Eu garanto: em algum momento, você já foi influenciado por uma campanha de buzz marketing.
Falo da arte de fazer as pessoas não apenas conhecerem seu negócio, mas falarem sobre ele. Discutirem, compartilharem, marcarem amigos.

E é aí que a mágica acontece.
Considerado uma tática vital dentro do guarda-chuva do marketing viral, gerar buzz tem o poder de transformar marcas desconhecidas em fenômenos da noite para o dia — bem como consolidar aquelas mais tradicionais.
Mas como? Qual é o segredo por trás dessa estratégia?
Decidi escrever um guia completo sobre o tema. Quero descomplicar as estratégias voltadas para gerar buzz e mostrar como seu negócio pode aplicá-las.
Preparado(a)? É só continuar a leitura.
Ah, mas antes, um recado: eu e meu time preparamos um conteúdo completo com as principais estratégias de marketing digital. Tudo, de A a Z. Baixe, é gratuito!
O que é buzz marketing?
O buzz marketing é uma estratégia desenhada para gerar conversações sobre uma marca, produto ou serviço, de modo a impulsioná-lo a se tornar viral. Não se trata apenas de ser notado, mas de ser comentado, debatido e compartilhado por uma audiência engajada.
E quando feito da maneira certa, os resultados podem ser impressionantes.
Me diga: você já se deparou com algo tão intrigante e viciante que simplesmente precisou compartilhar com alguém?
Aqueles antigos comerciais da Old Spice ou mesmo o infâme ad “Pôneis Malditos” da Nissan? São exemplos mais datados, mas que mostram o potencial de uma publicidade buzz bem feita.
Essa é a essência, só que o jogo é mais profundo e estratégico.
Segundo uma pesquisa publicada pela Entrepreneur, as empresas que abraçam estratégias buzz veem um aumento de 25% em seu brand awareness.
E não para por aí.
Você acredita que cerca de 85% dos consumidores acham campanhas de buzz mais memoráveis do que os anúncios convencionais? Os exemplos que citei são apenas alguns deles.
Entretanto, os números continuam a falar: campanhas bem-sucedidas têm o poder de amplificar o sentimento positivo da marca em 25%, aumentar o valor da marca em 15% e até mesmo provocar um aumento de 30% nas assinaturas de newsletters.
Qual é a diferença entre buzz marketing e marketing viral?
A principal diferença entre essas duas estratégias está na forma como as mensagens alcançam o público-alvo.
No marketing viral, a propagação é mais gradual. Imagine uma gota de tinta vermelha despejada em um litro de água cristalina, assim, se expande até que todo o líquido esteja colorido.
(Esse foi um bom exemplo, hein?)
Veja bem: esse método confia na disseminação de pessoa para pessoa, crescendo organicamente e ganhando força ao longo do tempo. É o boca a boca.
Seu escopo é amplo, a meta é viralizar rápido, com o compartilhamento de conteúdos em várias plataformas de redes sociais.
Mas perceba o principal: controle.
Normalmente, em táticas virais, empresas e agências não têm controle da mensagem, conteúdo ou formato. Tudo fica à deriva.
Por outro lado, o buzz marketing é como um tiro de um sniper. BAM! As mensagens são impulsionadas em escala reduzida, mas para um público-alvo melhor definido, de modo a gerar interesse.
É explosivo, imediato e tem o potencial de fazer com que todos parem e prestem atenção.
E você percebeu? Falamos de algo mais controlado, onde a empresa ou agência tem maior incidência sobre a distribuição das mensagens.
Enquanto o marketing viral depende fortemente das mídias sociais (e possui um ciclo de vida mais curto por conta dessa rotatividade proporcionada pelo algoritmo das timelines), o buzz marketing orbita em torno de um evento significativo, garantindo que a mensagem ecoe e alcance quem precisa alcançar, de forma instantânea (e mais duradoura, já que gera interesse genuíno na marca).
Embora ambos busquem o mesmo objetivo — que é criar um zumbido em torno de uma marca ou produto —, a escolha entre buzz e viral dependerá da rapidez com que você deseja que sua mensagem se espalhe.
Gatilhos do buzz marketing
Você já se pegou falando sobre uma campanha de marketing que chamou sua atenção, certo?
Aquela que você simplesmente não conseguiu resistir em compartilhar com seus colegas de trabalho ou amigos.
Bom, você experimentou a mágica do buzz marketing, e muito disso se resume aos gatilhos psicológicos que nos fazem parar, olhar e conversar.
Mark Hughes, em seu livro ‘Buzzmarketing‘, nos deu uma visão mais profunda desses gatilhos. Vou te mostrar quais são:
Tabu
Sabe aquelas campanhas que flertam com o limite, que fazem as pessoas se perguntarem: “Uau, eles realmente fizeram isso?”. Isso é o tabu.
Esse gatilho se baseia na controvérsia, em abordagens que desafiam as normas sociais e questionam os padrões.
Mas atenção: o tabu não é sobre ser ofensivo, é sobre ser ousado e provocativo.
