Desde o início, foi o Estados Unidos que liderou o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA). Agora, a China entra na disputa com uma plataforma que parece ter balançado legal o mercado: DeepSeek.
Com menos de 2 meses de “vida”, ela já é vista como uma grande promessa desse setor — principalmente depois da publicação de um artigo científico que chamou atenção pelo modo que ela foi construída.

E assim, parece que o modelo chinês de IA está se preparando para briga de cachorro grande com os gigantes Nvidia, Google e Open AI.
E onde a gente entra nisso?
Como telespectador, mas também como usuário.
Afinal, o que há de bom nessa nova plataforma e o que podemos usar a nosso favor?
A resposta estará nas próximas linhas!
Então, se você está interessado nessa novidade e no seu potencial, está no lugar certo.
Vou apresentar os principais pontos sobre essa nova tecnologia e o que sabemos até agora sobre ela!
Pontos-chave do texto:
- O que é a DeepSeek e como ela funciona? – uma IA chinesa de código aberto, eficiente e acessível, com potencial disruptivo no mercado global;
- Por que a plataforma está causando repercussão? – baixo custo de desenvolvimento, crescimento rápido e impacto nas big techs.
- Principais vantagens e inovações – open-source, acessibilidade, personalização e independência das big techs ocidentais.
- Desafios e limitações – problemas de segurança, censura política e dúvidas sobre seu verdadeiro alcance global;
- Expectativas para o futuro do chatbot – potencial para atrair grandes investimentos e redefinir a concorrência global em IA.

O que é a DeepSeek?

O DeepSeek é uma empresa de inteligência artificial fundada em 2023, com sede na China, que tem como objetivo principal o desenvolvimento de AGI (Inteligência Artificial Geral, ou Artificial General Intelligence).
A AGI é um tipo de IA que busca replicar a capacidade humana de aprender, raciocinar e aplicar conhecimento em diversas áreas, indo além das IAs especializadas que temos hoje.
Essas palavras acima, assim como já perguntei ao Chat GPT, são a explicação da própria plataforma sobre si mesma.
Em janeiro de 2025, a Deep Seek lançou seu primeiro aplicativo de chatbot gratuito (o da imagem acima), baseado no modelo DeepSeek-R1, disponível para iOS e Android.
E o alvoroço foi grande: em menos de um mês, o aplicativo superou o ChatGPT como o aplicativo gratuito mais baixado na App Store dos Estados Unidos.
Como funciona a DeepSeek?
A DeepSeek funciona a partir da open source. Enquanto muitas gigantes da tecnologia tem seus modelos fechados, ela foi na contramão e apostou na transparência e na colaboração.
Em outras palavras, significa que o código-fonte e os modelos desenvolvidos são disponibilizados publicamente para os usuários.
As licenças open source geralmente seguem os princípios do movimento, como a GNU General Public License (GPL) ou a Apache License, que permitem que o software seja livremente utilizado, modificado e compartilhado, desde que certas condições sejam atendidas — como a atribuição de crédito aos autores originais.
Além disso, a empresa mantém repositórios públicos em plataformas como GitHub ou GitLab, onde os projetos são hospedados e gerenciados.
Segundo a empresa, ainda, ela conta com um modelo de linguagem mais avançado, o DeepThink-R1 e usa um cluster de mais de 2 mil chips Nvidia para treinar seu modelo V3.
Ou seja, bem mais simples que as dezenas de milhares de chips que normalmente são usados para treinar modelos desenvolvidos pelas concorrentes ocidentais.

