O Search Generative Experience — ou “Experiência Generativa de Pesquisa” — do Google é o passo mais ousado, transformador e inovador no mundo dos buscadores da internet dos últimos 25 anos.
Sim, é isso mesmo que você leu: trata-se da mudança mais significativa desde a criação dos mecanismos de busca.

Sério mesmo. É algo que vai impactar não somente os resultados de busca — e suas estatísticas — mas também o meu, o seu e o nosso trabalho como profissionais de marketing digital, SEO e tráfego pago.
Porém, aqui, não quero chamar sua atenção somente para o SGE. Há toneladas de outras coisas que você precisa se preocupar, pois o nosso mundinho SEO é absurdamente volátil.
Pense bem: diariamente, lidamos com os helpful content updates, com spam updates e as atualizações de algoritmo. Não é de hoje que as SERPs vem se tornando mais complexas, diversificadas e — a palavrinha mágica aqui — personalizadas.
Então, sim, nada do que você aprendeu até hoje sobre SEO será jogado fora. Suas estratégias, tática e hacks ainda podem funcionar.
Não por menos, de acordo com uma matéria da Search Engine Land que li esses tempos, se você já se posiciona no top 2 da SERP, é provável que o SGE use seu conteúdo como base.
Ou seja, há luz no fim do túnel. Nada de desespero, ok?
O que quero deixar claro é o seguinte: a régua está subindo.
Com a IA como uma constante no marketing, o sucesso será resultado da criação de um conteúdo de altíssimo nível. Muito além do que ChatGPTs da vida entregam.
E aí, preparado(a) para aprender mais?
Eu juntei tudo que sei sobre o Search Generative Experience para descomplicar o tema e mostrar caminhos inovadores que seu negócio pode experimentar nessa nova fase das SERPs. Vem comigo!
O que é o Search Generative Experience?
O Search Generative Experience é a união da IA generativa com o mecanismo de busca do Google. O objetivo é facilitar pesquisas e, com isso, usar o conteúdo presente nos sites para apresentar respostas mais rápidas, fáceis e assertivas.
Eu sei, essa é uma definição bem vanilla da coisa toda, mas funciona. Até porque é literalmente o que o Google definiu em um blogpost recente.
Mas vamos lá: trata-se de uma experiência de busca alimentada por Inteligência Artificial generativa — o mesmo tipo de tecnologia por trás do GPT-4, por exemplo.
O que isso significa?
Imagine ter uma visão geral, impulsionada pela IA, que reúne as informações mais úteis e relevantes para qualquer pesquisa.
Não se trata somente sobre encontrar respostas, mas descobrir novos conteúdos, perspectivas e insights — muitos desses que você nem sabia que precisava ou que existiam.
Uma vez que você ativa o Search Generative Experience, é possível obter “informações gerais” para praticamente todos os resultados de busca no Google:
Quer saber? Vou ser a cobaia, aqui um exemplo.
Você já pode ter um gostinho da nova experiência de busca (e o uso de conteúdo e links) com essa interface. Veja bem, ao clicar em uma das setinhas ao longo do texto, você expande a fonte de onde a Inteligência Artificial retirou as informações da sentença exibida:
E ao clicar em uma das opções abaixo, como “O que é marketing Neil Patel?”, a interface de pesquisa muda e você entra em uma conversa com a IA, semelhante ao ChatGPT.
Bacana, concorda?
O Google ainda oferece uma interface para que você realize testes para entender outras aplicações da integração de IA nas buscas.
Vale dizer, porém, que a própria empresa deixa claro que é um experimento. Ou seja, é passível de erros, e a qualidade dos textos gerados pode variar.
Quais são as vantagens do Search Generative Experience?
O grande trunfo do Search Generative Experience é a sua capacidade de entregar respostas mais complexas para as pesquisas realizadas. Tudo isso de maneira mais rápida e simples. Basta perguntar.
E esse é um entendimento muito alinhado com o posicionamento do Google sobre o tema. O “slogan” do SGE é basicamente: ache o que você está procurando de maneira mais fácil e rápida.