Um exemplo importante? A United Colors of Benetton, muito popular nos anos 90 por seus ads peculiares.
Abaixo, um deles (para ser sincero, o mais “leve” de todos), que retirei de um post da Vogue sobre a marca:
O Incomum
Nada chama mais a atenção do que algo fora do comum.
Em um mundo onde estamos acostumados com a mesmice, o diferente se destaca.
O gatilho em questão trata sobre criar algo tão único, tão inovador que não pode ser ignorado.
Pense em um produto que muda completamente a forma como realizamos uma tarefa cotidiana ou um comercial filmado em um local nunca antes visto.
Existem vários exemplos, mas um dos meus preferidos foi a atitude da Pepsi de colocar uma latinha da sua maior rival, Coca-Cola, em um comercial.
O Extraordinário
No mundo do marketing, comum e rotineiro são os vilões que queremos evitar a todo custo.
Agora, imagine o oposto disso: algo extraordinário, que ultrapasse as fronteiras do esperado e mergulhe no inimaginável.
O extraordinário é aquilo que quebra barreiras e redefine limites.
Por exemplo, quando uma empresa aérea anuncia uma promoção em que os dez primeiros clientes que assinarem, voam de graça por toda vida. Bem, isso é extraordinário, concorda?
É o tipo de movimento que faz as pessoas pararem, olharem e, o mais importante, compartilharem.
O Chocante
Despertar fortes emoções é a essência desse gatilho.
O chocante é o que faz o seu coração acelerar, a boca abrir e os olhos se arregalarem.
Mas cuidado!
Há uma linha tênue entre o positivamente chocante e o simplesmente ofensivo.
Gosto muito da campanha “Will it blend?” (traduzindo, seria algo como “vai se misturar?”), em que a marca Blendtec usou seu novo liquidificador para processar objetos como bolinhas de gude e celulares em smoothies.
O Hilário
Marcas que conseguem fazer seus consumidores rirem têm uma vantagem imensa, pois criam uma conexão emocional quase instantânea.
Várias marcas se utilizam disso, misturando memes, canções ou elementos engraçados em suas peças.
Um exemplo é este comercial do banco Itaú, em que um bebê simplesmente ri de um extrato bancário sendo rasgado. Fofo, barato e eficaz.
Os Segredos
Nada cria mais burburinho do que um bom segredo, certo?
Nossa curiosidade é insaciável e, quando alimentada com um mistério, ela se torna uma poderosa ferramenta de marketing.
Um exemplo que todos nós vimos recentemente: o app Threads, lançado pela Meta.
Primeiro, era preciso assinar um tipo de lista de espera, para só então ter acesso em determinado dia. Isso criou um evento que fez a rede social, na época, bombar.
Quais são as vantagens do buzz marketing?
Ok, mas quais os benefícios de gerar buzz? Separei os principais a seguir, veja só:
Grande alcance
O poder do boca a boca digital é fenomenal.
Em uma era dominada por redes sociais e plataformas digitais, uma campanha de buzz marketing bem executada pode atingir milhões em questão de horas.
E não falo apenas de números.
Mas de alcançar pessoas reais, que engajam, compartilham e discutem seu produto ou serviço.
Imagine lançar uma ideia e, em seguida, vê-la ser compartilhada globalmente, cruzando fronteiras e culturas. Um sonho, certo?
Credibilidade
A verdadeira beleza dessa estratégia é a autenticidade.
Perceba: nenhuma conversa espontânea sobre marcas, seus produtos, serviços ou atendimento é desonesta.
Quando os consumidores falam sobre uma marca, o fazem com sinceridade: eles têm dúvidas, certezas e opiniões.
Se compararmos com um anúncio pago, a recomendação de um amigo ou familiar carrega um peso significativamente maior. Por quê? Porque confiamos nas pessoas que conhecemos.
Me responda agora: em quem você confia mais para te recomendar uma marca de carnes para o churrasco de domingo, seu pai ou Tony Ramos?
Não que o sr. Ramos não gere confiança — inclusive, eu acredito que sua figura quase “paternal” seja um dos motivos para ele estampar campanhas do tipo —, mas você entendeu meu ponto, certo?
Uma recomendação sincera de alguém que você confia tem muito mais poder de converter um potencial cliente do que a mais brilhante das campanhas publicitárias.
Baixo investimento
Aqui está a cereja do bolo: o buzz marketing é econômico.
Veja os exemplos que citei acima: do vídeo da Blendtec até o comercial da Itaú. Todas são relativamente baratas.
Em vez de gastar fortunas em campanhas de alto orçamento, as empresas podem investir em ideias criativas que geram conversas.
E, frequentemente, são essas ideias inovadoras e fora da caixa que capturam a imaginação do público, levando a resultados impressionantes sem esvaziar os cofres.
Lembre-se: não é o tamanho do orçamento que conta, mas a qualidade da ideia e a estratégia por trás dela.
Desafios do buzz marketing
Porém, nem tudo são flores — e eu faço questão de pontuar isso para você.
