Se você é um profissional de marketing de conteúdo, você deve falar isso frequentemente: “Esse é o “Pedro” — o nosso consumidor ideal, e nós queremos trazer todos os “Pedros” para o nosso site.”
Aí você olha as preferências do Pedro e cria um conteúdo que combine com ele.
Por exemplo –
Se você é responsável pelo marketing de conteúdo de uma empresa que fornece ferramentas caras de auditoria de softwares, você deve fazer um estudo de caso após o outro, e postá-los na página do LinkedIn da sua empresa.
Seu objetivo: alcançar vice-presidentes de fornecedores de soluções de softwares de médio e grande porte.
Entretanto:
Não há nada de errado com a estratégia acima, exceto que ela visa somente os VPs.
O problema é que … esse conteúdo normalmente não é descoberto por outras pessoas. Quando você visa uma audiência como essa, você pode perder alguns subconjuntos muito relevantes que vão espalhar o nome da sua marca por aí (mesmo que eles NÃO comprem de você).
Retornando ao exemplo da ferramenta de auditoria de software, um conteúdo como esse (estudos de caso) sendo promovido em uma plataforma particular (LinkedIn), leva a perda da oportunidades de se conectar com 1000 desenvolvedores de softwares que poderiam ser os seus seguidores para sempre.
Eu não estou dizendo que os desenvolvedores não usam o LinkedIn. Porém, eles provavelmente não ligam para os seus estudos de caso. Pessoas com esse perfil estão mais preocupados em explorar as últimas tendências de desenvolvimento e outros conteúdos assim.
Outro grupo de pessoas que você provavelmente vai perder fazendo esse direcionamento, são os empreiteiros independentes que trabalham com as empresas de software de médio e grande porte.
Com uma estratégia de marketing de conteúdo mais abrangente, além de criar e publicar estudo de casos no LinkedIn, você também manteria um blog ativo.
No seu blog, você pode falar sobre as últimas tendências no desenvolvimento de software (um conteúdo que vai atrair desenvolvedores de software) e também sobre a gestão da equipe de software, além das melhores práticas de contratação (um conteúdo com direcionamento para os líderes sênior).
Além disso, você também pode considerar aparecer, patrocinar, ou até mesmo começar um podcast para o grupo crescente de contratantes independentes.
O ponto é: ir atrás de apenas um tipo de conteúdo limita a exposição da sua marca. E é por isso que você deve continuar experimentando diferentes tipos de conteúdo, além de tentar atrair diferentes tipos de tráfego.
Nem todos os tipos de conteúdo vão ser bem sucedidos em fechar vendas como os estudos de caso, mas eles vão te ajudar a ser notado pelas pessoas que gostam de espalhar notícias sobre você, além de levar uma audiência nova para o seu site.
Uma vez que você recebe uma audiência nova, você sempre pode achar maneiras de levá-los ao seu funil de vendas.
A melhor maneira de experimentar os tipos de conteúdo é começar com aqueles que são conhecidos por ter um bom desempenho. Aqui estão alguns com as quais você pode começar:
Vídeos
O consumo de vídeos cresceu exponencialmente, e isso aconteceu devido a atração universal do público com eles.
A Animoto compartilhou que 4 em cada 5 millennials acham que os vídeos são úteis na pesquisa inicial do produto, enquanto fazem decisões de compra.
E não são somente os millennials. 59% dos executivos sênior também preferem um formato em vídeo, quando o conteúdo está disponível tanto quanto em vídeo quanto em texto.
Além disso, o Unbounce afirma que usar vídeos em landing pages aumenta a taxa de conversão em 80%.
Se as informações acima não são suficientes, dê uma olhada nesta: os vídeos foram o tipo de conteúdo que cresceu mais rápido em 2015.
Como os vídeos tendem a funcionar bem (e têm fãs de todas as idades), adicioná-los ao seu marketing de conteúdo vai fazer com que você tenha atração.
Agora, isso nos leva à seguinte questão: qual tipo de vídeo você deve produzir?
Como a resposta é subjetiva, você pode ver a série de vídeos “The Tell” (se os millennials são uma grande parte do seu público-alvo), porque o Google afirma que: “67% dos millennials concordam que eles podem achar um vídeo no Youtube sobre qualquer coisa que eles queiram aprender.”
Os vídeos The Tell — como apresentado no experimento do Google — são diretos e se parecem com um guia, além de terem bons CTRs dos millennials.
O experimento (Como Os Dados Demográficos e o Storytelling Afetam a Eficácia Do Seu Anúncio Em Vídeo) descobriu que os millennials preferem vídeos “Como Fazer” comuns do que anúncios brilhantes.
O Ben Jones, do Google, identificou um bônus importante nesse experimento:
Uma estratégia de conteúdo bem desenvolvida pode requerer diferentes estilos de conteúdo para consumidores de diferentes idades.
