Como os brasileiros estão consumindo no digital: dados inéditos para entender e conquistar o novo consumidor

Camila Fonseca
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Author: Camila Fonseca | Diretora de Mídia na NP Digital Brasil
Published junho 16, 2025

O e-commerce brasileiro vive um momento histórico. Em 2024, o país registrou o maior crescimento mundial no comércio eletrônico: alta de 16% nas vendas digitais, superando mercados tradicionais como América do Norte e Europa Ocidental. 

O setor faturou R$ 204,3 bilhões, com 414,9 milhões de pedidos realizados por mais de 91 milhões de consumidores online — um aumento de 10,5% em relação a 2023.

Hábitos de consumo digital: pesquisa

As projeções são ainda mais expressivas: até 2027, o e-commerce nacional deve alcançar um faturamento de R$ 557 bilhões, um crescimento de 172% em relação ao patamar atual. 

Esse avanço é impulsionado pela digitalização do consumo e pelo fortalecimento das compras online, que hoje já representam 11% de todo o varejo brasileiro.

Mas quem são esses consumidores? Como eles se comportam, o que valorizam e quais barreiras ainda enfrentam?

Para responder a essas e outras perguntas, a NP Digital, em parceria com o Opinion Box, realizou uma pesquisa exclusiva com mais de 2 mil brasileiros que possuem o hábito de comprar online. 

O objetivo: entender, com profundidade e dados concretos, os hábitos de consumo digital no país.

A seguir, quero falar mais sobre os principais insights desse levantamento, que podem — e devem — orientar as estratégias de quem quer crescer no digital, gerar mais conversões e fortalecer sua marca no e-commerce brasileiro.

O novo consumidor digital brasileiro: quem é e como compra

O consumidor digital brasileiro é diverso e cada vez mais ativo no e-commerce. 

Entre os entrevistados, 85% afirmam realizar compras online algumas vezes por mês — uma rotina consolidada e transversal a todas as classes sociais e faixas etárias.

Quando analisamos a frequência das compras, o destaque é claro: a Geração Z, formada por jovens entre 16 e 29 anos, lidera a intensidade do consumo digital. 

Um em cada quatro consumidores dessa faixa etária realiza compras online mais de uma vez por semana. 

Esse comportamento reflete a familiaridade dos mais jovens com o ambiente digital e o papel central das redes sociais na formação de suas decisões de compra.

Por outro lado, as demais gerações também mostram forte presença no e-commerce. Millennials (30 a 42 anos) e Geração X (43 a 59 anos) representam, cada uma, 32% dos consumidores, enquanto os Baby Boomers (60+) somam 12%. 

Ou seja, o consumo digital já não é mais exclusividade dos nativos digitais: ele se estende a perfis variados, com comportamentos que vão da compra impulsiva à busca racional por melhores ofertas.

frequência de compras online
Fonte: NP Digital + Opinion Box

Um dado que revela muito sobre esse novo consumidor é o hábito de transformar o carrinho de compras em uma lista de desejos. 

A prática de adicionar produtos e deixá-los lá, aguardando uma promoção, comparando preços ou refletindo sobre a necessidade, é comum a todas as gerações. 

Esse comportamento é ainda mais expressivo entre os jovens: 74,5% da Geração Z e 73,7% dos Millennials utilizam o carrinho dessa forma. Entre os Baby Boomers, o índice também é significativo: 55,7%.

Esse padrão abre espaço para estratégias de retargeting mais direcionadas, especialmente em campanhas que ativam consumidores quando os produtos salvos entram em promoção ou há benefícios exclusivos para finalizar a compra.

O que realmente impulsiona as compras online?

As compras online se consolidaram no Brasil impulsionadas por fatores que vão além da comodidade. 

Segundo a pesquisa, os principais motivadores para o consumidor brasileiro optar pelo e-commerce são: 

  • o preço (35,5%)
  • a conveniência (27%);
  • e a facilidade de comparar preços (22,2%). 

A variedade também desempenha um papel relevante, ainda que com menor peso: 6,8% destacam o acesso a um portfólio mais amplo de produtos como um diferencial importante. 

Ah, e 7,6% dos consumidores afirmam que buscam especificamente promoções exclusivas, reforçando o apelo das campanhas sazonais e descontos relâmpago.

Isso fica ainda mais evidente quando analisamos a percepção dos consumidores sobre as ofertas no ambiente digital: 91,6% acreditam que é mais fácil encontrar promoções online do que em lojas físicas. 

A estrutura de custos reduzida do e-commerce — sem necessidade de aluguéis ou manutenção de lojas físicas — favorece essa percepção, permitindo às empresas oferecer preços mais competitivos e campanhas promocionais agressivas.

Outro dado importante: mais da metade dos entrevistados (56,4%) afirma que aguarda datas específicas, como a Black Friday, para realizar compras com melhores condições. 

Entre a Geração Z, esse comportamento se sobressai: 71,7% preferem esperar esses períodos para aproveitar os descontos.

A cultura do desconto, portanto, não é só uma simples preferência, mas uma estratégia ativa do consumidor brasileiro no digital. 

Para as marcas, isso significa que campanhas promocionais bem estruturadas e integradas aos momentos de maior demanda são essenciais para capturar a atenção e converter esse público.

A influência das redes sociais no consumo

As redes sociais se tornaram um dos principais motores de decisão de compra no Brasil. 

Vejamos:

influência das redes sociais no consumo
Fonte: NP Digital + Opinion Box

Esse dado evidencia o poder dessas plataformas não apenas para gerar awareness, mas para efetivamente converter vendas.

Entre as plataformas que mais influenciam o comportamento de compra, o Instagram (81,7%) lidera com folga. 

