólares americanos.
Já na versão brasileira do site deles, o preço é listado em reais.
Pode parecer algo pequeno, mas faz uma grande diferença para os leitores internacionais.
Mude seu conteúdo de acordo com a cultura local
Às vezes, pode acontecer do seu conteúdo exibido não ser interessante para visitantes que eventualmente procurem pelo que você tem a oferecer.
Se esse for o caso, tente fornecer algo mais focado no demográfico que está visualizando a página.
A página inicial da Getty Images U.S. por exemplo, inclui informações de eventos atuais ocorrendo nos Estados Unidos, como o Furacão Harvey, e a nova temporada de futebol americano universitário.
Enquanto isso, a Getty Images Latin America fala sobre a Copa do Mundo, e exibe uma página inicial com um design e layout completamente diferente.
Caso tenha dúvidas, é sempre bom conversar com alguém do país em questão para te auxiliar a criar uma copy e desenvolver uma landing page que melhor atraia o demográfico.
É importante fazer isso, pois uma página inicial que seja comum para americanos pode ser incompreensível (ou até ofensiva) para a cultura de outros países.
Esteja regularizado com as leis e regras locais
Não pense que está isento de seguir as regulamentações locais de outros países, isso está longe de ser verdade.
Quando vender produtos, verifique anteriormente se estes produtos são legalizados no país que pretende vendê-los.
Caso seja um produto de regulamentações complexas, como medicamentos, tabaco etc, se assegure de estar com toda a documentação necessária em dia.
Porém, saiba que há muito mais do que isso.
Por exemplo, ao visitar a página americana da Amazon, são mostrados os produtos vendidos e informações de login.
Mas, ao ir para o Reino Unido, é obrigatório que todo site (até mesmo os baseados nos americanos) notifique o visitante de que cookies estão sendo utilizados.
A mudança no site da Amazon do Reino Unido é bem sutil, mas deixa os usuários cientes do uso de cookies.
Essas pequenas mudanças podem introduzir grandes questões legais para o seu negócio, então esteja bem preparado ao lançar um site em um país diferente.
Pergunte aos usuários se desejam ser redirecionados
E, por fim, você precisa redirecionar seus usuários para páginas corretas, mas faça isso do jeito certo.
Embora seja possível redirecionar automaticamente alguém, essa não é a maneira correta de fazer isso. Ao invés disso, o Google recomenda que você peça a permissão do usuário para ser redirecionado a um site local.
Grandes marcas com presença em diversos países costumam fazer isso. Por exemplo, ao visitar a Coca-Cola.com, você é direcionado para esta página, que pergunta ao visitante em qual site deseja entrar.
Mesmo sendo uma boa ideia fazer isso, alguns sites que trabalham com muitas informações locais irão te redirecionar automaticamente.
O Craigslist, por exemplo, automaticamente te redireciona para a página local, não importando onde você está localizado no momento.
Caso o seu site tenha um foco muito alto em localização, talvez seja melhor utilizar um redirecionamento automático. Do contrário, siga as recomendações do Google e solicite a permissão do usuário antes de redirecioná-lo.
Elaborando segmentação híbrida
Bem, você já aprendeu a elaborar segmentação por idiomas e segmentação por países.
Mas e se precisar dos dois?
Felizmente, centenas de marcas multinacionais já realizaram os métodos de tentativa e erro por nós, e a partir disto, explicarei detalhadamente como alcançar os melhores resultados utilizando-se do método de segmentação híbrida.
Segmente primeiro os usuários através da localização
A primeira maneira de segmentar os usuários é através do país.
Não importa quantos idiomas você decida incluir, sempre inicie com o país.
É muito mais fácil direcionar um visitante argelino para a versão francesa do site argelino do que realizar esse processo de forma inversa.
Ao visitar o site internacional da IKEA, é apresentada aos visitantes uma opção padrão baseada na localização (“Me direcione para o site da IKEA Estados Unidos”), mas, além disso, também é apresentada a opção de escolher outro país.
Essa é uma ótima forma de fornecer uma opção padrão, mas ter um reforço garantido. Dessa forma, se um usuário está visitando os Estados Unidos, mas gostaria de fazer uma compra para seu país de origem, como a Suécia por exemplo, pode fazer isso sem problemas.
Direcione os usuários para seus idiomas apropriados com a tag hreflang
Ao ter criado uma variedade de escolhas entre países, você deve mandar seus usuários para a página com idioma apropriado.
A melhor forma de fazer isso é com uma tag hreflang, como mostra o diagrama abaixo.
Caso você planeje usar múltiplos países e idiomas, recomendo ter subdiretórios, é uma maneira fácil de formatar suas URLs com a sigla do país primeiro e o idioma depois.
Isso leva a URLs de acessível compreensão, tanto para humanos quanto computadores, como exemplo.com/us/en ou exemplo.com/mx/es.
4 erros de posicionamento no SEO Internacional
Como toda estratégia de SEO, a que se volta para sites internacionais deve focar tanto nos aspectos relacionados ao conteúdo quanto técnicos.
