Você já percebeu que algumas campanhas simplesmente “quebram a internet”? De repente, está todo mundo comentando sobre um gloss com cheiro de batata frita, um sorvete de refrigerante ou um tênis que virou joia.
E não é sorte. Nem só buzz.

É o efeito de uma collab entre marcas bem pensada, ou seja, que entende o timing, conhece seu público e transforma o inesperado em desejo.
O problema é que, enquanto muita gente se inspira nesses cases, pouca gente sabe como aplicar isso de forma estratégica.
E é aí que mora o perigo: collab boa não nasce de um DM no Instagram.
Ela nasce de uma decisão de negócio.
Neste texto, eu vou te mostrar o que realmente faz uma collab funcionar, quais são os dados por trás dos cases mais marcantes, os desafios que pouca gente comenta e, claro, como tirar sua ideia do papel do jeito certo.
Porque se é para colar com outra marca, que seja para crescer — não para se queimar, né?
5 frases que resumem bem esse conteúdo que você vai ler:
- Collab entre marcas é mais do que buzz — é uma ferramenta estratégica para gerar valor, engajamento e vendas.
- 66% do público nas redes sociais vê esse tipo de parceria com bons olhos, mas a execução precisa ser impecável para evitar frustração.
- As collabs que mais funcionam são aquelas que unem propósito, timing, criatividade e distribuição eficiente.
- A escolha do parceiro ideal exige análise de público, storytelling e complementaridade entre marcas — não só afinidade superficial.
- Para convidar uma marca, é preciso ter clareza de objetivos, proposta estruturada e abertura para cocriação real.
O que é uma collab entre marcas?
Sabe quando duas marcas se juntam para criar algo novo: seja um produto, uma campanha ou uma experiência? Isso é uma collab.
Mais informalmente chamada assim (de “collaboration”), essa estratégia de co-branding tem ganhado cada vez mais força no marketing digital. Mas não se engane: não é só uma jogada de mídia bonitinha.
Uma collab de verdade nasce quando duas marcas alinham propósito, público e valor percebido para entregar algo que nenhuma delas faria sozinha.
É o famoso “1 + 1 = 3”.
É sobre gerar uma nova conversa, mas também, claro, gerar vendas.
Por que as collabs entre marcas são importantes hoje?
Se você já sentiu que campanhas tradicionais não rendem o mesmo buzz de antes, você não está sozinho.
O comportamento do consumidor mudou… e rápido. O algoritmo, então, nem se fala.
A verdade é que as pessoas querem experiências, não apenas produtos. Elas se engajam com histórias, valores e… com a surpresa do inusitado.
E é aí que entra o poder das collabs!
Segundo a Orbit Data Science, 66% do público nas redes sociais vê com bons olhos esse tipo de ação. E isso vai além do branding: 78% dos consumidores afirmam que essas parcerias despertam interesse antes da compra, o que pode gerar tráfego qualificado e reduzir o CAC.
Mas atenção: a mesma pesquisa revelou que 34% das conversas trazem um tom de frustração, especialmente quando os produtos da collab não estão disponíveis em todas as regiões.
Em outras palavras, é uma jogada poderosa,mas que precisa ser bem executada para não virar um tiro no pé.
Como as colaborações de marca beneficiam as empresas?
Se você já cogitou fazer uma collab, mas ficou na dúvida se realmente valia o esforço, aqui vai um spoiler: vale sim, desde que seja estratégica.
Abaixo, destrincho os principais ganhos de uma colaboração bem-feita!
Maior alcance
Essa é a vantagem mais óbvia, mas ainda subestimada por muita gente.
Ao unir forças com outra marca, você acessa diretamente a audiência dela, sem depender de mídia paga para isso. É um shortcut para ampliar sua presença, especialmente em plataformas como o TikTok, que tem sido o epicentro dessas conversas.