Sim, gerar buzz é algo poderoso. Sim, é envolvente. Mas assim como qualquer estratégia, possui seus próprios desafios.
Para começar, a criação de conteúdo que capta o espírito da época e ressoa com o público é uma verdadeira arte.
Envolva isso com os sentimentos de F.O.M.O. — o medo de perder algo — e o fenômeno Baader-Meinhof — quando algo que acabamos de notar, experimentar ou ouvir aparece constantemente, criando uma ilusão de que o assunto surgiu do nada.
Ambos são sentimentos que impulsionam o buzz, mas também colocam uma pressão enorme na entrega de campanhas de impacto.
Agora, pense em outro ingrediente indiscreto: a instabilidade das redes sociais. Nelas, controlar narrativas e a própria imagem da sua marca é extremamente desafiador, pois é um ambiente volátil.
Ao tentar gerar buzz, muitas marcas cedem poder ao público. E isso é uma faca de dois gumes, que pode levar a reações negativas ou interpretações errôneas.
O principal, porém, está aqui: campanhas de buzz têm uma taxa de fracasso de cerca de 75%, conforme estudo indiano que li esses tempos.
Por quê?
Muitas vezes, métricas tradicionais como impressões ou cliques apenas arranham a superfície do impacto real.
Portanto, definir KPIs apropriados que reflitam os objetivos da campanha é essencial.
Ou seja, faça buzz, mas de forma calculada e estratégica.
Cases de sucesso de buzz marketing
Que tal conferir algumas campanhas memoráveis e que geraram um enorme buzz? Vamos lá!
Google’s Year in Search
Vou começar falando sobre o digital e citar a maior das marcas nesse universo.
Todo ano, o Google solta um vídeo sobre o que de mais importante aconteceu em seu buscador no período.
É uma maneira de reafirmar o mecanismo de busca como uma ferramenta essencial do nosso dia a dia. Você gosta?
Boca Rosa
Pensou que eu não mencionaria ela?
Bianca Andrade, a cara da marca de produtos de maquiagem (entre tantos outros negócios). Boca Rosa já afirmou em entrevista que uma de suas principais táticas é o buzz — nas palavras dela, “gerar burburinho” — para seus produtos e empresas.
A inspiração veio das Kardashians, populares nos EUA por criarem esses momentos de “zumbido” sobre seus novos lançamentos, independente de quais sejam (maquiagens, skincare, apps, jogos mobile, reality shows etc).
Ice Bucket Challenge
Aqui temos o puro poder do engajamento social. O desafio? Jogar um balde de água gelada sobre a cabeça, desafiar outros a fazer o mesmo e realizar doações.
O que começou como uma campanha de conscientização sobre a doença do neurônio motor (ALS), logo tomou uma proporção colossal.
Old Spice – “The Man Your Man Could Smell Like”
Alguém falou em misturar humor, o absurdo e genialidade em uma campanha de buzz marketing? A Old Spice entregou exatamente isso.
Com uma série de comerciais apresentando “The Old Spice Guy”, a marca não apenas provocou risadas, mas também fez o personagem interagir com o público em tempo real nas redes sociais.
A consequência? Uma das campanhas publicitárias mais comentadas da época.
Dove – “Real Beauty”
Em uma era em que padrões estereotipados de beleza dominavam, Dove decidiu desafiar o status quo.
Sua campanha “Real Beauty” celebrou os corpos das mulheres reais, promovendo uma discussão global sobre positividade corporal e autoestima.
Conclusão
O buzz marketing tem um potencial extraordinário.
Porém, como qualquer estratégia com altas recompensas, traz grandes riscos. Por isso, toda cautela é necessária.
Meu take? Não veja essa tática como algo próprio de grandes empresas ou daquelas populares por saírem do “tradicional”. Toda marca precisa de buzz, por mais nichada que seja.
Meu voto é que seu negócio comece hoje mesmo a planejar sua próxima campanha afiada. Saia do comum, teste, sinta a recepção do público. Faça algo inovador.
Talvez seja o elemento que falta na equação.
Ficou com alguma dúvida ou tem algo a contribuir para o tema? É só deixar um comentário abaixo.
Até a próxima!
Perguntas frequentes sobre buzz marketing
O que é buzz marketing?
Trata-se de uma estratégia de marketing que visa gerar um “zumbido” sobre uma marca, produto ou serviço. O intuito é gerar conversas e entusiasmo, de modo que as soluções de uma empresa sejam alvo do popular “boca a boca”.
Quais são os pilares do buzz marketing?
Seus pilares incluem gatilhos como o Tabu, O Incomum, O Extraordinário, O Chocante, O Hilário e Os Segredos.
Qual é o objetivo do buzz markering?
O objetivo de tal estratégia é criar um “zumbido” em torno de um produto ou serviço, aumentando a visibilidade da marca e impulsionando as conversões.
Quais são as vantagens do buzz marketing?
As vantagens da estratégia de gerar buzz incluem grande alcance, credibilidade elevada e potencial para um alto retorno com baixo investimento.

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