Perfil do consumidor atual: entenda como esse público se comporta

Neil Patel
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Author: Neil Patel | Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest
perfil do consumidor atual

Se eu e você estivéssemos em uma reunião, e eu te perguntasse qual o perfil do consumidor atual do seu negócio, como você me responderia?

É, eu sei, essa pergunta é traiçoeira. Primeiro que, para muitos negócios, não existe um só perfil — são vários. Variam desde influenciadores e tomadores de decisão.

Segundo: esses perfis mudam, já percebeu? Muitas vezes, mais rápido do que as empresas podem compreender.

Ou seja, o dilema sobre entender o cliente da nova era não é algo particular seu ou da sua empresa.

Os novos consumidores são indescritíveis, mas onipresentes. Imprevisíveis, mas estranhamente consistentes. E aí, quem são eles? E mais importante, o que atrai sua atenção?

Gosto de pensar nesse cenário como algo parte das Grandes Navegações que marcaram o descobrimento de vários países, como o Brasil.

Os compradores contemporâneos navegam em um oceano repleto de paradoxos de inovação e governança. Eles lutam para conduzir seus navios em meio a condições econômicas tempestuosas e encontrar uma resposta entre a forte concorrência que os cerca.

Possuem dores, vontades, desejos secretos, guilty pleasures. Personalidades. São pessoas!

E aí, como desvendar o perfil do consumidor atual, você tem a resposta? Se você ainda não tem certeza, saiba que estou aqui para te ajudar.

Quero investigar junto com você o que torna o novo cliente alguém único.

Meu objetivo é descomplicar o tema para mostrar caminhos inovadores para o seu negócio e seus esforços de marketing.

E aí, vamos lá? É só continuar a leitura!

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Por que é importante conhecer o comportamento do consumidor?

As empresas não podem mais se dar ao luxo de adivinhar, presumir ou, pior ainda, ignorar as forças por trás das ações de seus clientes. Compreender o perfil do consumidor atual não é apenas algo “preferível”, é uma necessidade — um must-have.

É sobre esse perfil que estratégias de marketing e negócios bem-sucedidas são construídas.

Vou te dar um exemplo disso.

Não sei se você se lembra, mas em 2009, a Coca-Cola mergulhou de cabeça no mundo da tecnologia e lançou uma nova linha de máquinas de refrigerante, chamadas de Freestyle.

Aqui um vídeo que mostra o funcionamento da primeira versão das máquinas:

Touchscreen, uma identidade visual mais “arredondada” e uma novidade arrebatadora: o consumidor poderia criar combinações de seus sabores preferidos.

Essa ação não foi um mero case de marketing, mas uma transformação da Coca: da clássica (e poderosa) fabricante de bebidas, para uma inovadora digital.

Veja só esta imagem de uma versão mais atual dessa máquina, que vi no Business Insider:

exemplo de campanha para perfil do consumidor atual

Tudo em uma tentativa de ressoar com o consumidor — cada vez mais experiente em tecnologia.

A Coca-Cola reconheceu que as expectativas de seu público evoluíram e deu um salto ousado.

Sabe o mais bacana? Ela provou ali que mesmo empresas centenárias podem se manter relevantes em um mercado em rápida evolução.

É claro — o budget da Coca-Cola é impensável para 99% das organizações, mas o que quero aqui é te fazer pensar.

Assim como a tecnologia forçou a Coca-Cola a se adaptar, o surgimento do consumismo consciente levou muitas empresas a mudar seu foco.

Os consumidores de hoje não estão apenas comprando um produto ou serviço, eles adquirem um propósito, uma causa, uma ideia.

Olha só, vou te contar uma coisa:

Compreender o perfil do consumidor atual não é apenas identificar quem são seus clientes hoje, mas antecipar quem eles serão amanhã.

Trata-se de se libertar dos limites de uma ideia estática e abraçar a fluidez de um perfil de cliente que vai e vem com as mudanças das marés.

