Hoje, existe uma encruzilhada tecnológica no mercado. Ou você escolhe entre os sistemas baseados em nuvem ou opta pela robustez dos sistemas on-premise. Em qual time você e seu negócio estão?
Calma, estou brincando: não tem essa de escolher um em detrimento do outro.
Inclusive, em muitos negócios, trabalha-se com os dois modelos de operação.
Então, porque é importante entender mais?
É que à medida que a transformação digital se desenrola em um jogo de alto risco, a escolha entre computação local e em nuvem é a epítome de um momento decisivo.
É mais do que apenas uma escolha técnica, trata-se de moldar a espinha dorsal de suas operações comerciais.
Porquê? Aqui um motivo:
Sistemas on-premise são os baluartes da TI corporativa, são como velhos amigos — confiáveis, conhecidos e funcionais.
Eles podem não ser tão chamativos ou modernos quanto seus equivalentes na nuvem, mas não vamos esquecer — esses sistemas tradicionais formaram o núcleo de nossas empresas por décadas.
No entanto, a questão permanece: em uma era em que ‘a nuvem’ é a palavra-chave por trás da modernização dos negócios, ainda há lugar para soluções “no local”?
A resposta é positiva, mas eu quero me aprofundar nela. E você, tá afim de aprender mais? Nesse artigo, vou descomplicar a computação local e como seu negócio pode inovar ao implementá-la. Vamos lá?
Ah, e olha só: eu preparei um guia com as principais tendências do marketing para 2023. Tem tudo que você precisa aprender, confie em mim. Baixe agora, é gratuito!
O que é on-premise?
On-premise, que pode ser traduzido como “no local”, representa um tipo de implantação de software em que a infraestrutura — servidores, hardware e componentes de rede — está 100% alojada nas instalações físicas da empresa.
Ou seja, sua organização possui e controla tudo.
Sua equipe de TI assume a responsabilidade pelo gerenciamento, manutenção e segurança do sistema.
E todo complexo universo de dados existe dentro dos limites de sua empresa, gerenciados pelo setor de TI.
Agora, você pode me perguntar:
“Por que eu assumiria todas essas responsabilidades quando poderia simplesmente fazer a transição para a nuvem?”
Lembre-se, com grandes poderes vêm… um grande potencial de controle.
Possuir seu próprio sistema oferece controle total sobre seus dados, personalizações e atualizações.
É como ter a chave mestra da sua própria cidade, no qual você não está sujeito a nenhuma restrição de terceiros.
Ah, e vale um adendo: para alguns setores, como finanças, healthcare ou governo, ter a soberania dos dados é um dos requisitos regulatórios do setor.
Como o sistema on-premise funciona?
Imagine a infraestrutura de dados da sua empresa como uma cidade. Em um sistema on-premise, você é o prefeito, o arquiteto e o planejador deste município, tudo em um. Você pode determinar o design, o layout e todos os seus detalhes.
Em termos práticos, um sistema desse tipo significa que todos os seus softwares, servidores e hardware estão localizados nas instalações da sua empresa, assim como os prédios da sua cidade.
Tudo, desde seus dados, rede e armazenamento, é tratado internamente, dentro dos limites de sua organização.
O governo local — neste caso, sua equipe de TI — cuida da construção, manutenção e gerenciamento do município.
Sua equipe de TI instala o software no hardware de sua empresa e você é responsável por manter, fazer backup e proteger os dados.
É como ter sua própria usina de energia e abastecimento de água, em vez de depender de fornecedores externos.
Mesmo as atualizações e personalizações são feitas internamente.
Sua cidade evolui no seu ritmo, no seu estilo.
Você decide quando lançar um novo projeto de infraestrutura ou uma melhoria urbana. Esse é o tipo de controle que uma configuração “no local” oferece.
E a segurança? Toda sua.
A cibersegurança e a conformidade dos dados estão totalmente sob seu controle. Você define os parâmetros, define os protocolos e assume total responsabilidade por sua implementação e cumprimento.
Afinal, a cidade é sua e você é quem garante a segurança e o bem-estar de seus cidadãos.
Isso também quer dizer que os problemas são de sua responsabilidade: downtimes do servidor, falhas e obsoletização do hardware e qualquer tentativa de roubo ou violação dos dados.
Principais características do on-premise
E então, o que compõe o DNA dos sistemas computacionais locais? Trouxe algumas de suas principais características, veja só:
Hardware interno do servidor
Se voltarmos à nossa analogia de antes, esses servidores são como os prédios que compõem sua cidade.
Eles estão fisicamente presentes em suas instalações comerciais. Você os possui, os opera e os mantém.
Licenças de Software
São como as autorizações e licenças necessárias para operar em sua cidade.
Quando você vai no local, geralmente faz uma compra única da licença de software.
Isso é um contraste com os modelos baseados em nuvem, nos quais você normalmente aluga o software com uma assinatura mensal ou anual.
Capacidade de integração
Os sistemas locais oferecem a você a liberdade de integrar-se com seus sistemas existentes.
