Autogestão: o ato de gerir a si próprio. No mundo corporativo, é um conceito que assusta um pouco, né? Eu sei, mas veja bem: mais do que nunca, vivemos na era do autogerenciamento.
Com a ascensão do home office e do trabalho remoto em geral, o modelo “padrão” cultura corporativa (aquela calcada no escritório, que cumpre um horário comercial predefinido) sofreu um profundo impacto.
E não é por menos, temos palavras-chave importantes que, sozinhas, ajudam a explicar essa mudança, como “pandemia” e a “transformação digital”.
Acontece que, eu sei, muitos negócios ainda não se acostumaram a essa nova realidade. Por isso, ouvir ou ler o termo dá até um frio na espinha.
E não, não é só uma palavra da moda. O autogerenciamento chegou para ficar e pode trazer vários benefícios para times híbridos ou remotos, como maior autonomia, satisfação no trabalho e aumento da produtividade.
Mas como incentivar essa cultura nas empresas? Calma, já vamos chegar lá! O primeiro passo é entender o conceito e sua importância.
Neste guia definitivo, eu trago tudo que você precisa saber sobre o tema. Interessou? É só continuar a leitura!
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O que é autogestão?
Autogestão é a capacidade de um indivíduo gerenciar a si mesmo, suas atividades e responsabilidades, sem a necessidade de supervisão constante.
No contexto empresarial, é quando os colaboradores assumem a responsabilidade por seu próprio trabalho, estabelecem metas e tomam decisões que beneficiam a equipe e a empresa.
Essa abordagem é baseada na ideia de que as pessoas são capazes de se auto-organizar e se automotivar para realizar suas tarefas, sem a necessidade de um chefe ou supervisor que as controle.
Assim, cada um pode contribuir com seus talentos e habilidades para o sucesso da empresa.
De fato, é uma “quebra” relevante no modelo que conhecemos como tradicional, certo?
Não sei você, mas eu cresci em minha carreira entendendo que minhas entregas eram gerenciadas por um indivíduo. E minha tomada de decisão era, no mínimo, muito influenciada por esse líder.
Acontece que na era do autogerenciamento, preza-se pela autonomia.
É um modelo que busca quebrar os paradigmas das hierarquias tradicionais e tornar o ambiente de trabalho mais independente.
E acredite, eu vejo e sinto isso na prática.
Só no Brasil, a minha agência NP Digital conta com mais de 160 colaboradores que trabalham remotamente.
Eu preciso contar com essas pessoas e confiar na sua capacidade de se autogerenciar, concorda? Bom, já temos alguns anos de estrada e eu posso te afirmar: deu muito certo!
Qual é a importância da autogestão?
Agora, antes de continuar nesse assunto, quero dizer uma coisa: não existe modelo de gestão ideal para todos, o famoso “one-size-fits-all“. Pelo contrário, vai depender do contexto do seu negócio.
Na minha visão, a autogestão é um dos elementos que compõem um bom ambiente de trabalho.
E te explico o porquê:
- A abordagem pode aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho, pois as pessoas se sentem mais motivadas e engajadas com seus projetos;
- Pode melhorar o clima organizacional e a satisfação dos colaboradores, pois eles têm mais liberdade, flexibilidade e reconhecimento pelo seu desempenho;
- O modelo pode estimular a criatividade e a inovação, pois as pessoas podem experimentar novas ideias e soluções sem medo de errar ou serem punidas;
- Pode favorecer o aprendizado e o desenvolvimento contínuo, pois as pessoas podem buscar novos conhecimentos e habilidades de acordo com seus interesses e necessidades;
- Fortalece a colaboração e a comunicação entre os times, pois as pessoas precisam se coordenar e se apoiar para alcançar os objetivos comuns.
Por que ter uma equipe bem treinada para a autogestão?
Ei, mas vamos lá: o autogerenciamento não é daqueles frameworks que você implementa e espera pelos resultados. É fruto de uma mudança cultural da corporação.