Dá para ver mais detalhes comparativos na home do site da DeepSeek
E, pensando a longo prazo, talvez, essa jogada de código aberto pode mudar o jogo da inteligência artificial para sempre.
Mas calma aí!
Se tudo é open source, isso não significa que qualquer um pode simplesmente copiar e sair lucrando em cima?
Na teoria, sim, mas a Deep Seek aposta que a inovação colaborativa vale mais do que manter segredos.
E essa abordagem já está dando resultado: empresas que antes estavam presas a modelos pagos agora podem desenvolver soluções personalizadas sem depender de big techs.
E tem mais: o modelo da Deep Seek pode rodar localmente, o que reduz a dependência de servidores e garante mais privacidade para usuários e empresas.
Por que esta IA chinesa tem gerado repercussão nas últimas semanas?
As razões disso são muitas, mas a principal diz respeito ao investimento baixo e operação com menos recursos do chatbot chinês de código aberto.
Lembra do artigo que falei lá em cima?
Bom, a empresa chamou atenção ao escrever que o treinamento da Deep Seek-V3 exigiu em poder de computação dos chips Nvidia H800 um valor abaixo de US$ 6 milhões.
Isso mesmo, U$ 6 milhões contra os US$ 100 milhões estimados para o treinamento do GPT-4 só em 2023. É uma diferença gritante e que vai ao encontro do discurso de “quanto mais investimento melhor” que tinha se estabelecido em torno de IAs.
A grande consequência, e bastante imediata, foi na bolsa de valores.
Todo o frenesi fez com que as ações das 7 grandes empresas de tecnologia das Bolsas norte-americanas, ou “big techs”, apresentaram quedas relevantes (NVIDIA: −17%, MICROSOFT: −7% e META: −5%, por exemplo).
Pouco tempo depois de abalar o mundo da tecnologia de forma profunda e inesperada, a OpenAI também alegou que a Deep Seek utilizou seu modelo de inteligência artificial para treinar o chatbot rival.
E, no topo disso, uma investigação do site especializado SemiAnalysis sugeriu um valor de investimento bem maior do que o informado.
Segundo a apuração, a Deep Seek teria, na verdade, investido mais de US$ 1,6 bilhão e opera com 50.000 GPUs baseadas na arquitetura Hopper, da Nvidia.
Tudo isso coloca em cheque a economia de desenvolvimento dessa IA e dá continuidade, quer gostemos ou não, a disputa tecnológica entre EUA e China.
Afinal, a DeepSeek ameaça o atual mercado de IAs?

Claro que o tópico DeepSeek vs ChatGPT é o grande debate aqui.
A empresa chinesa pode não tomar o lugar do Chat GPT (e ninguém pode afirmar nada até agora), mas, sem dúvidas, pressiona seu concorrente a criar alternativas.
O “efeito DeepSeek” já fez com que a Open AI se movimentasse em pouquíssimo tempo: a empresa criou uma nova funcionalidade da plataforma, chamada ‘deep research’ — em parceria com o SoftBank japonês.
O que ela faz?
Pesquisa, analisa e sintetiza centenas de fontes on-line para produzir um relatório completo em nível de um analista de pesquisa, segundo a criadora do ChatGPT.
Essa nova ferramenta, inclusive, consegue fazer, em alguns minutos, “o que um ser humano levaria muitas horas”.
E não foi só isso que a concorrente fez. Ela também liberou o modelo de inteligência artificial o3-mini gratuitamente para usuários do ChatGPT.
Só com esses exemplos já dá pra entender que a força da DeepSeek é considerável e capaz de fazer com que as coisas mudem rapidamente (assim como sempre é no universo da IA!).
Vantagens e inovações da DeepSeek
Além do código aberto, que é a principal vantagem desse chatbot chinês, o fato de ser totalmente gratuito também chama bastante atenção para a plataforma.
Empresas podem verificar como os dados são processados e ajustar o modelo conforme suas necessidades e ainda gratuitamente.
Ainda que o custo real do investimento em si seja discutível, os grandes modelos proprietários custam uma fortuna para serem utilizados em escala.
A DeepSeek, por ser open source, elimina essas taxas abusivas e democratiza o acesso à IA avançada. Pequenas empresas e startups agora têm uma alternativa poderosa sem depender das big techs.
E tudo isso gera uma baita concorrência.
Falando nisso, olha o que aparece logo na entrada do site:

Também não posso deixar de mencionar que o chatbot aparece como uma solução robusta para empresas e governos que querem reduzir sua dependência de soluções ocidentais, quase como uma forma de soberania tecnológica.
Finalmente, o open source não significa apenas que a IA é acessível. Significa que ela pode ser moldada como um terno sob medida.
Empresas podem treinar a Deep Seek com seus próprios dados, criando soluções ultra-personalizadas sem depender de APIs fechadas e caras.
Ele permite criar muita coisa — e o marketing pode aproveitar muito bem.
Quer criar um chatbot que realmente entende seu cliente? Dá.
Precisa automatizar análises de dados complexas? Sem problema.
Quer produzir conteúdo, gerar insights de mercado ou até mesmo desenvolver um assistente virtual do zero? Também pode!
Sem falar de todo o lado de programação possível, né?
Para exemplificar algumas das coisas que dá para fazer nessa plataforma, indico essa thread bem legal no twitter:
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Adeus ChatGPT<br><br>Faz apenas 7 dias que o DeepSeek R1 foi lançado e o mundo já está impressionado com seu potencial.<br><br>20 exemplos de cair o queixo:<br><br>(Não perca o quinto) <a href=”https://t.co/vuZKM3yPVP”>pic.twitter.com/vuZKM3yPVP</a></p>— Artur Alves (@lebigh_official) <a href=”https://twitter.com/lebigh_official/status/1884341242907041870?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 28, 2025</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Limitações deste novo chatbot chinês
Onde tem ganho, pode ter perda.
E esse é o caso da DeepSeek. Apesar das inovações, há polêmica envolvidas, principalmente quanto à segurança e censura.
Posso começar falando sobre esse primeiro ponto.
Uma pesquisa da Cisco, em parceria com especialistas da Universidade da Pensilvânia, resolveu testar a segurança da DeepSeek R1 e o resultado?
Alerta vermelho!
Usando técnicas avançadas de jailbreak algorítmico, a IA chinesa foi submetida a 50 prompts maliciosos do HarmBench, um benchmark aberto para avaliar ataques em LLMs.
E adivinha? Ela falhou em bloquear todos.
Isso significa que, diferente de outros modelos que pelo menos tentam resistir a ataques, a DeepSeek simplesmente entregou tudo de bandeja, com uma taxa de falha de 100%.
Então, nada confiável alimentar a inteligência com informações valiosas e sensíveis, ok?
Em um mercado onde segurança é prioridade, essa vulnerabilidade pode custar caro para a DeepSeek. Afinal, de nada adianta uma IA superpoderosa se qualquer um pode hackeá-la em segundos.
Somado a isso, logo após bombar a novidade e ficar no top 1 de apps mais baixados, a Deep Seek relatou um ataque cibernético em larga escala.
Em consequência do ataque, a empresa suspendeu temporariamente o cadastro de novos usuários e continua passando por dificuldades nesse sentido.
Agora, há mais um ponto de muita atenção que eu não posso ignorar.
Quando o assunto toca em temas que o Partido Comunista Chinês considera sensíveis, o chatbot ou repete as narrativas oficiais de Pequim ou simplesmente se cala.
A DW testou a IA em chinês e inglês e encontrou exatamente isso: um sistema poderoso, mas com limitações claras quando desafiado sobre temas políticos.
Ou seja, enquanto a Deep Seek pode surpreender em capacidade técnica, ele ainda opera dentro das regras rígidas da China – e isso pode ser um problema para quem busca respostas imparciais.
E aí, diante de tantas controvérsias, a Austrália foi um dos primeiros países a banir serviços de IA da DeepSeek de todos os sistemas e dispositivos do governo.
O que pode se tornar uma tendência daqui em diante também.
Expectativas quanto ao futuro da DeepSeek
DeepSeek já mostrou que tem potencial para competir com os gigantes da IA, mas o futuro da plataforma ainda levanta algumas questões importantes.
Por exemplo, expansão global ou limitação geopolítica? A tecnologia é promissora, mas as restrições políticas da China podem impedir que a IA se torne realmente competitiva fora do país.
A censura em tópicos sensíveis pode ser um fator decisivo para sua adoção internacional.
Depois das descobertas sobre vulnerabilidades, espera-se que a plataforma reforce seus sistemas para evitar ataques e melhorar a confiabilidade do modelo.
Afinal, um chatbot que falha em bloquear conteúdos nocivos perde credibilidade rapidamente.
No entanto, seu modelo open-source continua sendo um grande diferencial, permitindo que desenvolvedores e empresas aprimorem a IA conforme suas necessidades.
E você pode estar se perguntando: “se tudo é de graça, como a empresa chinesa consegue fazer dinheiro com isso, Neil?”
A DeepSeek deve apostar fortemente na captação de investimentos para impulsionar seu crescimento.
Afinal, já demonstrou que pode entregar resultados impressionantes com menos recursos do que as gigantes da IA – e isso, por si só, já é um grande atrativo para investidores.
Esse movimento não apenas coloca a DeepSeek no radar, mas também obriga as big techs a repensarem suas estratégias de alocação de capital.
Se uma startup chinesa conseguiu avançar tanto com um orçamento menor, o que isso significa para o futuro dos investimentos em IA?
Além disso, essa nova dinâmica pode esquentar ainda mais a concorrência global, abrindo espaço para novos players fora do eixo tradicional.
Pequenas e médias empresas, tanto na China quanto nos EUA e outros mercados emergentes, podem enxergar uma oportunidade real de desafiar os líderes estabelecidos!

