Nos últimos anos, o marketing digital enfrentou transformações profundas, certo?
A revolução das IAs generativas, a demanda por marcas mais humanas e a pressão por eficiência desafiaram as estratégias tradicionais.
Agora, em 2024, essas mudanças não só se consolidaram como continuam a evoluir.
De novos perfis de consumidores a avanços tecnológicos e mudanças na postura das marcas, a certeza é uma só: é preciso de muito preparo para se manter à frente em um mercado competitivo e em constante transformação.
Vamos conhecer as novas tendências que chegam ainda este ano e devem continuar no próximo?
Novos perfis de consumidores
O comportamento do consumidor está em constante mudança.
E as razões para isso são: transformações culturais e avanços tecnológicos.
Por isso, trago aqui dados da WGSN identificou quatro perfis de consumidores sobre os perfis de consumidores que vão dominar o mercado em 2025 (mas que já precisamos considerar agora):
- Novos Niilistas: consumidores que rejeitam a perfeição e buscam autenticidade, mesmo que caótica. Eles valorizam a transparência e preferem opiniões sinceras sobre produtos, como demonstrado pelo crescimento do movimento “desinfluencer” no Tik Tok.
- Reducionistas: valorizam a conexão humana e a responsabilidade social. Preferem marcas que compartilham seus valores e defendem causas importantes, como sustentabilidade e ética.
- Guardiões do Tempo: priorizam experiências que agreguem valor às suas vidas e são seletivos quanto ao uso de seu tempo e dinheiro. Eles são atraídos por produtos e serviços que promovam uma melhor qualidade de vida.
- Pioneiros: sempre à frente das tendências, este perfil valoriza a inovação e a fusão do físico com o digital. Eles procuram por experiências integradas que ofereçam comodidade e inovação tecnológica.
Saiba mais sobre comportamento do consumidor com o material abaixo
A nova postura nas redes sociais
Se antes as redes sociais eram vistas como a espinha dorsal do marketing digital, agora, isso mudou.
Como assim?
Com a crescente desconfiança em relação às plataformas e o aumento do tempo gasto fora delas, os profissionais de marketing precisam reavaliar suas estratégias.
Em 2023, o New York Times apontava que as redes sociais estavam se tornando menos sociais, inclusive com usuários diminuindo ativamente o tempo de uso.
Atualmente, pesquisas já apontam para um cenário em que os consumidores abandonam ou limitam significativamente o uso das redes sociais.
Dados do Gartner revelam que 50% dos consumidores planejam reduzir ou abandonar completamente suas interações com as redes sociais até 2025.
Isso, combinado com a percepção de que a IA generativa pode prejudicar a experiência do usuário, exige uma abordagem mais segmentada e consciente nas redes — o que não é nada fácil.
Mas isso não significa deixar de lado as estratégias nas mídias sociais, ok?
Elas continuam sendo um excelente canal de conexão, mas é importante avaliar em sua estratégia qual perfil você está buscando se conectar.
Afinal, de acordo com o HubSpot, 17% dos consumidores gerais compraram um produto nas redes sociais em intervalos de 3 meses.
Entre os millenials, esse número é de 27% e quando se considera apenas a Geração Z, é de 22%.
Tendências da tecnologia para o Marketing
Agora é hora de falar do que é, de fato, tendência!
Para isso, separei 4 das principais.
Otimização para Experiências Generativas (GEO)
Você já deve ter percebido que o SEO tradicional está evoluindo para se adaptar às novas plataformas de busca baseadas em IA, como o Google SGE e o Chat GPT.
A Otimização para Experiências Generativas (GEO) é como uma resposta a essa mudança.
Ela foca em como tornar seu conteúdo relevante para esses motores de busca.
Basicamente, se trata das ações necessárias para colocar o conteúdo de um site nos resultados de busca feitos em sistemas de Experiências Generativas baseadas em IA, como o Google SGE, ChatGPT ou Perplexity.AI.
Um estudo da Universidade Princeton formulou métricas de visibilidade específicas para os motores de busca das IAs generativas, por meio de um benchmark com 10.000 consultas em domínios variados para avaliação sistemática da eficiência das técnicas de GEO.
Em um mercado onde a IA está se tornando cada vez mais dominante, dominar o GEO é crucial para manter a competitividade.
Realidade Estendida (XR) como ferramenta de marketing
Mais um termo na sopa de letrinhas.
A Realidade Estendida, que abrange Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR) e Realidade Mista (MR), está ganhando força com o avanço das redes 5G.
Essas tecnologias não apenas criam experiências imersivas, mas também aumentam a retenção de aprendizado e a confiança dos consumidores.
Segundo o Market Research Future, a indústria de realidade estendida (XR) deverá crescer de USD 18,4 bilhões em 2022 para USD 457.06 bilhões até 2030, exibindo uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 58,2% durante o período de previsão (2024 – 2030).
Com o mercado de XR projetado para crescer exponencialmente até 2030, empresas que adotarem essa tecnologia estarão melhor posicionadas para oferecer experiências únicas e memoráveis, diferenciando-se da concorrência!
Sustentabilidade no centro das estratégias de marketing
A sustentabilidade se tornou um dos pilares centrais das estratégias empresariais.
Isso é indiscutível!
De acordo com o relatório Every job is a climate job, mais de 70% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis.
Empresas que integram a sustentabilidade em suas operações, então, são o futuro.
Elas respondem às demandas dos consumidores ao mesmo tempo que se posicionam como líderes de mercado.
Junte isso com esse dado aqui: de acordo com uma pesquisa do PWC, 70% dos brasileiros aceitariam pagar mais caro por produtos fabricados de forma mais sustentável, e quando avaliamos esse número em escala global, aumenta para 77%.
Percebe a importância?
A natureza como CEO é uma das previsões da WSGN para os próximos anos, se mostrando uma das forças propulsoras que irão movimentar todas as indústrias.
Iniciativas como os fluxos biossintéticos estão liderando essa mudança, prometendo inovações que respeitam o meio ambiente e atraem consumidores conscientes.
Cocriação e regulação das IAs
A rápida ascensão das IAs generativas potencializa um elemento bem interessante.
Estou falando da cocriação entre humanos e máquinas.
Só que essa velocidade na evolução da tecnologia também levanta questões sobre regulação e ética.
O Parlamento Europeu, por exemplo, aprovou o AI Act, estabelecendo diretrizes rigorosas para o uso de IA.
No Brasil, discussões sobre o Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 2.338/23) estão em andamento, com foco na proteção de dados e direitos dos usuários. E por aí vai.
Embora o País tenha muito a avançar na discussão em termos legislativos, há semelhanças entre as duas propostas: a definição abrangente de IA e a obrigatoriedade de respeitar a proteção de dados.
Por isso, as marcas precisarão não apenas adotar a IA de forma inovadora, mas também garantir que suas práticas estejam alinhadas com as regulamentações emergentes.
Somente dessa forma a cocriação ética, que envolve tanto humanos quanto IAs, poderá ser usada realmente como uma chave para o sucesso em um ambiente regulatório cada vez mais complexo.
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