Humanização das marcas: como criar conexões reais e crescer com mais consistência

Neil Patel
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Author: Neil Patel | Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest
Published maio 19, 2025

Você já parou para pensar por que algumas marcas conseguem errar, atrasar, vacilar… e mesmo assim continuam sendo amadas?

Não é porque elas são perfeitas. É porque elas são humanas. 

humanização das marcas

E o público sente isso, ok?

Enquanto muita marca gasta fortuna tentando parecer inovadora, disruptiva ou viral, as que realmente geram valor no longo prazo fazem outra escolha: se posicionam como alguém com quem vale a pena se relacionar.

A verdade é que hoje o consumidor não quer só produto. Ele quer proximidade, conversa, posicionamento. 

E se a sua marca não entrega isso, vira ruído. 

Vira mais do mesmo.

Neste conteúdo, eu vou te mostrar por que a humanização das marcas deixou de ser uma tendência e virou necessidade.

E mais: como implementar isso na prática, sem depender de verbas gigantes ou fórmulas forçadas.

Porque se as pessoas não conseguem se conectar com a sua marca, elas também não vão confiar nela. Sem confiança… não tem venda, não tem defesa, não tem crescimento!

Então vem entender melhor isso!

O que você vai ver nesse texto:

  1. Humanização de marca é estratégia para gerar conexão, confiança e resultado.
  2. Marcas que agem como pessoas constroem vínculos mais duradouros e engajam com mais consistência.
  3. Uma brand persona bem definida ajuda o público a se identificar com o que sua empresa representa.
  4. Humanizar exige escuta ativa, coerência entre discurso e prática, e disposição para o relacionamento.
  5. Se o consumidor confia em quem está por trás da marca, ele compra, volta e ainda recomenda!

O que é humanização das marcas?

A humanização das marcas significa dar a ela uma personalidade real, com valores, atitudes e voz própria. É mostrar que, por trás do CNPJ, existe gente. 

E mais: que existe intenção, empatia e presença, não só venda.

A humanização se traduz quando a marca se comunica como uma pessoa (e não como um manual), ouve seu público (em vez de só empurrar campanhas) e tem posicionamento (e não só produtos).

Mas atenção: não se trata de parecer “fofa” ou “descolada”. Humanização é uma escolha estratégica para construir confiança, gerar identificação e, sim, vender mais.

Ela começa com perguntas como:

  • Qual o tom da nossa marca?
  • O que ela defende?
  • Que tipo de relação queremos com o público?

E quando você responde a essas perguntas com clareza, a comunicação flui, o conteúdo ganha força e a marca vira mais do que uma oferta: ela vira uma presença na vida das pessoas.

Por que a humanização das marcas é importante?

marcas humanas

Porque marca fria não engaja. E, pior, marca que não engaja vira commodity.

Em um cenário onde a população brasileira é a terceira mais ativa nas redes sociais do mundo e, independentemente do país, o consumidor é protagonista da própria jornada, a lógica é simples:  as pessoas não querem falar com empresas, mas sim com outras pessoas.

E aqui vai a verdade: se sua marca não parece próxima, ela não entra na conversa!

A humanização é o que transforma uma empresa “ok” em uma marca memorável.  Ajuda a criar vínculo, construir reputação, gerar empatia e, obviamente, facilitar a venda.

Ela é importante porque:

  • Faz a marca ser percebida como confiável, não genérica;
  • Ajuda a manter clientes por mais tempo, porque a relação não é só transacional;
  • Traz mais liberdade criativa na hora de produzir conteúdo que engaja;
  • E principalmente: abre espaço para você mostrar o que sua marca acredita, defende e valoriza.

Se o consumidor se identifica com a marca, ele não só compra, mas defende, compartilha, perdoa e recomenda.

É aí que branding e performance se encontram. 

E ó, que fique bem claro: a humanização das marcas não substitui um bom produto e nem um bom atendimento, viu? Mas ela abre a porta para que tudo isso chegue mais longe, com confiança, vínculo e recorrência.

Quais são as características de uma marca humanizada?

Nem toda marca que posta meme é humanizada. Nem toda empresa que escreve “oii com 2 i’s” no Instagram tem conexão com o público.

A humanização de verdade vai além do estilo de comunicação. Ela exige coerência, identidade clara e disposição para o relacionamento.

Aqui estão os pilares que sustentam uma marca verdadeiramente humanizada:

1. Personalidade consistente

Toda marca humanizada tem traços reconhecíveis — como se fosse uma pessoa com atitudes, gostos e formas de se expressar. Isso se chama brand persona: um conjunto de atributos que guiam como a marca fala, age e reage em qualquer situação.

A Netflix é o melhor exemplo disso. Como mostrou esse estudo aqui, a marca “fala” com seu público como se fosse uma amiga sarcástica, sensível e pop. 

E mais: os usuários reagem como se estivessem conversando com uma pessoa real. Isso é antropomorfização em ação e dá muito certo!

2. Capacidade de se emocionar (e provocar emoção)

Marcas humanizadas têm coragem de mostrar vulnerabilidade, empatia, afeto. Não fingem perfeição — mostram que estão aprendendo. 