E não sou eu quem digo, ok? A pesquisa da Orbit Data Science também revelou que 84,5% das menções sobre collabs nas redes sociais estão concentradas no TikTok. Se a sua audiência está lá, você precisa pensar nesse canal como parte do seu plano!
Reforço de credibilidade
Fazer collab é como se uma marca dissesse para a outra: “Eu confio em você o suficiente para te apresentar ao meu público”.
Já pensou por esse lado?
Esse tipo de validação cruzada aumenta a confiança na marca e reforça o posicionamento estratégico. Quando bem feita, a parceria transmite autoridade em vez de oportunismo.
Isso é valioso para empresas de médio porte, por exemplo, que estão em fase de crescimento e precisam de estratégias que construam brand equity junto com performance.
Criação de conteúdo e produtos únicos
Uma collab bem pensada não vive só de buzz. Ela gera conteúdo, produtos e até serviços novos.
Foi o que aconteceu, por exemplo, na collab entre Burger King e Mari Maria Makeup — que liderou as menções no último ano. A campanha não só teve apelo visual como explorou o lançamento de uma linha de glosses que virou desejo instantâneo entre fãs das duas marcas.
A questão é: metade das interações traziam frustração com a falta de disponibilidade regional. E isso não pode passar batido. Criar algo único é ótimo, mas a distribuição precisa acompanhar a promessa feita no marketing!
Aumento do engajamento
O fator surpresa; storytelling; a novidade: collab ativa tudo isso de uma vez.
A pesquisa que falei também mostra que 53% dos consumidores ficaram satisfeitos com a experiência da collab e relataram sensação positiva de compra. Isso é ouro para o engajamento.
Por outro lado, 47% disseram se arrepender da compra quando o produto não entregou o prometido ou quando o sabor/textura não agradava. Ou seja: o engajamento inicial pode virar insatisfação se a execução falhar.
Por isso, mais do que empolgar, a collab precisa cumprir a expectativa criada, inclusive nas pontas mais sensíveis da jornada.
Exemplos de collabs entre marcas
Algumas collabs não apenas viralizaram, mas entraram para o repertório cultural do consumidor.
Outras simplesmente existiram.
Veja abaixo alguns dos casos que mais repercutiram nas plataformas digitais e também collabs potenciais.
Burger King + Mari Maria Makeup

Essa foi a collab mais mencionada no último ano, segundo a Orbit Data Science — inclusive, teve mais de uma versão.
Graças ao forte apelo visual e sensorial (maquiagem com aroma de batata frita, por exemplo), a campanha explorou bem o potencial de engajamento nas redes sociais, especialmente no TikTok.
Mas o alto volume de interações veio acompanhado de uma ressalva: metade das menções foram críticas à falta de distribuição nacional.
Consumidores relatavam frustração por não encontrar os produtos nas lojas próximas. O aprendizado aqui é simples: não adianta viralizar se o ponto de venda não entrega, né?
Coca-Cola + Oreo
Esse é um exemplo clássico de duas gigantes que compartilham valores como indulgência, nostalgia e consumo impulsivo.
A edição limitada uniu sabores e storytelling visual para criar um produto colecionável, o que é uma combinação que desperta desejo imediato.
Essa lógica de escassez + memória afetiva foi apontada como eficaz pela pesquisa da Orbit: 25% das menções positivas sobre collabs envolvem justamente o fator nostalgia.
Carmed + Fini

Essa collab entrou na categoria dos “hits sensoriais”.
E por um motivo simples: cheiro, cor e sabor. Produtos colecionáveis e temáticos têm alto potencial de viralização, especialmente quando ativam sentidos.
11,6% das interações positivas sobre collabs tinham como gatilho experiências sensoriais, como textura, aroma ou sabor inusitado.
Isso vale ouro para marcas de alimentos, cosméticos ou moda, por exemplo.
Danoninho + Danette
Ah, segundo a pesquisa da QualiBest, Danoninho e Danette são as marcas com maior chance de compra em collabs dentro do setor de lácteos, com 44% e 41% de intenção de compra, respectivamente.