Além disso, existem certos tipos de erros que, por mais bobos que pareçam, têm um impacto considerável, seja por prejudicar a experiência do usuário, seja por dificultar a conquista de melhores posições na SERP.
Felizmente, essas falhas nem são assim tão difíceis de evitar.
Basta dedicar a maior atenção na hora de configurar o site, usando para isso ferramentas de auditoria ou mesmo contratando serviços de uma consultoria SEO.
Veja, então, quais erros são esses e o que fazer para não cair nessas verdadeiras armadilhas.
1. Redirecionar automaticamente seus usuários sem dar uma escolha
Há dois problemas críticos quando um site redireciona automaticamente o tráfego para uma versão que julgue ser a mais adequada para o visitante.
O primeiro deles é que, agindo assim, a experiência do usuário fica prejudicada, uma vez que ele pode simplesmente desejar ver a versão de um outro país em seu idioma.
Não dá para prever o que cada pessoa espera ao entrar em um site, não é mesmo?
O segundo problema, tão sério quanto o primeiro, é que o redirecionamento também desvia os bots do Google e de outros motores de busca.
Nada pior para o SEO, já que, dessa forma, você se arrisca a dar informações equivocadas para os crawlers sobre o seu site.
Por isso, o melhor a se fazer é manter uma versão padrão internacional, dando destaque para a escolha de uma opção para outro país ou idioma.
Por exemplo, se eu acessar o site alemão da Goodyear, tenho a opção de mudar para a versão de um outro país.
2. Não usar URLs diferentes para cada região
Um detalhe muito importante no SEO internacional é a escolha da URL.
Isso porque o Googlebot tem como referência servidores baseados nos Estados Unidos, então, sendo “americano”, nem sempre ele rastreia automaticamente a localização de um site estrangeiro.
O próprio Google esclareceu isso em um artigo, dizendo que seus crawlers mandam solicitações HTTP sem o parâmetro Accept-Language.
Por causa disso, é possível que os robôs deixem de ranquear e indexar conteúdos em países diferentes.
Sem uma URL com domínios de topo, ele fica sem saber a que país o site pertence.
Novamente, a experiência do usuário também pode ser prejudicada, já que há sites com endereços genéricos que mostram conteúdo para países específicos.
O site english-enterprises.com tem um domínio genérico e conteúdo em francês. O ideal seria incluir o domínio de topo .fr.
3. Usar um único domínio de topo para atingir muitos países
Mais um erro que pode fazer com que um site perca valiosas posições na SERP é usar um domínio de topo e “remendar” com subdiretórios de outros países.
Seria o caso, por exemplo, se eu utilizasse www.neilpatel.com.us/br como uma versão do site americano para os leitores brasileiros.
A falha aqui é deixar de utilizar domínios genéricos que, em uma possível expansão, facilitam a segmentação para outros países de forma mais simples.
Afinal, é muito mais prático apenas adicionar um subdiretório do tipo “pt-br” a um domínio .com do que ter que adquirir um novo domínio para outro país.
4. Aproveitar o mesmo conteúdo em diferentes versões do site
Um quarto erro que julgo bastante grave é não considerar as diferenças dos termos de pesquisas para cada país.
Nesse caso, trata-se de uma falha mais recorrente quando se apresenta a versão de um site para países que falam o mesmo idioma.
Não é novidade para ninguém que o português que se fala no Brasil é bem diferente do de Portugal, assim como o inglês britânico em relação ao norte-americano.
Veja, nos exemplos abaixo, como a LG exibe dois produtos similares para brasileiros e portugueses e como eles são especificados em suas respectivas URLs.
Como aplicar hreflang
Quando encontram um site, os robôs do Google o indexam e ranqueiam dependendo da presença ou não de certos atributos em seu código-fonte.
Logo, não é a parte visual que importa para eles, mas sim a forma como suas linhas de programação estão distribuídas e que tipo de comandos e instruções elas contêm.
Pois o atributo hreflang é um desses comandos, sendo aplicável para sites que contam com versões em outros idiomas.
É como se, ao ser encontrado pelo Googlebot, seu site dissesse “Ei, robô do Google, meu site está em inglês, espanhol e malaio, ok?”.
Sabendo disso, ele vai mostrá-lo com mais destaque nas pesquisas para esses idiomas e não em português ou italiano.
Embora ele não faça um site ganhar posições diretamente, é fundamental para os propósitos de SEO, porque ajuda a atrair as pessoas certas.
Junto ao hreflang, é preciso também incluir o atributo alternate, para que o Google não pense que seu site em outro idioma é uma cópia do original em português.
Ambos podem ser inseridos no cabeçalho do site ou, se você preferir, com o sitemap.
Seja qual for o método, é essencial observar as boas práticas para que esse atributo indispensável em SEO internacional cumpra os seus propósitos.
Veja quais são.
Traçar diretrizes de boas práticas da hreflang
Todo site está sujeito a modificações e, quando isso acontece, pode ser necessário fazer redirecionamentos, mudar diretórios ou mesmo domínios.