E, por isso, geram identificação.

Muitos pesquisadores afirmam que essa troca emocional é o que constrói lealdade verdadeira.

3. Voz ativa (mas com escuta)

Ser humanizada não é falar mais e sim falar com mais intenção. E, acima de tudo, saber ouvir.

Marcas que respondem, acolhem feedbacks, adaptam suas ações com base no diálogo, criam um ciclo virtuoso: quanto mais escutam, mais acertam. Quanto mais acertam, mais se conectam.

4. Alinhamento entre discurso e prática

Não adianta se posicionar por diversidade no Instagram e ter um conselho 100% homogêneo. A humanização não sobrevive à incoerência.

Quando os valores da marca são vividos internamente e percebidos externamente, a conexão é autêntica. 

Quando são apenas slogans de campanha… vira ruído.

Como implementar uma estratégia de humanização das marcas?

estratégia de humanização das marcas

Humanizar uma marca não é colocar emoji no post. É reconhecer que você está falando com pessoas  e agir como uma.

Abaixo, separei cinco frentes para colocar essa ideia em prática de forma estratégica!

Defina valores e propósito da marca

Antes de querer parecer mais humana, sua marca precisa saber quem ela é e o que defende.

Sim!

Isso para por perguntinhas como:

  • Quais são os valores que guiam suas decisões?
  • Qual transformação você quer provocar nas pessoas que usam seu produto ou serviço?
  • O que a sua marca jamais faria, mesmo que desse resultado?

Essas respostas precisam estar claras para todo o time — porque é isso que vai sustentar a narrativa em todos os canais.

Adote uma comunicação autêntica

Fale como gente. Mas fale como você

Não adianta copiar o tom da Netflix ou do Nubank se sua marca não tem essa personalidade, né?

Autenticidade não é sobre “parecer simpática”. Na verdade, diz sobre transmitir verdade no jeito de falar, de responder, de se posicionar.

Isso vale para redes sociais, e-mails, atendimento, campanha de mídia. Tudo comunica.

Mostre às pessoas por trás da marca

Quem toca o dia a dia aí dentro? Quem atende? Quem cria os produtos?

Mostrar rostos, bastidores e histórias reais cria empatia imediata, especialmente em segmentos onde o relacionamento é parte do processo (como jurídico, financeiro, educação, saúde…).

Você não precisa inventar nada… o que acontece já está aí dentro, nos bastidores da operação.

Crie conexões

Saber conversar mais. 

Ouvir comentários. 

Responder com contexto. 

Entrar em trends que façam sentido para sua marca. 

Compartilhar dores e conquistas do seu público.

Quando você faz tudo isso, você cria conexão. Daí, só ganhos: sua marca para de disputar atenção e começa a conquistar espaço na rotina das pessoas!

Invista em storytelling

Toda marca tem algo pra contar, mas nem toda marca sabe como.

O storytelling humaniza porque dá vida aos dados, aos bastidores, aos produtos e até aos valores. Ou seja, você pode mesclar as dicas aqui, muitas vezes.

É a história que transforma um case técnico em uma conquista, um atendimento bem feito em um exemplo inspirador, um colaborador em protagonista.

E, veja bem: histórias são 22 vezes mais memoráveis ​​do que fatos isolados. 

Quem diz isso é quem estuda: segundo Jennifer Aaker, professora de marketing da Escola de Administração de Empresas de Stanford, elas são muito mais eficazes para causar uma impressão duradoura do que apenas fatos e números. 

Quando as pessoas ouvem uma história, é mais provável que se lembrem dela e da marca a ela associada.

Então, se você fizer bem, gera lembrança. E, claro, lembrança vende.

Erros comuns ao tentar humanizar uma marca

Se tem uma coisa pior do que parecer genérica, é parecer forçada. Pelo menos, eu acho!

Muita marca erra feio na hora de tentar se aproximar do público. A intenção até é boa, mas a execução compromete a imagem e afasta justamente quem se queria atrair.

Veja os deslizes mais comuns — e evite cair nessas armadilhas.

Focar só em memes e informalidade

Humanização não é sinônimo de piada ou linguagem “descolada”. Se o seu público espera sobriedade e confiança, usar gírias só vai soar deslocado.

Humanizar é comunicar com empatia e verdade, não fazer graça a qualquer custo.

Forçar um tom que não combina com a marca

Tem marca que tenta copiar o estilo de outras, achando que isso vai trazer engajamento. Mas o que funciona para uma fintech pop pode não fazer sentido para uma empresa de software jurídico, por exemplo.

A humanização precisa refletir a essência da marca, não o hype da vez, né?

Se posicionar só quando dá like

Outra armadilha é aparecer em datas comemorativas ou causas sociais só por engajamento. O público percebe quando há oportunismo e desconecta rápido, viu?

Então, se a marca não sustenta a pauta no dia a dia, o silêncio pode ser mais coerente que o post.

Ser incoerente entre discurso e prática

De nada adianta uma comunicação acolhedora se o atendimento é frio.

Ou se a marca fala de diversidade, mas não pratica internamente.