Conclusão
A DeepSeek, quer queiramos ou não, é um verdadeiro divisor de águas no mundo da inteligência artificial.
Se, por um lado, sua eficiência com recursos reduzidos mostra que o mercado pode ser mais competitivo do que nunca, por outro, suas falhas de segurança e limitações políticas ainda levantam dúvidas sobre seu verdadeiro potencial global.
Mas uma coisa é certa: ela chegou para desafiar o status quo.
Seu impacto já está forçando as grandes empresas de IA a repensarem estratégias, enquanto governos e especialistas em segurança digital analisam seus riscos e oportunidades.
Se a startup conseguir equilibrar inovação, confiabilidade e atração de investimentos, pode se tornar uma peça-chave na corrida tecnológica global.
Se falhar, será apenas mais um caso de potencial não realizado.
Agora, resta a pergunta: esse chatbot chinês será uma nova potência da IA ou apenas um experimento ousado?
O tempo – e o mercado – darão a resposta!
Perguntas frequentes
Como baixar a DeepSeek?
O chatbot chinês pode ser usado no navegador normalmente, ou baixado também o app no iOS ou Android de forma gratuita.
DeepSeek vs ChatGPT: qual é o melhor?
A resposta depende do que você procura. O ChatGPT, especialmente em suas versões mais recentes como o GPT-4, se destaca pela precisão, adaptação a contextos complexos e segurança aprimorada.
Já a DeepSeek surpreende pelo seu custo reduzido de desenvolvimento e eficiência em processamento, podendo ser uma alternativa competitiva para empresas que buscam modelos de IA mais acessíveis. No entanto, questões de censura e segurança ainda limitam seu uso em comparação ao ChatGPT.
Qual a relação entre DeepSeek e vazamento de dados?
A DeepSeek já foi alvo de pesquisas que apontaram falhas graves de segurança, especialmente no bloqueio de conteúdos maliciosos. Estudos indicaram que seu modelo sofreu ataques com 100% de taxa de sucesso, o que significa que ele não conseguiu barrar prompts problemáticos.

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