De acordo com a documentação oficial do Google, a nova funcionalidade de busca vai possibilitar que as pessoas:
- Fazer novos tipos de perguntas que sejam mais complexas e mais descritivas
- Obter a “essência” de um tópico com mais rapidez, com links para resultados relevantes para explorar
- Começar algo rapidamente (como escrever rascunhos ou gerar imagens) diretamente do Google
- Facilitar o progresso em pesquisas, solicitando acompanhamento ou sugerindo próximos passos
Em novembro, o Search Generative Experience foi lançado oficialmente em mais de 120 países, com resultados localizados, bem como a opção de traduzi-los para espanhol, português, corerano e indonésio.
Na prática, o uso do SGE vai ser um desafio para nós marqueteiros e SEOs. No entanto, é possível já adiantar algumas das vantagens desse recurso em nosso dia a dia, como:
- Acesso a informações abrangentes e relevantes: você pode obter insights mais profundos e abrangentes sobre os tópicos relevantes para sua estratégia de marketing.
- Ampla gama de perspectivas: o problema é a falta de visões diferenciadas para entender um tópico complexo? O SGE pode contribuir com insights variados capazes de enriquecer sua estratégia.
- Descoberta de novos conteúdos: com o SGE, há mais links e uma variedade maior de fontes exibidas na página de resultados. Para os profissionais de marketing, isso significa um novo mundo de táticas para melhor posicionar seus conteúdos e produtos.
- Nova exibição de links: como você percebeu nos exemplos que eu trouxe, há várias inserções de links ao longo do texto gerado por IA, bem como links em formatos de cards no lado direito.
Quais são as aplicações do Search Generative Experience?
A aplicação do Search Generative Experience é, praticamente, geral. Uma vez habilitada, quase todas as pesquisas que você faz no Google trazem a opção de gerar informações com IA generativa.
Porém, posso apontar alguns destaques aqui:
Pesquisas enriquecidas com IA
As buscas vão ganhar outra cara com a IA.
E muito provavelmente o Google será o local de perguntas mais complexas, contextualizadas e pessoais. Abaixo, um exemplo:
Minha pesquisa foi: “o que é melhor para uma família com duas crianças menores de 10 anos: parque de diversão ou parque aquático?”
Se você fosse pesquisar isso até ano passado, é muito provável que dividiria a questão em outras menores, leria alguns artigos de opinião, listas ou veria alguns vídeos no Youtube — e a partir disso, tiraria uma conclusão.
O que o Google faz agora é pular direto para essa última parte. Claro, perceba: ele não dá uma resposta definitiva — mas traz um ‘snapshot’ com informações-chaves a se considerar, que são úteis para responder à pergunta feita.
Vale dizer que, ainda assim, algumas pesquisas com perguntas mais tendenciosas ficam sem a opção, como o exemplo abaixo:
Compras direcionadas pela IA
Ok, talvez o mais impactante aqui seja a aplicação da IA nas pesquisas comerciais. Ou seja, quando o usuário está em busca de um produto ou serviço.
Ao pesquisar por tais soluções, você receberá um ‘snapshot’ com fatores a considerar, como:
- descrições relevantes;
- avaliações;
- preços;
- imagens;
- até mesmo trechos de reviews.
Veja só esse exemplo simples: pesquisei por “melhor tênis para corrida em esteira” e a resposta foi a padrão, enaltecendo pontos-chave que o consumidor precisa se ligar — bem como algumas opções de calçados.
Então, cliquei na opção “Faça uma pergunta complementar”, que é uma transformação das follow-up questions.
Nela, peguei os dois primeiros modelos apresentados na resposta anterior e questionei: qual o melhor para quem gosta de correr rápido? Essa foi a resposta:
Eu achei bem legal, e você?
Mais vozes nos resultados de busca
O Google não quer apenas que a IA ofereça informações, mas traga opiniões, insights e as vozes de outras pessoas para os resultados de pesquisa.
No exemplo abaixo é possível ter um gostinho disso:
O texto gerado por IA trás, além de um overview das duas obras, também um pouco de opinião sobre ambas — o que ajuda a tomar uma decisão embasada em relação à pergunta feita.
Outros recursos
Além disso, o Search Labs do Google, responsável por lançar tais inovações ao motor de busca, também está testando outras coisas.
Entre elas, a adição de contexto para traduções no Google Translator. Assim, ambiguidades serão mais facilmente detectadas.