Em seguida, aparecem o YouTube (40,5%) e o TikTok (19,7%) — um número expressivo, especialmente considerando sua penetração mais recente no mercado brasileiro.

O impacto dessas redes, no entanto, varia conforme a geração.

Como percebido até a “olho nu”, o Facebook, por exemplo, ainda é bastante relevante entre os Baby Boomers (46%) e a Geração X (34,3%), mas perde força entre os mais jovens. 

Já o TikTok domina entre a Geração Z, com 33,7% dos entrevistados dessa faixa etária citando a plataforma como influente em suas decisões de compra. 

Além das plataformas em si, o papel dos criadores de conteúdo é decisivo:

influenciadores e recomendações de produtos
Fonte: NP Digital + Opinion Box

As marcas precisam conquistar espaço nas narrativas dos influenciadores e criadores, especialmente para dialogar com públicos mais jovens.

Não por acaso, 49% dos consumidores afirmam que, se uma marca é bem recomendada online, provavelmente seu produto também será bom. 

Esse índice sobe para 61% entre a Geração Z, reforçando a importância de estratégias de social commerce, parcerias com influenciadores e presença ativa nas redes.

Mais do que um canal de relacionamento, as redes sociais são hoje um ambiente determinante na jornada de compra, capaz de acelerar decisões e gerar conversões imediatas.

Confiança e segurança: o que ainda trava o crescimento

Apesar do crescimento acelerado, a confiança dos consumidores ainda é um obstáculo importante para o avanço das compras online. 

Apenas 20,7% dos consumidores confiam totalmente nas informações fornecidas pelos e-commerces. 

Esse é um dado que expõe uma lacuna capaz de comprometer a conversão e a fidelização de clientes.

As principais barreiras à confiança estão relacionadas ao medo de fraudes, dificuldades em devoluções e insegurança na proteção de dados. 

Não à toa, 68,2% dos consumidores evitam comprar de sites que não conhecem bem e 66,2% priorizam marcas que possuem políticas claras de devolução.

Além disso, práticas como a verificação de selos de segurança são comuns: 44% dos entrevistados afirmam sempre conferir essas certificações no rodapé das páginas. 

Outro comportamento relevante é a busca por validação social: 66,4% sempre checam avaliações de outros consumidores antes de finalizar uma compra, enquanto 87,7% consultam sites de reclamação, como o Reclame Aqui.

Esses cuidados são ainda mais intensos entre os consumidores com mais de 50 anos: 78,1% afirmam que a proteção de dados é uma das principais barreiras para comprar online. 

Esse perfil exige das marcas uma comunicação ainda mais clara sobre segurança, além de processos que transmitam confiança desde o primeiro contato até o pós-venda.

“Para as marcas, o recado é claro: investir em segurança, transparência e relacionamento é tão importante quanto oferecer bons preços ou conveniência. A confiança é, hoje, um dos ativos mais valiosos para quem quer crescer no e-commerce brasileiro”. – Camila Fonseca, Diretora de Mídia da NP Digital

Entre as ações que podem aumentar a confiança do consumidor estão: disponibilizar avaliações positivas (71,5% valorizam), exibir selos de segurança (44,3%), manter políticas de devolução transparentes (42,2%) e oferecer um atendimento ao cliente eficiente (35,9%). 

Além disso, a presença ativa da marca nas redes sociais (26,8%) e recomendações de pessoas conhecidas (45,5%) também são fatores que reforçam a credibilidade.

Estratégias para transformar comportamento em conversão

Diante desse cenário, a pergunta que fica é: como transformar esses comportamentos em oportunidades reais de venda?

Fato é que esses comportamentos revelam pontos críticos que, quando bem trabalhados, podem acelerar a conversão, tais como:

  • Retargeting inteligente: o hábito de transformar o carrinho em lista de desejos é uma oportunidade clara para ativar campanhas personalizadas, especialmente em momentos de desconto ou lançamento.
  • Investimento em social commerce: com o Instagram, TikTok e YouTube moldando decisões de compra, estar presente nessas plataformas — e principalmente, ser bem recomendado nelas — é indispensável. Um bom exemplo recente é o TikTok Shop, que acabou de chegar no Brasil, e permite com que usuários adquiram produtos por meio do feed de conteúdo orgânico.
  • Foco na segurança e na experiência: reforçar selos, avaliações, políticas de devolução e oferecer um checkout fluido são pontos-chave para reduzir o abandono de carrinho e aumentar a confiança.
  • Personalização na jornada: consumidores valorizam recomendações baseadas em preferências e histórico, tornando fundamental o uso de dados para oferecer experiências de compra mais relevantes.
  • Diversificação nos meios de pagamento: com o parcelamento como preferência nacional e o PIX ganhando força entre os mais jovens, flexibilizar as opções de pagamento é determinante para evitar a desistência da compra.

O e-commerce brasileiro é um dos mais promissores e, ao mesmo tempo, um dos mais complexos e desafiadores. 

As marcas que souberem combinar dados, estratégia e execução terão mais chances de capturar a atenção desse consumidor exigente e transformá-la em vendas e fidelização!

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Consultoria com Neil Patel
Camila Fonseca

About the author:

Diretora de Mídia na NP Digital Brasil

Tem foco no pensamento estratégico, análise de dados, resultados de negócios e se dedica a construir equipes que proporcionam os melhores resultados para os clientes.

Com 19 anos de experiência em mídia, passou por grandes agências e trabalhou com anunciantes de grande relevância, como: Ponto Frio, Volkswagen, Grupo Boticário e Oi.

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source: https://neilpatel.com/br/blog/habitos-de-consumo-digital-pesquisa/