Incoerência gera desconfiança e, bom, confiança é a base de qualquer marca humanizada.

Exemplos de marcas humanizadas

exemplos de marcas humanizadas

Humanizar uma marca vai muito além de responder com emoji ou ter um mascote simpático. 

O que realmente diferencia essas marcas é a consistência entre discurso, prática e percepção. 

E, principalmente, que essa humanização contribui para reputação, retenção e preferência de compra.

Aqui estão alguns exemplos mais densos e o que a gente pode aprender com cada um.

1. Netflix Brasil: narrativa contínua e personificação

A Netflix é um case de sucesso estudado a fundo!

Ela criou uma persona que não só fala como uma pessoa, mas constrói um arco narrativo próprio nas redes sociais. Ela tem medos, vontades, dias bons e ruins. 

E, por isso, gera identificação emocional com o público!

O que ela ganha com isso é um nível de engajamento tão alto que muitos usuários comentam como se estivessem falando com uma amiga. 

Esse vínculo constante não é só “engraçadinho”: ele contribui para recorrência de uso, fidelidade à plataforma e relevância mesmo fora de campanhas pagas.

Aprendizado aqui: consistência de tom + escuta ativa + construção de personagem ao longo do tempo podem transformar uma marca em presença afetiva.

2. Nubank: empatia no atendimento e posicionamento firme

Além da comunicação leve, o Nubank apostou desde o início em atendimento humanizado, com agentes reais, que assinam com nome próprio e resolvem com autonomia.

Nos últimos anos, também assumiu posturas públicas sobre inclusão, diversidade e práticas ESG — sem esperar o timing perfeito. Isso reforça a autenticidade da marca.

Mesmo em momentos de crise (como instabilidades na plataforma), o tom direto e transparente ajudou a reduzir desgaste de imagem e manter a confiança da base.

Aprendizado aqui: humanização começa no atendimento e se consolida no posicionamento. E isso impacta diretamente métricas como NPS e churn.

3. Sallve: construção coletiva e vulnerabilidade como ativo

A Sallve envolve a comunidade em todas as etapas do produto — desde o desenvolvimento até os testes e feedbacks pós-lançamento.

Ela mostra bastidores, compartilha erros e expõe processos. Não para parecer transparente, mas porque de fato trata os clientes como parte da marca.

Esse modelo colaborativo, combinado com uma linguagem simples e acolhedora, fez a marca conquistar uma base fiel, engajada e disposta a defender a empresa mesmo quando algo dá errado.

Aprendizado aqui vulnerabilidade, quando bem comunicada, fortalece a conexão. Mostrar o processo é mais poderoso do que mostrar só o resultado.

4. Duolingo Brasil: storytelling serializado e engajamento orgânico

O Duolingo é mais do que um app de idiomas. É o Duo, o passarinho verde!

Nas redes sociais, especialmente no TikTok, a marca criou uma narrativa contínua em torno da mascote Duo — ah, também tem a Lily e outros personagens —, com tramas que envolvem, além de mortes (SIM!), tretas internas, crushes e meme, tudo isso com o público participando como parte da história.

O resultado?

  • Engajamento que supera gigantes de varejo e streaming,
  • Interações que partem dos usuários de forma espontânea,
  • E um conteúdo que mistura humor, empatia e construção de comunidade.

Isso rendeu e ainda rende prêmios para a marca, como 2 anos seguidos ganhando categorias no TikTok Awards!

Aprendizado aqui: quando a marca deixa de se vender e passa a entreter, dialogar e contar histórias, ela conquista espaço legítimo na rotina do consumidor — e isso abre portas para qualquer estratégia futura, seja de retenção, upsell ou awareness.

Marcas precisam ser humanas

No fim das contas, a humanização não é uma escolha estética. 

É uma escolha estratégica.

Marcas que se comunicam como gente são mais lembradas, mais indicadas e mais defendidas. Elas criam vínculos reais, constroem reputação ao longo do tempo e geram valor mesmo quando não estão vendendo.

E o melhor: isso não é exclusividade de grandes empresas. Humanizar não exige orçamento milionário. O que exige mesmo é clareza de valores, consistência de voz e disposição para se relacionar de verdade.

Se você está em um mercado competitivo, com orçamento enxuto e pressão por resultado (e sei que está), talvez a vantagem competitiva que falta seja essa: mostrar mais o que sua marca sente, acredita e valoriza.

Porque antes de confiar no seu produto, o cliente precisa confiar em quem está por trás dele.

E marca nenhuma gera confiança se parecer só mais uma, né?!

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Neil Patel

About the author:

Co Founder of NP Digital & Owner of Ubersuggest

Ele é o co-fundador da NP Digital. O The Wall Street Journal o considera como influenciador top na web. A Forbes diz que ele está entre os 10 melhores profissionais de marketing e a Enterpreuner Magazine diz que ele criou uma das 100 empresas mais brilhantes do mercado. O Neil é um autor best-seller do New York Times e foi reconhecido como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos pelo presidente Obama e como um dos 100 melhores até 35 anos pelas Nações Unidas.

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