Elas já carregam um valor emocional alto e são facilmente integráveis em novas propostas de produto — ponto de atenção para marcas que querem criar colaborações com apelo familiar ou nostálgico.
Havaianas + marcas esportivas
Na categoria de chinelos e moda, Havaianas lidera as possibilidades de co-branding com roupas. De acordo com os entrevistados da QualiBest, 31% sugeriram essa união como ideal.
Adidas e Nike aparecem logo atrás, mostrando que moda + funcionalidade é uma combinação promissora e versátil!
Qual a marca ideal para fazer uma collab?
Você já travou na hora de escolher o parceiro ideal?
Calma, não precisa se culpar. Essa é uma das decisões mais estratégicas da campanha e também uma das mais negligenciadas.
Porque não basta a outra marca ser famosa; ou cool; ou estar bombando no TikTok!
Ela precisa fazer sentido para a sua audiência e reforçar o seu posicionamento.
Se não houver sinergia real entre os valores das marcas, o consumidor percebe e rejeita.
Aqui vão alguns critérios práticos que eu costumo usar quando estou avaliando possíveis parcerias:
1. Público complementar, não concorrente
A melhor collab é aquela que expande sua audiência, sem canibalizar o que você já tem.
Por exemplo: se sua marca tem forte presença no universo feminino jovem, uma parceria com uma marca masculina de lifestyle pode ser uma boa ponte para atrair novos públicos, desde que haja interseção de valores.
2. Potencial de storytelling em comum
A collab precisa contar uma história.
Uma collab só funciona de verdade quando as duas marcas compartilham mais do que público.
Elas precisam compartilhar um enredo e fazer sentido juntas dentro de uma história que o consumidor entenda, se envolva e queira acompanhar.
Se a parceria não desperta curiosidade ou não dá margem para contar algo novo, ela perde força.
É o storytelling que transforma o produto em conversa, o lançamento em acontecimento e a campanha em memória!
É aquela que o público vê e pensa: “faz total sentido essas duas estarem juntas”.
3. Categorização criativa
A pesquisa da QualiBest mostrou que o sucesso de uma collab nem sempre vem de uma combinação óbvia.
Por exemplo:
- O Boticário lidera em cross com snacks como Ruffles e Pringles;
- Dove é associada a produtos de limpeza e lavanderia;
- Nike aparece como forte candidata a co-brandings com acessórios e até joias.
Esses dados mostram que a criatividade na associação entre categorias pode abrir espaços não explorados pelo mercado.
E isso é ouro para empresas que querem se diferenciar dos grandes players!
Quais são os desafios em colaborações de marcas?

Por mais que o mercado pinte as collabs como a solução mágica para viralizar, a verdade é que muitas parcerias acabam frustrando o público e as marcas envolvidas.
Não por falta de criatividade, mas por falhas de execução, desalinhamento de expectativas ou problemas logísticos.
Aqui estão os principais desafios que você precisa mapear antes de bater o martelo:
1. Distribuição limitada
Um dos maiores motivos de frustração entre os consumidores é não encontrar o produto da collab na sua cidade.
A parceria entre Burger King e Mari Maria Makeup, por exemplo, liderou as menções nas redes sociais, mas cerca de 50% das interações foram críticas à indisponibilidade regional.
Ou seja, o marketing gerou desejo… mas a entrega não acompanhou.
Se a sua empresa não tem cobertura nacional ou estrutura de distribuição sólida, talvez valha testar a collab em menor escala primeiro — ou apostar em versões digitais (como filtros, conteúdos, cupons etc.).
2. Falta de representatividade
A Orbit Data Science identificou que 34% das conversas sobre collabs têm um tom de exclusão. Isso ocorre quando o público não se vê representado no discurso da campanha ou sente que a parceria é feita apenas para agradar nichos da moda.
É essencial incluir diversidade de perfis e regiões já no planejamento, evitando cair em soluções estéticas que não refletem a pluralidade do Brasil.