Pense nisso como a rede de transporte da cidade.
Você decide como diferentes partes da cidade (sistemas) se conectam entre si. É algo que pode levar a uma melhor eficiência operacional e produtividade.
Controle total sobre os dados
Com seus dados armazenados localmente, você controla sua segurança e o compliance. Você define os padrões e os implementa.
Suporte de TI
Uma equipe interna de TI desempenha um papel crucial na manutenção e solução de problemas do sistema.
Eles funcionam como a equipe de manutenção da da cidade, mantendo tudo em ordem, corrigindo problemas e garantindo que a cidade funcione sem problemas.
Qual é a diferença entre on-premise e cloud computing?
E aí, já entendeu o que diferencia a computação no local da nuvem? Vou partir para uma analogia: imagine administrar um restaurante.
Com o on-premise, você é proprietário(a) do prédio do restaurante, compra os utensílios de cozinha, contrata a equipe e cuida de toda a manutenção.
Por outro lado, a computação em nuvem é como ter seu restaurante em um espaço compartilhado. Nele, você paga uma taxa para usar as instalações, aparelhos e funcionários — tudo isso fornecido pelos proprietários.
Inclusive, existe até um nome para esse tipo de negócio culinário: cloud kitchen! Coincidência? Acho que não.
Assim, tecnicamente, um sistema “no local” é como ter o próprio restaurante, onde tudo é armazenado e gerenciado localmente.
Enquanto isso, a computação em nuvem trata de usar os recursos de outra empresa (como a cloud kitchen) para lidar com seus dados e aplicativos.
É essencialmente uma decisão entre possuir e alugar, entre controlar cada detalhe e aproveitar a conveniência de deixar que outra pessoa cuide dos detalhes técnicos.
Qual é a melhor solução?
Eu tenho uma opinião sobre qual modelo de serviço é melhor, mas não vou te falar assim. O motivo é simples: a minha realidade (e de meus negócios) é certamente diferente da sua.
Para algumas empresas, o sistema “no local” é o ideal. Para outros, é completamente fora de cogitação. E ainda há negócios que podem aproveitar de um sistema híbrido, que mistura o on-premise com o cloud.
De acordo com dados que vi em um levantamento do Google, líderes de TI estão cada dia mais adotando soluções cloud como resposta às mudanças no mercado.
Quase 33% já está no processo de migração para o cloud, por exemplo.
O que eu quero aqui é fazer você pensar na melhor resposta para a sua empresa, com base em seis fatores que encaro como essenciais:
Custos
As soluções no local normalmente envolvem custos iniciais mais altos, mas quando a estrutura está pronta, você se garante por um tempo.
Com a nuvem, você paga conforme usa, geralmente em um modelo de assinatura. É mais leve no bolso no curto prazo, mas os custos aumentam com o tempo.
Future-proof (à prova de futuro)
No mundo da tecnologia, a mudança é constante.
As soluções em nuvem podem ganhar a corrida aqui, pois são atualizadas continuamente pelos provedores, o que mantém você na vanguarda da tecnologia.
Ou seja, quero dizer: você nunca precisou atualizar o seu Google Docs ou Google Sheets, certo? É porque esse modelo, SaaS, prevê isso: você como usuário, o Google como o responsável pelo todo resto.
No on-premise, no entanto, exige-se mais esforço e investimento para acompanhar as tendências.
Muitas vezes, o hardware que foi o top de linha há 3 anos, já não o é hoje — e seu concorrente já se atualizou. E você? Fica refém de um novo (e possivelmente grande) investimento.
É algo a se considerar, concorda?
Segurança
Quando se trata de segurança de dados, ambas as opções têm seus pontos fortes.
Na computação local, você tem controle total, mas também tem a responsabilidade de proteger suas informações.
Ou seja, é preciso partir da sua iniciativa entrar em compliance com leis como a LGPD e GDPR (se você engaja com clientes europeus, por exemplo).
Já na computação em nuvem, as medidas de segurança dependem do provedor. Mas lembre-se, mesmo os sistemas mais seguros podem ser vítimas de violações.
Medidas de cibersegurança ainda são necessárias.
Controle
As soluções locais oferecem total controle, desde a localização física dos dados até às especificações da configuração do servidor.
Embora isso possa ser essencial para organizações em setores específicos, também significa total responsabilidade pela manutenção, atualizações e a condução de eventuais downtimes.
Capacidade
Para organizações com grandes necessidades computacionais, a computação em nuvem geralmente oferece flexibilidade para aumentar ou diminuir os recursos rapidamente conforme a necessidade.
As soluções locais, embora robustas, podem exigir esforços e investimentos significativos apenas para escalar a operação.
Ou seja, é preciso ter bala na agulha para se manter à par da concorrência que depende somente de cloud.
Continuidade
Com soluções locais, as organizações assumem total responsabilidade pela continuidade dos negócios e recuperação de desastres, que podem ser complexas e caras.
As soluções em nuvem geralmente vêm com soluções robustas de continuidade e recuperação incorporadas ao serviço, o que pode ser benéfico para organizações sem pessoal de TI especializado.