É, eu sei, com a pandemia, esses processos ficaram um pouco confusos e às vezes atabalhoados, mas seu sucesso depende de uma implementação gradual.
O que quero dizer é o seguinte: antes de tornar seu time autônomo e mitigar o papel do chefe-subordinado, é essencial treinar seus colaboradores.
Isso significa que os funcionários devem ter as competências e as ferramentas necessárias para planejar, executar e avaliar suas atividades de forma independente e eficaz.
Isso se torna ainda mais importante no contexto do home office, que se tornou uma realidade para muitas empresas durante a pandemia.
Nesse cenário, os colaboradores precisam saber gerenciar seu tempo, suas prioridades e suas entregas sem a presença física dos gestores ou dos colegas.
Principais benefícios da autogestão
O autogerenciamento traz muitos benefícios para os colaboradores e as empresas que adotam esse modelo. Alguns deles são:
- Melhora a inteligência emocional, pois apoia a autoconsciência e o bem-estar dos colaboradores;
- Aumenta a confiabilidade e a responsabilidade, pois os colaboradores cumprem suas promessas e entregam seus resultados;
- Reduz o estresse e a ansiedade, pois os colaboradores têm mais controle sobre seu trabalho e seu ritmo.
Tudo isso porque o método mais tradicional de gestão, em uma hierarquia vertical simples e direta, pode trazer algumas desvantagens relevantes no momento atual do mercado, como:
- Lentidão na tomada de decisão;
- Gestão inconsistente ao longo da cadeia de comando;
- Atrasos ou gaps de comunicação que atrasam o trabalho;
- Facilidade para criar tensões entre os times e despertar rivalidades.
Esses pontos foram mapeados pela NI Business.
Além disso, vale trazer outro dado interessante, agora de um artigo da Harvard Business Review que li esses dias: o autogerenciamento ajuda pessoas a se manterem calmas, controlarem seus impulsos e agir apropriadamente em situações de conflito.
O impacto da autogestão nos negócios
O impacto é muito claro: você — no papel de líder — deixa de se tornar uma pulguinha na orelha dos funcionários. Se tem algo que aprendi em meus negócios, é que liberdade é engajamento.
Mas não considere só a minha palavra, tenho alguns dados que mostram isso:
A Gallup descobriu que equipes altamente engajadas têm uma diferença de 81% no absenteísmo e uma diferença de 14% na produtividade, comparadas com aquelas com baixo engajamento.
Bastante, certo?
Afinal, as decisões são tomadas em conjunto, levando em conta várias perspectivas — e não apenas o olhar holístico, e muitas vezes limitado, de uma liderança.
Nesse novo modelo, o líder torna-se o provedor de recursos. Alguém que cria uma disrupção na burocracia e “limpa o caminho” para que o time possa resolver problemas, sem lidar com ruído externo.
Como incentivar a cultura de autogestão na sua empresa?
Como eu disse, o autogerenciamento depende especialmente de uma mudança cultural da empresa. Porém, eu sei que essa tarefa não é nada simples. Não se muda a cultura de um dia para o outro.
Por isso, recomendo que você faça o seguinte:
- Defina os objetivos e os resultados esperados: deixe claro o propósito e o valor dessa prática para a empresa e para os colaboradores;
- Estabeleça as regras e os limites: deixe claro o que é esperado de cada um, quais são as responsabilidades e as autonomias, e como será feita a avaliação e o feedback;
- Promova a comunicação e a colaboração entre os funcionários: crie canais e espaços para que eles possam se comunicar, trocar ideias, compartilhar informações e resolver problemas juntos;
- Apoie o desenvolvimento e o aprendizado dos colaboradores: ofereça recursos e oportunidades para que eles possam desenvolver suas habilidades, conhecimentos e competências relacionadas à autogestão;
- Utilize as tecnologias certas para facilitar a nova abordagem: escolha ferramentas que permitam aos colaboradores organizar seu trabalho, acompanhar seu progresso, gerenciar seu tempo e reportar seus resultados.