Um exemplo?
Pegue a frase: “essa daqui está barata.”
Para quem conhece o português brasileiro, é fácil entender que se trata de algo com valor reduzido.
Mas para quem não manja dos paranauês e entrou em contato agora com o vocabulário brasileiro, existe uma dúvida: a frase trata sobre um inseto ou sobre o preço de algo?
Futuramente, o Translator vai sublinhar palavras do tipo, com múltiplos sentidos, e mostrar ao usuário as diferentes opções.
Como ativar a busca com IA generativa no Google?
O Search Engine Experience está disponível no navegador Chrome pelo desktop e nos mobiles (Android e iOS) por meio do app do Google.
Ele foi lançado inicialmente apenas nos Estados Unidos, mas no começo de novembro seu alcance foi ampliado para mais de 120 países — porém, ainda em caráter experimental.
Caso você não tenha ainda testado, saiba que é preciso fazer um tipo de opt-in ao SGE, no próprio site do Google Labs.
Acesse com esse link e clique em “Get Started”: labs.google/sge
Conclusão
Aqui, apresentei todos os principais pontos sobre o Search Generative Experience.
Primeiro, mostrei que o SGE é mais do que uma simples ferramenta de busca, mas uma revolução na maneira como as pessoas acessam informações online.
Com a integração de IA generativa, os resultados de busca no Google agora oferecem visões gerais abrangentes e diferenciadas, que permitem aos usuários descobrir conteúdos, perspectivas e insights valiosos que, de outra forma, poderiam passar despercebidos.
Para você, que trabalha e toma decisões de marketing digital, o SGE é um sopro de ar fresco.
O lado bom da moeda? Os resultados com IA generativa oferecem um novo take do já conhecido mundo das SERPs. Talvez seja a saída para você que busca transformar suas estratégias.
Além disso, a capacidade do SGE de oferecer múltiplas perspectivas e novos conteúdos cria oportunidades para inovar em suas campanhas e abordagens de marketing.
No entanto, sim: há o lado desafiador da moeda. Como suas estratégias atuais vão ser impactadas? Como as famosas “boas práticas de SEO” vão ser afetadas pelo novo recurso do Google?
Afinal de contas, como ter um alto CTR e baixa taxa de rejeição em um futuro próximo onde menos pessoas vão clicar em seu link?
É uma dúvida valiosa — que estou disposto a te ajudar a responder.
Com o SGE, você tem a oportunidade de estar na vanguarda do marketing digital, aproveitando as ferramentas mais recentes para alcançar e engajar seu público de maneiras antes inimagináveis.
Ao considerar o SGE em suas estratégias futuras, lembre-se de equilibrar a inovação com as práticas comprovadas de marketing digital.
É aquilo que mencionei antes:
Não se trata de substituir tudo o que você sabe, mas de adicionar uma nova camada de profundidade ao seu trabalho.
A receita mudou, mas os ingredientes são os mesmos.
Então, qual será o próximo passo? Deixei suas perguntas e opiniões na seção de comentários abaixo.
Até a próxima!
Perguntas frequentes sobre Search Generative Experience
O que é o Search Generative Experience?
O SGE é uma inovação do Google para seu buscador. Trata-se da integração de Inteligência Artificial generativa nas buscas online, de modo que ela possa fornecer visões gerais abrangentes e relevantes sobre qualquer dúvida, com informações úteis para todo tipo de pesquisa.
Quem pode usar o Search Generative Experience?
Qualquer pessoa. O SGE está disponível para mais de 120 países e territórios, incluindo Brasil, Índia e Japão. Como o recurso ainda está em caráter experimental, é preciso ativá-lo no site do Google Labs. Aqui o link: labs.google/sge
Quais são os benefícios do Search Generative Experience?
Os benefícios do SGE incluem acesso a informações abrangentes e relevantes, uma ampla gama de perspectivas, descoberta de novos conteúdos e insights, e oportunidades para estratégias de marketing mais informadas.
Como usar o Search Generative Experience?
Para usar o SGE, basta realizar buscas online normalmente. O Google utiliza sua própria IA para melhorar automaticamente os resultados, fornecendo visões gerais (chamados de ‘snapshots’) abrangentes e relevantes com base na sua pesquisa.

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