Como os vídeos são um tipo de conteúdo relativamente caro, comece gratuitamente. Comece criando gravações de tela gratuitas e vídeos “Como Fazer” que irão ajudar os usuários a resolver os seus problemas comuns. Existem várias ferramentas gratuitas que você pode usar para criá-los.
Alguns outros tipos de vídeo que você pode adicionar ao seu marketing de conteúdo são os vídeos de depoimentos e os vídeos de produtos.
Com o Instagram, o Snapchat e o Facebook tentando ampliar o público de vídeos, eles definitivamente devem ser uma parte da sua estratégia de marketing de conteúdo. O relatório da Cisco prevê que em 2019 cerca de um milhão de minutos de vídeos vão ser compartilhados a cada segundo.
Relatórios
Os relatórios são tipos de conteúdo populares nas empresa de B2B. 78% dos profissionais de marketing B2B os consideram uma maneira efetiva de gerar leads.
Se você não tem tanta certeza sobre o que são relatórios, essa explicação do Gordon Graham, autor de White Papers For Dummies, vai te ajudar:
Um relatório é um documento de marketing (de 6 a 8 páginas) que ajuda um cliente em potencial a entender ou resolver um problema. Produzir um pode ajudar o seu pequeno negócio a gerar leads, conseguir comentários e nivelar o jogo com as empresas grandes.
O HubSpot afirma que compradores B2B preferem ler blogs e relatórios durante o ciclo de pré-venda.”
Agora: você pode pensar que “EU NÃO preciso de relatórios porque a gerência sênior os lê, enquanto as pessoas que eu estou focando são gerentes de RH.”
O Rand Fishkin, do Moz, destaca o problema com essa abordagem (especialmente no ambiente B2B):
Muitas vezes a pessoa que acaba comprando, que interage com você, e que o seu vendedor entra em contato, é somente um link na cadeia de indivíduos envolvidos em um ecossistema corporativo de quem toma a decisão de compra. Por essa razão, muitas vezes o marketing de conteúdo que alcança essa pessoa faz um bom trabalho entrando em contato com o comprador, mas faz um péssimo trabalho contatando o gerente ou o CFO, e a pessoa do RH que está envolvida nessas decisões, pode não ser tão bem sucedida.
Isso significa que usar diferentes tipos de conteúdo pode te ajudar a alcançar melhor diferentes segmentos do seu próprio público-alvo.
Como os relatórios tendem a ajudar as pessoas nos seus estágios avançados de compra, você deve considerar desenvolvê-los. Este é um bom recurso, se você precisa de dicas para criá-los.
Webinars
61% dos profissionais de marketing de conteúdo B2B usam webinars; 64% os acham eficazes. Enquanto antigamente os webinars eram apenas para os consumidores que estavam nos estágios avançados do ciclo de compra, agora elas são promovidos para consumidores em qualquer estágio da compra.
Os webinars são tipos de conteúdo que vão continuar gerando resultados para você, mesmo quando eles não são eventos ao vivo. A ON24, uma plataforma de marketing de webinar, afirma que 20,6% das inscrições em webinars acontecem depois que o evento ao vivo é encerrado.
(Essas inscrições são para as sessões gravadas.)
Os webinars não só geram um grande ROI, como também resultam em um excelente consumo de conteúdo. 91% das pessoas que se inscrevem para a sua webinars vão participar delas (participantes do evento ao vivo + pessoas que viram a gravação).
Você deve ter notado que eu também andei promovendo um webinar nesse blog. Eu até o transformei em uma apresentação, no SlideShare, onde ele foi visto mais de 21.000 vezes.
Se você deseja criar um similar, leia esse post sobre como criar webinars de alta conversão. Ou, se você já está criando webinars, mas gostaria de melhorar o desempenho deles, dá uma olhada nestas dicas.
Como os webinars podem ser usadas em todos os estágios do seu funil de marketing de conteúdo, criar mais deles vai te ajudar a atrair diferentes tipos de segmentos de tráfego para o seu site.
Infográficos
O uso dos infográficos no área do marketing de conteúdo cresceu de 51% (ano passado) para 62% (este ano).
Se você é um visitante regular no blog QuickSprout, sabe que eu publico infográficos frequentemente. Em média, cada infográfico gerou 41.487 visitantes e 469 backlinks de 38 domínios únicos.
Em relação a compartilhamentos sociais, cada um obteve cerca de 621 tweets e 572 curtidas.
Como a maioria dos infográficos são de marcas e o código de integração tem um backlink, cada vez que um site usa o seu infográfico, você recebe um tráfego de referência. Algumas vezes, os infográficos podem fazer com que você também obtenha tráfego de pesquisa.