6 dicas para uma autogestão eficiente
Implementou essa abordagem e ainda encontra problemas em conseguir os resultados esperados? Separei seis dicas essenciais para quem se encontra nesse processo. Tenho certeza que todas vão ajudar, confira:
Estabeleça os processos produtivos
É preciso ter clareza sobre como realizar cada atividade. Por isso, estabeleça processos que orientem o passo a passo de cada tarefa, desde o planejamento até a entrega.
Detalhes importam, lembre-se disso!
Tenha um controle de tarefas
Outra dica importante é ter um controle de tarefas que permita acompanhar o andamento de cada projeto.
Assim, você pode saber o que já foi feito, o que está em andamento e o que falta fazer.
Administre bem o tempo
O autogerenciamento requer uma boa administração do tempo, pois o funcionário é responsável por definir seu ritmo e sua agenda.
Por isso, oriente que todos organizem seu tempo de acordo com suas prioridades e prazos.
Nesse campo, que não vou me aprofundar agora, é ideal pensar em métodos e estratégias para reduzir o impacto de distrações comuns ao dia a dia da equipe.
Saiba definir prioridades
Uma das habilidades mais importantes é saber definir prioridades.
Isso significa saber o que é mais urgente e importante para alcançar seus objetivos. Para tal, use critérios como impacto, esforço e valor para avaliar cada tarefa.
Estabeleça metas claras
Para ter uma autogestão eficiente, é preciso ter metas claras que orientem seu trabalho.
As metas devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART, lembra?). Assim, você entende o que precisa fazer e como medir seu progresso.
Tenha uma rotina de avaliação do trabalho
Por fim, tenha uma rotina de avaliação do trabalho para verificar se você está cumprindo suas metas e entregando seus resultados.
Essa avaliação pode ser feita por meio de feedbacks internos ou externos. O importante é reconhecer seus pontos fortes e fracos e buscar melhorar continuamente.
Exemplos de autogestão
Ainda em dúvida sobre como colocar o autogerenciamento em prática? Não se preocupe, essa abordagem pode ser implementada de diferentes maneiras.
Separei três deles a seguir para você conferir, dá só uma olhada:
Times autônomos paralelos
A empresa cria equipes autônomas que trabalham em paralelo para atingir objetivos comuns.
Cada equipe é responsável por suas próprias decisões, estratégias e metas. É um modelo comum em empresas adeptas do DevOps, por exemplo.
Essa configuração incentiva a colaboração, a troca de ideias e a resolução criativa de problemas, já que os times têm a liberdade de explorar diferentes abordagens.
Círculos alinhados
Aqui, a organização é dividida em círculos menores, cada um com responsabilidades específicas.
Os círculos são autogerenciados e tomam decisões coletivamente, mas estão alinhados aos objetivos gerais da empresa.
Essa estrutura promove a colaboração e a comunicação eficiente, ao mesmo tempo em que mantém a autonomia e a responsabilidade de cada círculo.
Rede de acordos individuais
Neste modelo, os colaboradores formam uma rede de acordos individuais, onde cada um negocia suas responsabilidades, metas e expectativas diretamente com seus colegas.
Isso permite que os colaboradores tenham maior controle sobre seu trabalho e desenvolvam habilidades de negociação e comunicação.
Essa abordagem requer confiança mútua e um forte senso de responsabilidade compartilhada.
É semelhante ao modelo conhecido como “holacracia”, famoso por ser implementado em empresas customer-centric como a Zappos.
Mitos relacionados à autogestão desvendados
E sim, eu sei: é difícil não se deixar levar pelo que se ouve por aí sobre o tema.
O essencial é olhar para a abordagem como um novo modelo de trabalho.