Trata-se de examinar as percepções das pessoas, identificar os padrões, as transformações, os tremores sutis que sinalizam uma mudança e adaptar sua estratégia de negócios de acordo.

A palavra-chave aqui é adaptação. Acostume-se a ela — ou melhor, adapte-se.

Como é o perfil do consumidor atual?

como é o perfil do consumidor atual

O perfil do consumidor atual continua a evoluir. Na verdade, é algo que não para de mudar.

E com a digitalização, mudanças culturais e sociais, espere por transformações ainda mais intensas. 

Porém, fora das definições mais básicas, espere sempre por alguém que se considera um avaliador experiente, um observador consciente e um participante ativo em sua jornada de compra.

Predominantemente parte da geração dos Millennials e, a partir de hoje cada vez mais, da Geração Z, esses clientes cresceram na era da informação, com o mundo literalmente ao seu alcance.

Aqui está um mergulho mais profundo nas principais características do novo perfil de consumidor:

Procura soluções na internet

O perfil do consumidor atual vive e respira no espaço online — algo que você não deve duvidar, né?

Um estudo do Pew Research Center indica que 93% dos Millennials possuem smartphones e estão mais propensos a usar a internet em comparação com as gerações mais velhas.

Esse lugar é a fonte de soluções para a maioria deles — quer estejam procurando um produto, serviço ou simplesmente dicas para resolver um problema.

Inclusive, é uma das características que definem o conceito de consumidor 4.0.

Para as empresas, isso se traduz em uma ênfase maior no aprimoramento de sua presença online.

As empresas que podem aproveitar esse cenário digital — por meio de sites, SEO, marketing de conteúdo e redes sociais — têm uma chance melhor de capturar a atenção desse cliente em potencial.

Quer comprar com agilidade e zero burocracia

Graças à digitalização de tudo, o perfil do novo consumidor espera que suas transações sejam perfeitas, eficientes e sem complicações.

Vi no Google que a probabilidade de usuários deixarem seu site atinge 32% quando o tempo de carregamento aumenta de um para três segundos.

Para essas pessoas, o tempo é essencial e não há paciência para lidar com barreiras técnicas, burocráticas ou mesmo processos complicados. Conveniência é a chave.

Compara diferentes marcas e avalia o custo-benefício

Os consumidores de hoje são informados, educados e experientes em fazer comparações.

Ou seja, você provavelmente deve saber disso, pois também compartilha essa característica: anúncios chamativos ou promessas vazias não encantam tão facilmente.

Li em um estudo da Chain Store Age, que 81% dos consumidores realizam pesquisas online antes de fazer uma compra.

Não é uma novidade, certo? É comum hoje fazermos todo um ritual antes de fechar uma compra: comparar marcas, avaliar os recursos oferecidos, ler reviews e ver vídeos de análise do item e, assim, avaliar o custo-benefício.

O que eu quero dizer? Seja autêntico.

O consumidor moderno valoriza marcas que são abertas sobre seus preços, honestas sobre suas ofertas e francas sobre quaisquer limitações potenciais.

Não quer ser bombardeado por propagandas

Você e eu fazemos parte do novo perfil do consumidor atual. Por isso, posso afirmar com toda tranquilidade: a gente detesta ser inundado por propagandas.

Falamos muito sobre conteúdo aqui no blog — e eu falo bastante sobre o tema nos eventos que sou convidado —, mas o fato é: há cada vez mais conteúdo por aí.

Notificações push, e-mails, anúncios em redes sociais, comerciais de TV, blogposts, ads nos buscadores… É uma enxurrada.

No caso aqui dos EUA, já li dados como este divulgado pela Forbes, que o cidadão comum vê, em média, de 4 mil a 10 mil ads em um único dia.

Tudo isso tem suas consequências.

Sabe aquela conversa de que, com o passar dos tempos, médicos ficam dessensibilizados com machucados ou situações de luto porque lidam com isso diariamente?