Dessa forma, ao implementar o hreflang, é de grande valor criar uma espécie de protocolo contendo diretrizes sobre o que fazer caso um site precise de alterações.
Nesse documento, deverão estar especificadas as práticas a serem observadas em relação a esse atributo, como os idiomas existentes e em quais páginas eles entram ou não.
Considerar os objetivos em SEO para outros idiomas e países
Digamos que, ao estudar os resultados do Google Analytics para o seu site, você descobriu que, depois dos brasileiros, quem mais acessa são os mexicanos, seguidos dos argentinos.
Por isso, vale definir quais idiomas serão inseridos ou não, conforme apurado no volume de pesquisa informado pelo Analytics.
Nesse caso, temos que incluir as marcações “es-mx” e “es-ar”, que se referem ao espanhol falado no México e na Argentina, respectivamente.
Contudo, em algumas situações, o volume de tráfego é tão baixo que simplesmente pode não valer a pena atrair os usuários de um determinado país.
Especificando o padrão de código hreflang
Veja como é o aspecto da linha HTML em que o hreflang é inserida:
- <link rel = “alternate” href = “https://neilpatel.com” hreflang = “pt-br” />
Não é difícil identificar que a marcação “pt-br” se refere ao português brasileiro, certo?
Mas você saberia dizer qual é a marcação para o idioma romeno?
A identificação exata da linguagem junto ao hreflang é fundamental, já que ela garante que os robôs do Google encontrarão apenas idiomas suportados em seu site.
A propósito, no site Geoff Kenyon, você pode conferir todas as marcações hreflang por país e por idioma.
Selecionar o método de implementação
Você viu que é possível inserir o hreflang no código HTML ou no sitemap.
Além dessas alternativas, você também pode preferir incluí-lo no cabeçalho HTTP.
No entanto, essa não é uma escolha aleatória. É necessário conhecer, antes disso, os requisitos do site e eventuais restrições.
Dependendo da plataforma utilizada, pode ser que um sitemap XML seja mais fácil de carregar, por exemplo.
Na dúvida, converse com o seu desenvolvedor ou com a agência de SEO que o atende para encontrar a melhor forma de implementar esse atributo.
Validar a implementação do hreflang em um ambiente de teste
Uma vez que o site esteja no ar, o Google e outros motores de busca vão indexá-lo e ranqueá-lo no estado em que se encontra.
Então, se houver erros nos códigos e atributos inseridos, principalmente se eles prejudicarem a experiência do usuário, certamente, haverá consequências ruins.
A perda de posições na SERP é uma delas.
Para evitar que isso aconteça, vale fazer o rastreamento das páginas com hreflang para identificar eventuais falhas na implementação.
Auditar e resolver erros da implementação depois de lançada
De qualquer maneira, não basta apenas rastrear o site antes do lançamento.
Afinal, plataformas de hospedagem podem passar por mudanças e os próprios algoritmos do Google alteram os critérios e fatores de ranqueamento o tempo todo.
Por isso, é preciso se manter vigilante, rastreando o site continuamente por meio do relatório de segmentação internacional do Google Search Console pelo seu International Targeting Report.
Esse controle serve, ainda, para identificar possíveis problemas ao criar páginas novas, permitindo modificá-las ou eliminar as que já estão no ar.
Outra função do monitoramento é identificar prováveis desalinhamentos em novos idiomas e países recém-implementados nos resultados da SERP, também pelo relatório do Search Console.
Conclusão
Uma vez que você tenha decidido adaptar o seu site para públicos internacionais e outros idiomas, precisa configurá-lo corretamente.
Inicialmente, desenvolva uma estratégia. Tenha certeza de que está preparado para as mudanças necessárias, assim como decida se criará conteúdo para diferentes localizações, idiomas ou ambos.
Depois, escolha uma URL e estrutura de domínio para o seu conteúdo. Preste atenção ao realizar este passo, é muito importante que você escolha corretamente, pois as consequências serão duradouras.
Além disso, caso procure adaptar o seu SEO para diferentes idiomas, utilize uma tradução humanizada e inclua as informações necessárias para as ferramentas de busca.
Também procure desenvolver um sitemap consistente, assim como se otimizar para a tag hreflang e a meta linguagem.
Além do mais, é importante não assumir nada sobre o usuário, permita-o escolher ou mudar as configurações de localização e idioma, assim como seja claro sobre suas opções.
E sempre tome cuidado para não publicar conteúdo duplicado por acidente.
Inclusive, forneça conteúdo personalizado dependendo da localização do usuário, como por exemplo, a moeda do país, cultura, leis e informações gerais.
E, por fim, no caso de você precisar se adaptar tanto para o idioma quanto a região, as configurações se tornam complicadas, mas nada impossível de se fazer. Foque primeiro no país, e então selecione um idioma a partir disso.
Quais estratégias você irá utilizar para adaptar o seu SEO para um público internacional?
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