Os seguintes recursos vão te ajudar a criar alguns infográficos brilhantes que irão aumentar o seu tráfego de referência:
- Como Criar Um Infográfico Popular
- Como Obter Mais Links a Partir de Cada Um Dos Infográficos Que Você Publica
- 5 Dicas Sobre Como Criar Infográficos para Gerar Mais Visitas para o Seu Blog
Quizzes
Quando o assunto é um conteúdo interativo, os quizzes são bem eficazes. O BuzzSumo analisou as contagens de compartilhamentos sociais de mais de 100 milhões de artigos e descobriu que a cada 10 artigos mais compartilhados, 8 eram quizzes.
O Buzzsumo também descobriu que, em média, os quizzes recebem cerca de 1900 compartilhamentos.
O Henley Wing, do BuzzSumo, dá algumas ideias sobre o porquê as pessoas compartilham quizzes/resultados nas redes sociais:
“Eles alimentam o ego e fortalecem a nossa identidade. Quando nós compartilhamos os nossos resultados de um quiz com os nossos amigos, isso dá uma ideia de quem nós somos, quais coisas nos interessam e o quê valorizamos.”
Como os quizzes são muito compartilhados nas redes sociais (com cerca de 84% dos compartilhamentos das redes sociais vindos somente do Facebook), eles te dão uma chance de invadir os círculos sociais dos seus leitores.
Se você está com dificuldades em obter compartilhamentos ou aumentar o seu rastro social, os quizzes podem te ajudar, além de ajudar na diversificação do seu tráfego.
Para criar quizzes, escolha o seu conteúdo de melhor desempenho e veja se você pode redirecioná-lo em um quiz. Este post dá algumas dicas úteis para a criação de quizzes.
Estudos de Caso
Assim como os relatórios, os estudos de caso são usados, na maioria das vezes, no marketing de conteúdo B2B. 77% dos profissionais de marketing B2B usam estudos de caso e 58% desses mesmos profissionais acham que eles são eficazes.
Eu quero ressaltar o ponto que eu mencionei na seção dos relatórios. Pode parecer que você não precise de estudos de caso (em alguns casos, você realmente pode não precisar).
Mas talvez, se você analisar os crescimentos nos segmentos da sua audiência, você perceba que você PRECISA SIM de um conteúdo para engajar e convertê-los.
Além das informações que eu já mencionei, você pode achar milhares de outros dados para provar que os estudos de caso funcionam. Eles também funcionam para mim. Eu já usei estudos de caso para aumentar as minhas vendas em 185%.
(Você pode ler o meu processo de criação de estudos de caso bem sucedidos neste post.)
Podcasts
Essa forma de conteúdo épico é especialmente popular entre os millennials. Os podcasts funcionam porque eles são uma boa mistura de um conteúdo educacional e de entretenimento — e eles são tipos de conteúdo perfeitos e bem dimensionados que podem chamar a atenção do espectador, considerando que a atenção é geralmente muito pequena.
O Jordan Harbinger, apresentador do popular programa The Art of Charm, disse:
Quando eles [podcasts] estiverem nos carros, aqueles 100 maiores [iTunes] ativos vão ser todos de empresas que gastam milhões de dólares fazendo marketing para os seus shows…
O número de pessoas que estão ouvindo podcasts está aumentando constantemente. A Bridge Rating descobriu em sua pesquisa que 45% das pessoas na faixa etária de 18-34 admitiram que já ouviram um podcast. Isso é quase metade do público millennial.
A pesquisa da Edison, The Podcast Consumer 2015, fornece informações sobre os dados demográficos do público típico que escuta a podcasts. Aqui estão alguns pontos notáveis:
Portanto, se o seu público-alvo tem um segmento entre essas pessoas, você deve tentar fazer alguns podcasts. Veja que esses resultados são somente indicativos do que você pode esperar.
Aqui está um guia sobre a escolha de assuntos para começar o seu próprio podcast.
Pode ser que você se sinta sobrecarregado olhando para tantos tipos de conteúdo em potenciais. Entretanto, você não precisa criar todos eles do zero. Muitas vezes, você será capaz de redirecionar o seu conteúdo em outros tipos de conteúdo.
Por exemplo, você poderia transformar o seu webinar ou o seu infográfico em uma apresentação, e posteriormente postá-la no SlideShare. Ou, você pode procurar por maneiras de redirecionar os seus posts em vídeo em posts de listas, que são ótimos para diversificar o tráfego, pois eles geram compartilhamentos sociais e backlinks.
Eu falei sobre redicionamento de conteúdos, de uma maneira aprofundada, aqui.
Conclusão
Agora, você tem vários tipos de conteúdo para testar e diversificar o seu tráfego. Quando você testa-los, estabeleça metas, em termos de tráfego, exposição ou compartilhamentos sociais. Isso vai te ajudar a decidir o ROI alvo dos seus esforços.
(Um dos meus trabalhos mais antigos dá dicas de como criar alguns desses tipos de conteúdo. Você pode usar essas dicas para ter um ponto de partida.)
Quais tipos de conteúdo você usa para diversificar o seu tráfego? Se você ainda não usa nenhum, com quais você vai começar e por quê?
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