É algo nesses moldes: um fenômeno conhecido como “fadiga do anúncio” (ou ad fatigue), em que os consumidores ficam dessensibilizados aos anúncios.

Na verdade, enquanto lia um artigo da HubSpot, me deparei com um dado um tanto alarmante sobre isso: 91% das pessoas acreditam que os anúncios são mais intrusivos hoje do que há dois ou três anos.

Mas calma lá: não estou falando que a publicidade é uma causa perdida.

Em vez disso, o que eu quero é sinalizar a necessidade de criar estratégias mais inteligentes, direcionadas e personalizadas.

Os consumidores modernos apreciam a relevância — anúncios que entendem suas necessidades, preferências e pontos problemáticos. Eles querem que as marcas ofereçam valor, não apenas um pitch de vendas.

Quer se sentir parte de uma comunidade

A ideia de comunidade sofreu uma profunda transformação na era digital.

O perfil do consumidor atual quer mais do que um relacionamento transacional com as marcas. Eles buscam um sentimento de pertencimento, um grupo que compartilhe seus valores, interesses e aspirações.

Por quê? Muitas vezes, o motivo vai além do mercadológico.

Por exemplo, considere este cenário: e se eu te dissesse que quase a metade de um país com mais 300 milhões de habitantes se considera solitária?

É o que diz um estudo da Cigna sobre os Estados Unidos: 47% dos americanos dizem se sentir solitários às vezes ou sempre.

As marcas são capazes de oferecer um senso de comunidade e conexão que ajudam as pessoas a preencher essa lacuna.

O perfil do consumidor atual pode ser desenhado por essas características, mas também pelo entendimento de que eles são mais do que linhas em uma planilha: são pessoas.

Eles querem se sentir ouvidos, vistos e valorizados.

Quais fatores influenciam o comportamento do consumidor atual?

o que influencia o comportamento do consumidor atual

Quais fatores influenciam o comportamento atual do consumidor?

Quais alavancas nós, marqueteiros, precisamos empurrar ou puxar para desvendar a evolução do comportamento do consumidor?

O primeiro ponto é entender esse cliente como uma pessoa.

E da mesma maneira que qualquer um — eu, você, nossos pais — possui complexidades, seu cliente também. Aqui, gosto de aplicar uma perspectiva que divide o perfil do consumidor em 4 fatores: pessoais, culturais, psicológicos e sociais.

Explico cada um em detalhes:

Pessoais

Fatores pessoais são características individuais que moldam o comportamento de compra de uma pessoa.

Isso inclui aspectos como idade, ocupação, estilo de vida, personalidade e situação econômica.

Lembra o dado que citei antes, sobre os Millennials serem mais propensos a comprarem online? Existe outro estudo interessante que mostra que, ao contrário dos Millennials, os Zoomers — ou melhor, 60% deles — querem mudar o mundo.

Culturais

Fatores culturais referem-se ao impacto de valores, normas e crenças culturais nas decisões de compra de um consumidor.

De acordo com a Harvard Business Review, cada vez mais os consumidores estão favorecendo marcas que se alinham com seus valores culturais e ideais sociais.

Eles estão mais dispostos a apoiar empresas que defendem questões sociais, demonstram inclusão e contribuem positivamente para o meio ambiente.

Psicológicos

Esses fatores dizem respeito a como os processos cognitivos de um consumidor afetam seu comportamento de compra.

Isso pode incluir sua percepção, motivação, crenças e atitudes.

A influência de fatores psicológicos pode ser vista nas descobertas do 2019 Trust Barometer da Edelman Research.

O estudo revelou que 81% dos consumidores concordaram que precisam confiar na marca para fazer o que é certo antes de fazer uma compra.

Sociais

Aqui, falo da influência das interações sociais e da dinâmica de grupo nas decisões de compra do consumidor.

Pode incluir o impacto da família, amigos, influenciadores de redes sociais, entre outros.

Em um relatório da Nielsen, li que 83% das pessoas confiam mais nas recomendações de amigos e familiares quando se trata de fazer uma compra.