3. Experiência sensorial mal resolvida
Lembra que mais da metade dos consumidores (53%) disseram estar satisfeitos com a compra de produtos vindos de collabs?
Ótimo, né?
Mas 47% se arrependeram, especialmente quando o produto não entregava o que prometia, seja no sabor, na textura, na embalagem ou até na fragrância.
Se você vai lançar algo com forte apelo sensorial, precisa garantir que a qualidade corresponda à expectativa criada na comunicação.
4. Excesso de promessas e pouco alinhamento interno
A collab precisa ser alinhada entre marketing, produto, atendimento, comercial e logística. Se cada área estiver em uma página diferente, o risco de insatisfação (ou até crise) cresce.
Por isso, mais do que criativa, a collab precisa ser operacionalmente viável e estrategicamente bem coordenada.
Como convidar uma marca para uma colaboração?
Você já tem uma ideia de collab na cabeça. Sabe que o match faz sentido. Mas aí bate aquela dúvida: como abordar a outra marca sem parecer amadora?
A resposta está no preparo. Collabs de verdade não começam com um “vamos fazer algo juntos?”.
Elas nascem de uma proposta clara, bem estruturada e que demonstra entendimento de mercado, sinergia de valores e potencial de negócio para os dois lados.
Aqui vai um passo a passo que eu mesma uso para ajudar empresas como a sua a estruturarem convites de collab:
1. Comece pela lógica, não pela empolgação
Antes de enviar qualquer e-mail, responda internamente:
- Qual objetivo essa collab vai ajudar a atingir (awareness, conversão, reposicionamento)?
- Qual público essa marca atinge que eu ainda não atinjo?
- O que eu entrego que agrega valor à proposta dela?
Se a resposta não for clara, a collab vira só vaidade.
2. Monte um mini dossiê da parceria
Nada de PDF com 20 páginas.
Mas tenha, ao menos, um material objetivo com:
- Descritivo da ideia (produto, campanha, formato);
- Quais públicos serão impactados;
- Benefícios para cada marca;
- Possíveis canais de ativação;
Exemplos de colabs similares que deram certo.
Se quiser impressionar, adicione dados de mercado (como os da Orbit e da QualiBest que vimos aqui!), com insights sobre comportamento, expectativa e desejo do consumidor.
3. Aborde com empatia e estratégia
O contato inicial precisa ser direto, mas consultivo. Algo como:
“Oi, [nome].
Aqui é a Márcia, gerente de marketing da [empresa].
Acompanho o trabalho da [marca] e vejo muita sinergia entre nossos públicos.
Tenho uma proposta de colaboração que pode gerar valor para os dois lados, tanto em alcance quanto em geração de vendas.
Posso te mandar um material para você avaliar?”
Isso demonstra profissionalismo sem soar como “venda forçada”. E abre espaço para o diálogo com respeito.
4. Construa a dois, não só para você
Quando a marca topar conversar, esteja aberta para adaptar a ideia, ok? Uma boa collab se constrói junto (com trocas, ajustes e cocriação).
Se tentar impor demais, você perde o timing da conexão.

Collab boa não nasce do acaso; ela nasce de estratégia
No fim das contas, fazer uma colaboração entre marcas não é sobre surfar um hype. É sobre criar algo que o seu time não conseguiria entregar sozinho — e fazer isso de forma alinhada com o que a sua audiência valoriza.
A collab ideal combina propósito, timing, criatividade e execução impecável. Ela é capaz de gerar engajamento, desejo e vendas,mas também pode gerar frustração se for mal planejada.
Se você enxergar esse movimento como parte da sua estratégia de crescimento (e não apenas como ação de awareness), ele pode ser um diferencial competitivo real, principalmente para marcas em fase de expansão como a sua.
E, acima de tudo: collab não é favor.
É troca, tá?
A melhor parceria é aquela em que as duas marcas saem mais fortes do que entraram!

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