Veja bem: havia muita desconfiança sobre o home office antes — te pergunto, onde estamos agora?
Minha dica é analisar essa abordagem com um olhar mais analítico e corporativo, entendendo que cada empresa é um organismo. Um ecossistema único.
O que não funciona para o seu rival ou parceiro, pode funcionar para você!
Abaixo, eu desbanco alguns dos principais mitos relacionados ao tema, veja só:
A autogestão deixa lento o processo de tomada de decisões
Na verdade, é o contrário! Quanto mais camadas de gestão, mais lenta a tomada de decisão.
Embora possa parecer que a descentralização das decisões e a autonomia dos colaboradores possam levar a um processo menos eficiente, o resultado geralmente é o oposto.
Na verdade, esse modelo permite que as decisões sejam tomadas de maneira mais ágil, já que os colaboradores têm maior autonomia para agir e não precisam esperar pela aprovação de um superior.
Líderes não existem na autogestão
Outro mito é a ideia de que não existem líderes nesse modelo.
Na verdade, a liderança ainda desempenha um papel fundamental, mas sua natureza é diferente — lembra do que eu falei antes, sobre o líder ser um provedor de recursos? É isso mesmo!
Em vez de liderança hierárquica, baseada em cargos e autoridade, a autogestão promove a liderança distribuída, onde qualquer colaborador pode assumir um papel de liderança em um projeto ou tarefa específica.
Não existem regras na autogestão
Embora seja um modelo que dá maior liberdade e flexibilidade aos colaboradores, isso não significa que não existam regras e diretrizes a serem seguidas.
Veja bem: não falamos de anarquia, mas sim (de um pouco mais) de liberdade!
Na verdade, é essencial estabelecer expectativas claras, políticas e procedimentos para garantir que todos saibam o que é esperado deles e como suas responsabilidades se alinham aos objetivos da empresa.
A abordagem requer um equilíbrio entre autonomia e responsabilidade, garantindo que os colaboradores possam trabalhar de forma independente, mas ainda estejam alinhados aos valores e metas organizacionais.
E já que toquei no assunto de metas e objetivos, seu marketing está afiado o suficiente para entregar os melhores resultados possíveis?
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Conclusão
E na sua empresa, o autogerenciamento já é uma abordagem em prática?
Vá por mim: a autonomia pode trazer ótimos resultados para o negócio e potencializar a rotina dos gestores.
Isso porque a microgestão ocupa muito tempo e pode ser incômoda, a depender do nível praticado.
E você, o que acha do assunto? Gostou de aprender mais?
Compartilhe seu insight aqui nos comentários, vamos conversar sobre modelos de gestão? Te espero!
Perguntas frequentes sobre autogestão
O que é autogestão?
É a capacidade de um indivíduo gerenciar a si mesmo, suas atividades e responsabilidades, sem a necessidade de supervisão constante.
Quais são os benefícios da autogestão?
Melhora a inteligência emocional, pois apoia a autoconsciência e o bem-estar dos colaboradores. Aumenta a confiabilidade e a responsabilidade, pois os colaboradores cumprem suas promessas e entregam seus resultados. Reduz o estresse e a ansiedade, pois os colaboradores têm mais controle sobre seu trabalho e seu ritmo.
Como implementar a autogestão na empresa?
Essa é uma transformação cultural, única para cada empresa. No entanto, os principais passos são:
- Definir os objetivos e os resultados esperados;
- Estabelecer as regras e os limites;
- Promover a comunicação e a colaboração entre os funcionários;
- Apoiar o desenvolvimento e o aprendizado dos colaboradores;
- Utilizar as tecnologias certas para facilitar a nova abordagem.
Quais são os mitos em relação à autogestão?
Os mitos que desbanquei nesse artigo sobre autogerenciamento são que o modelo deixa a tomada de decisão lenta, que elimina a presença de líderes e que não existem regras nesta abordagem.
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