Porém, algumas organizações, adeptas de um modelo híbrido, aceitam o desafio por um motivo: elas podem controlar seus dados mais importantes.
É o caso de empresas de finanças, por exemplo. É comum que elas mantenham os dados mais sensíveis de seus clientes armazenados on-premise, enquanto rodam aplicativos e serviços de terceiros em servidores cloud.
Ou seja, o core dos dados é mantido dentro da empresa, enquanto todo resto é “terceirizado” na nuvem.
Vantagens e desvantagens do sistema on-premise
Agora, que tal entender os prós e contras da computação local? Eu separei as principais desvantagens e vantagens do on-premise para você conferir, veja só:
Vantagens
Controle
Aqui, você é o chefe. Você tem controle total sobre seus sistemas, desde a configuração até a implementação das medidas de segurança.
Você toma decisões que se alinham com as necessidades específicas da sua empresa, em vez de depender de um fornecedor terceirizado.
Segurança
Esses sistemas permitem medidas de segurança mais robustas, pois os dados são armazenados internamente.
Mas sim, provedores cloud também se adequam a importantes padrões de cibersegurança e recuperação de desastres. Vai da sua avaliação pessoal.
Sem taxas recorrentes
Ao contrário das soluções em nuvem, nas quais você tem assinaturas contínuas, o local requer uma compra única.
Não se preocupar com essas taxas (e suas eventuais volatilidades por conta da necessidade de uso) é um plus bem-vindo para seu planejamento financeiro a longo prazo.
Desvantagens
Altos custos iniciais
O outro lado da moeda “sem taxas recorrentes” é que essas soluções exigem custos iniciais substanciais.
De hardware a licenças de software e infraestrutura de TI, o investimento é significativo e pode pesar no orçamento.
No entanto, é uma decisão bem-vinda se o seu negócio preza pelo controle dos dados.
Responsabilidade de manutenção
Ser “dono” do sistema também significa possuir o problema.
Quaisquer problemas que surjam — falhas técnicas, atualizações de software, substituições de hardware — são de sua responsabilidade.
Falo de manter um time de TI interno (ou contratar um terceirizado, mas dedicado) para cuidar desses assuntos, o que sem dúvidas encarece a operação.
Desafios de escalabilidade
Com sistemas locais, escalar significa investir em mais hardware e potencialmente expandir seu time de TI.
Não é tão flexível ou rápido quanto as soluções em nuvem, nas quais você pode aumentar ou diminuir com o clique de um botão.
Ah, e lembra do material que eu indiquei antes? Ele continua disponível: um guia completo com as principais e mais quentes tendências do marketing digital para 2023. Tudo para você se atualizar, de graça. Baixe!
Conclusão
Pronto!
Viajamos pelos pormenores do que configura um sistema on-premise. Te mostrei o que é, sua importância, suas complexidades, o que o faz funcionar e como ele contrasta com a computação em nuvem.
E te mostrei que a computação local não é para todos. Mas para alguns, é a solução perfeita.
Mas lembre-se também de fatores como os altos custos iniciais, a responsabilidade de manutenção contínua e os desafios de escalabilidade.
E aí, gostou de aprender mais sobre o tema?
Sei que esse não é o tipo de assunto mais comum do meu blog, mas acho importante navegar por alguns conceitos primordiais no dia a dia dos líderes de negócios.
Afinal — infelizmente — não é só de marketing que vive uma empresa.
Por isso, te recomendo seguir sua jornada de leitura aqui no meu blog com esse conteúdo: Ciclo PDCA: o que é, vantagens e como fazer
Até a próxima!
Perguntas frequentes sobre sistema on-premise
O que é on-premise?
É um tipo de infraestrutura de TI onde as empresas hospedam dados e aplicativos dentro de suas próprias instalações, que lhes dá total controle e responsabilidade.
Qual é a diferença entre on-premise e cloud computing?
On-premise e cloud computing são modelos computacionais distintos.
Os sistemas locais mantêm os dados internamente, o que dá às empresas controle total, mas exigem altos custos iniciais e manutenção.
A computação em nuvem é um serviço fornecido por terceiros, geralmente econômico, escalável, mas proporciona menos controle.
Quais são as características do sistema on-premise?
Os sistemas locais são caracterizados por hardware de servidor interno, autogerenciamento, controle total, altos custos iniciais e potencial para medidas de segurança mais fortes e personalizáveis.
Quais são as vantagens do on-premise?
Os sistemas desse tipo fornecem controle total sobre seus dados e sistemas, potencialmente oferecem maior segurança e não envolvem taxas recorrentes após a compra inicial.
Você quer resultados imediatos?
Minha agência pode fazer todo o trabalho pra você. Somos especialistas em:
- SEO - Colocamos seu site no topo das pesquisas do Google
- Mídia Paga - Fazemos seu negócio alcançar quem importa no momento certo
- Data & Conversion Intelligence - Desbloqueamos as conversões do seu site e criamos dashboards para melhores análises