Compreender essas influências no comportamento do consumidor ajuda as empresas a adequar suas estratégias e comunicação de forma mais eficaz, o que, por sua vez, aprimora sua conexão com os consumidores e promove a fidelidade à marca.

Como se preparar para os consumidores atuais?

como se preparar para os consumidores atuais

Se os consumidores evoluem, é de se esperar que nós também.

E por nós, eu falo de quem gerencia o setor de marketing ou tem algum peso na tomada de decisões na comunicação de um negócio.

O principal é: adaptar e realinhar é crucial.

Mas como fazê-lo? Te entrego um breve roteiro para guiar sua jornada:

O consumidor é rei

Para conquistar o mercado atual, concentre suas estratégias de negócios no consumidor — seja customer-centric.

Assim, mergulhe em suas necessidades, desejos, valores, medos e adapte suas ofertas de acordo.

Utilize ferramentas como Google Analytics e SurveyMonkey para explorar essa psique do cliente e entender como atingi-lo.

Digital-first

O espaço digital é onde seus consumidores prosperam. Faça questão de acompanhar essa transformação.

Invista em um site compatível com dispositivos móveis, uma presença online sólida e o uso inteligente de estratégias de marketing digital.

Capriche e se aprofunde em SEO, marketing de conteúdo, estratégias para redes sociais e mais.

Explore o Ubersuggest, Moz, SEMRush e HubSpot para ficar por dentro das tendências de marketing digital, descobrir palavras-chave relevantes e lapidar seu conteúdo.

Invista em relacionamentos genuínos

O perfil do consumidor atual anseia por experiências autênticas e personalizadas.

Crie uma história de marca atraente, envolva-se ativamente nas mídias sociais ou faça parceria com influenciadores que refletem os valores de seu público.

Aqui, o branding e o atendimento podem fazer toda diferença — essa é a hora que eu recomendo que você leia meu guia sobre omnichannel.

Defenda uma causa

A união de valores compartilhados pode consolidar seu relacionamento com os consumidores.

Seja defendendo a sustentabilidade ou apoiando questões sociais, uma abordagem orientada por um propósito pode fazer sua marca se destacar.

Marcas como a Patagonia, Ben & Jerry’s e outras dão um show nesse aspecto: integrar causas sociais aos seus negócios.

Aqui, uma indicação diferente: leia “Good is the New Cool”, escrito por Afdhel Aziz, para ter uma compreensão mais profunda e evergreen do assunto, combinado?

(Se o fizer, volte nos comentários para me dizer o que achou!)

E lembra do que eu falei lá no começo? Tenho o complemento ideal para este artigo que você leu: um e-book com as principais estratégias de marketing digital. Ainda não baixou? Aproveite, é gratuito!

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Conclusão

Não há escapatória: você precisa compreender o perfil do consumidor atual.

Clientes hoje possuem expectativas que vão além de preço e produto — o que obriga as empresas a realinhar suas estratégias com o cenário de mercado em evolução.

E pense bem:

Em uma arena competitiva onde agilidade, inovação e tempo de resposta ao mercado são essenciais, onde está a real vantagem? Meu take: em entender e atender às complexas necessidades e valores de seu consumidor.

O perfil de quem compra do seu negócio é diverso e dinâmico, por isso, conhecer o seu perfil e comportamentos é o elo vital para impulsionar o crescimento do seu negócio.

Nesse sentido, te peço o seguinte: vá além do óbvio, valorize a singularidade do seu cliente e deixe-o guiar sua estratégia.

E aí, ficou com alguma dúvida? É só deixar nos comentários aqui embaixo.

Até a próxima!

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Neil Patel

About the author:

Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest

Ele é o co-fundador da NP Digital. O The Wall Street Journal o considera como influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado. O Neil é um autor best-seller do New York Times e foi reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos pelo presidente Obama e como um dos 100 melhores até 35 anos pelas Nações Unidas.

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